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resumo pessoal do primeiro capitulo de introdução a economia de MANKIW

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Os dez princípios de Economia
Inicialmente, explica-se que a "Economia é o estudo de como a sociedade administra seus
recursos escassos" e sobre a interação entre as pessoas nesse contexto. Assim, para
começarmos a entender o que é essa ciência e os seus aspectos, são elencados os dez
princípios que direcionam a economia, sintetizados nos três grupos abaixo.
COMO AS PESSOAS TOMAM DECISÕES
Princípio 1: As pessoas enfrentam tradeoffs
É fato — e fica explícito no capítulo — que diariamente as pessoas precisam tomar
decisões, algumas mais simples e outras mais complexas. Por exemplo, a escolha de
praticar exercício físico ou ficar no sofá, se arruma a casa hoje ou deixar para amanhã.
Desse modo, é necessário reconhecer quais são as escolhas diárias possíveis e as que
são tomadas para termos um maior controle sobre nossas vidas, pois como veremos no
princípio subsequente TUDO TEM UM CUSTO.
Princípio 2: O custo de alguma coisa é aquilo de que você desiste para obtê-la
Com o primeiro princípio conclui-se, então, que as pessoas tomam decisões, contudo,
todas elas possuem um custo de oportunidade. E o custo de oportunidade de uma escolha
é aquilo que você perde quando opta por ela. Assim, para buscar a melhor opção é
importante comparar o custo e o benefício da mesma.
Por exemplo, um indivíduo compra um lanche, que gosta muito e paga R$20,00, fica claro
que o custo dessa decisão é o preço e o tempo gasto para obtê-lo — é importante salientar
que, nem todos os custos são fáceis de perceber e quantificar. Mas o benefício, além do
indivíduo se alimentar, também é se sentir satisfeito e feliz por consumir algo que adora.
Princípio 3: As pessoas racionais pensam na margem
As pessoas racionais são aquelas que, para conseguirem algo que almejam, tomam suas
decisões de forma objetiva e sistemática. Para isso, essas pessoas pensam na margem,
comparando se o benefício marginal de uma escolha excede ao seu custo marginal para
tomar decisões. Essa ideia da "margem", resumidamente, sugere que se acontecer uma
mudança marginal — uma pequena alteração em alguma situação existente, haverá
benefícios e custos.
Para explicar melhor, retornaremos ao exemplo anterior, o indivíduo, tem a opção de
repetir o lanche que gosta muito (mudança marginal), com isso ele pode gastar mais
dinheiro e tempo (custo marginal), porém pode ficar mais feliz e mais satisfeito (benefício
marginal), se isso ocorrer.
Princípio 4: As pessoas reagem a incentivos
Todos, que vivem em um contexto social, recebem, diretamente ou indiretamente,
incentivos. Assim, podemos ver esses incentivos desde promoções ou aumentos de preços
dos mais variados produtos até na criação de leis.
Para exemplificar, conforme a pesquisa da BBC NEWS, a alta dos preços da carne bovina
e, o nível de desemprego acima de 14% (incentivos), induziu (reações) a diminuição desse
alimento pelos brasileiros e ocasionou o consumo de substitutos para essa proteína, como a
carne de frango, peixes, ovos, etc.
COMO AS PESSOAS INTERAGEM
Princípio 5: O comércio pode ser bom para todos
Os homens e mulheres como seres sociais interagem entre si e dependem uns dos outros
para sua sobrevivência e bem-estar. Assim, majoritariamente as pessoas realizam parcerias
de ganha-ganha, conhecidas também como comércio, pois se um indivíduo desejar algo
pode (mais facilmente) obtê-lo através de uma troca com algo que outro indivíduo quer.
Ademais, o comércio também é bom para os países. Segundo o conceito de Vantagens
Comparativas, formulado por David Ricardo, sugere que cada país deve se especializar e
produzir as mercadorias que são relativamente eficientes, exportando-as e importando os
produtos necessários de outros países. Desse modo, possibilita o aumento da sua
produtividade e a oportunidade de usufruir dos mais variados bens e serviços.
Princípio 6: Os mercados são geralmente uma boa maneira de organizar a atividade
econômica
Como dito anteriormente, as pessoas interagem entre si, e quando essa interação ocorre
nos mercados de bens e serviços por meio da alocação de seus recursos, através de
escolhas descentralizadas, ou seja, as famílias decidem o que vão comprar e onde irão
trabalhar, e as empresas o que produzir e quem contratar, se estabelece uma Economia de
Mercado. Essa economia é organizada por intermédio dos preços, que ajustam às curvas
de demanda e oferta, e segundo Adam Smith, nela os indivíduos e as entidades são
guiadas pela "mão invisível".
Princípio 7: Às vezes os governos podem melhorar os resultados dos mercados
"A guerra de todos contra todos". Assim, seria o estado de natureza dos seres humanos,
segundo Thomas Hobbes. Mas para manter a paz, a ordem e o direito à propriedade surge
o Estado. Apesar de que o Estado idealizado por Hobbes, difere do hodierno, ainda
cabe-lhe manter a paz, a ordem e o direito à propriedade privada, para que dessa maneira,
os indivíduos tenham condições de controlar seus recursos pessoais.
Além disso, o Governo pode intervir para promover a eficiência e igualdade. No primeiro
caso, as políticas governamentais podem atuar para corrigir possíveis falhas de mercado,
nos quais a "mão invisível" não consegue designar os recursos de maneira eficiente, devido
a externalidades ou poder de mercado. Já no segundo, o Estado pode agir para promover o
bem-estar econômico, quando há desigualdades socioeconômicas.
COMO A ECONOMIA FUNCIONA
Princípio 8: O padrão de vida de um país depende de sua capacidade de produzir
bens e serviços
As nações com alta produtividade têm cidadãos com renda mais alta e por consequência,
um padrão de vida também elevado. Então, fica evidente nesse princípio que, quanto maior
o investimento do país em educação dos trabalhadores, em disponibilização da tecnologia e
ferramentas necessárias para aumentar a produção de bens e serviços, afeta diretamente o
padrão de vida do país.
Princípio 9: Os preços sobem quando o governo emite moeda demais
Quando o governo aumenta a oferta de moeda disponível na economia mais do que o
demandado, a moeda se desvaloriza, ou seja, seu valor cai, causando um aumento
contínuo e generalizado dos preços, conhecido como inflação.
Princípio 10: A sociedade enfrenta um tradeoff de curto prazo entre inflação e
desemprego
No curto prazo, o nível de inflação e o nível de desemprego são inversamente
proporcionais. Isso resultaria, a partir de algumas situações sucessivas, quando o governo
emite moeda, as pessoas ampliam o consumo de bens e serviços, posteriormente, as
empresas aumentam os preços desses bens, assim, estimulam-nas a expandirem a
produção dos mesmos e para isso contratam mais funcionários, diminuindo o desemprego.
Como dito na introdução, esses princípios ajudam a começar a compreender a economia,
que é constituída pelas escolhas que as pessoas fazem e as suas interações com o meio
em que vivem.

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