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Usinabilidade Grandeza tecnológica que expressa, por meio de um valor numérico comparativo (índice de usinabilidade), um conjunto de propriedades de usinagem de um material em relação a outro tomado como padrão.Grau de dificuldade de se usinar um determinado material; Propriedades (grandezas mensuráveis):Vida da ferramenta;Acabamento superficial;Esforços de corte;Temperatura de corte;Produtividade;Características do cavaco. Pode apresentar valores diferentes para propriedades diferentes; Depende de fatores como:Estado metalúrgico da peça;Dureza;Propriedades mecânicas do material;Composição química;Operações anteriores;Encruamento. Depende também:Condições de usinagem;Características da ferramenta;Condições de refrigeração;Rigidez do sistema máquina-ferramenta-peça-dispositivo de fixação; Tipos de trabalhos executados pela ferramenta:Operação empregada;Corte contínuo ou intermitente;Condições de entrada e saída da ferramenta Ensaios de Usinabilidade Ensaio de longa duração: Ensaia até o fim da vida da ferramenta ou desgaste da ferramenta (Vb ou Kt); Comparação com o padrão; Diversas velocidades de corte; Padrão: Aço AISI B 1112 Ensaios de curta duração: Utiliza condições forçadas de usinagem e/ou ferramentas pouco resistentes ao desgaste; Critérios como força ou acabamento exigem poucas passadas; Propriedades dos materiais Dureza e resistência mecânica: Valores baixos de dureza e resistência mecânica normalmente favorecem a usinabilidade; Materiais muito dúcteis favorecem o aparecimento de APC (trabalho a frio para ajudar). Ductilidade: Baixos valores de ductilidade são geralmente benéficos à usinabilidade; Para uma usinagem ótima, busca-se uma relação intermediária entre dureza e ductilidade. Condutividade térmica: Alta condutividade térmica favorece a retirada de calor da região de corte; Alta condutividade favorece a usinabilidade e diminui o desgaste da ferramenta. Taxa de encruamento: Taxa de encruamento maior aumenta a energia necessária para a usinagem e facilita a formação de APC; Utiliza-se ferramenta de corte afiada e ângulo de saída positivo; Encruamento anterior a usinagem pode ajudar. Fatores metalúrgicos que afetam a usinabilidade das ligas de alumínio Pode ser facilmente usinado; Apenas o magnésio e suas ligas necessitam a mesma taxa de energia; Desgaste da ferramenta não é um problema (exceto ligas alumínio-silício); Temperaturas de usinagem baixas; Acabamento superficial insatisfatório Módulo de elasticidade é 1/3 do aço; Alta condutividade térmica, que favorece a usinagem; Ferramenta de metal duro classe K sem cobertura (difusão com o titânio); Utiliza-se ferramentas afiadas; Para ligas alumínio-silício utiliza-se ferramentas de diamante. Elementos de liga Influência na usinabilidade Sn, Bi e Pb Atuam como lubrificantes e como fragilizadores do cavaco Fe, Mn, Cr e Ni Combinam entre si ou com o alumínio e/ou com o silício, para formarem partículas duras Mg Em teores baixos (cerca de 0,3%) aumenta a dureza do cavaco e diminui o coeficiente de atrito entre cavaco e ferramenta Si Aumenta a abrasividade da peça – a vida da ferramenta diminui Cu Forma o intermetálico CuAl2 que fragiliza o cavaco Zn Não exerce influência na usinabilidade Fatores metalúrgicos que afetam a usinabilidade dos aços Dureza é o fator predominante; 200HB é um valor médio; Encruamento aumenta a dureza de aços de baixo carbono; Cementita é abrasiva, aumenta o desgaste da ferramenta; Martensita é muito dura e resistente Macroinclusões (>150µm): Indesejáveis: duras e abrasivas como carbonetos e óxido de alumínio; Que não causam muito dano: óxidos de manganês e de ferro, que conseguem fazer parte do fluxo do cavaco; Desejáveis em velocidades de corte altas: silicatos, perdem muito a dureza em altas temperaturas Elementos de liga: Efeito positivo: chumbo, enxofre e fósforo; Efeito negativo (formadores de carbonetos): vanádio, molibdênio, nióbio e o tungstênio, além de outros como manganês, níquel, cobalto e o cromo. Carbono entre 0,3 e 0,6% tende a melhorar a usinabilidade; Aços de usinabilidade melhorada Adição de elementos de liga: Enxofre: formador de sulfeto de manganês (MnS), diminui a ductilidade e resistência ao cisalhamento das microssoldas; Selênio/telúrio: efeitos similares ao sulfeto; Chumbo/bismuto:formadores de partículas submicroscópicas de baixo ponto de fusão; Outros elementos (N, P ou Sn): dissolvem-se na matriz fragilizando o cavaco. Engenharia de inclusões:Melhorar o controle das inclusões;Obter inclusões vítreas de espessura suficientemente pequena;Lubrifica a ferramenta; Aços inoxidáveis Austeníticos:Formam cavacos longos;Alta taxa de encruamento, favorece APC;Baixa condutividade térmica;Alto coeficiente de atrito;Alto coeficiente de dilatação térmica Martensíticos:Alto teor de carbono;Alta dureza;Presença de partículas duras e abrasivas de carboneto de cromo; Fatores metalúrgicos que afetam a usinabilidade dos ferros fundidos Boa rigidez,resistência a compressão e relativo baixo ponto de fusão. Cinzento > Maleável > Nodular > Branco; Cinzento:Alto teor de silício, maior presença de carbono livre; Maleável:Branco tratado termicamente para cementita virar carbonetos esféricos; Nodular:Presença de grafite na forma de nódulos; Branco:Baixo teor de silício, grande formação de carbonetos (cementita). Elementos formadores de carbonetos:Cromo;Cobalto;Manganês;Molibdênio;Vanádio; Elementos grafitizantes:Silício;Níquel;Alumínio;Cobre. Ligas de Titânio Propriedades:Elevadas temperaturas de fusão;Alta dureza a quente;Excelentes propriedades mecânicas;Alta resistência à corrosão;Ótima razão peso-resistência;Biocompatibilidade. Propriedades que dificultam a usinagem:Baixíssima condutividade térmica (1/7 do aço);Elevada afinidade química com todos os materiais para ferramentas comuns;Baixíssimo módulo de elasticidade (1/2 do aço);Gera:Variações na espessura de corte;Flutuações na força de usinagem;Altos níveis de vibração Superligas de níquel Propriedades:Elevada resistência mecânica;Boa resistência à fadiga e à fluência;Boa resistência à corrosão;Capacidade de operar continuamente em elevadas temperaturas;Estrutura CFC Alta resistência mecânica em alta temperatura: Altas temperaturas na região de corte;Vida curta da ferramenta ;Baixas taxas de remoção de cavaco; Alta ductilidade:Área de contato cavaco-ferramenta alta;Favorece o aparecimento de APC em baixa Vc;Aumenta o desgaste por aderência em alta Vc; Muito difíceis de usinar;Temperaturas em torno de 1000°C;Velocidades relativamente baixas (60m/min);Destruição da aresta de corte.
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