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Mesmo com sua importância para a consolidação do conceito de Estado Constitucional, vemos que o Estado Liberal circunscreveu, uma era histórica que se mostrou insuficiente na busca da igualdade material, vale dizer, aquelas condições mínimas de vida digna e capaz de gerar a igualdade de oportunidades para todos os cidadãos. É lícito afirmar que o Estado Liberal e sua concepção de estatalidade mínima protegiam, na verdade, a classe burguesa, e não o homem comum em si. Tendo como epicentro a autonomia privada. É muito importante perceber que nem mesmo os avanços da democracia liberal, tais como: (i) a igualdade formal perante a lei, (ii) a garantia dos direitos civis e políticos, (iii) a limitação do arbítrio estatal Esta é a razão pela qual o liberalismo entrou em crise, suscitando a criação da segunda versão do Estado Constitucional, o Welfare State entre nós denominado de Estado do Bem-Estar Social ou simplesmente Estado Social. Grande parte da doutrina aponta a Constituição mexicana de 1917 e, em especial, a Constituição de Weimar de 1919, na Alemanha, como marcos delimitadores do nascimento do Estado Social. Um combate contra déficit econômico-social das classes menos favorecidas, e que no Brasil somente foram assinaladas a partir da Constituição de 1934. Com base nos princípios da justiça social e da dignidade da pessoa humana, o Welfare State ganhou dimensão emancipatória e passou a instituir normas programáticas destinadas a promover o bem estar geral.
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