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1 Tecnólogo em Logística Projeto Integrado Multidisciplinar – PIM VII Adriana Lima de Oliveira RA: 1981060 Campinas – Taquaral 2021 2 Unip – Universidade Paulista Tecnólogo em Logística Projeto Integrado Multidisciplinar – PIM VII Adriana Lima de Oliveira RA: 1981060 Campinas – Taquaral 2021 3 RESUMO Neste projeto relatarei como funciona alguns aspectos com relação as matérias estudadas neste semestre. Como funciona o Gerenciamento de transportes, descrevendo a estrutura, como um todo que está relacionado aos transportes. Mostrarei sobre a Logística Integrada, Produção e Comércio, abordando os conceitos, os gerenciamentos de cadeia de suprimentos, gestão de produção e sistemas de produção. Em desenvolvimento Sustentável, descreverei sobre as políticas nos meios de gestão da qualidade e sua conscientização. Desta forma colocando em prática todos os conhecimentos adquiridos neste semestre. Palavra chaves: Gerenciamento de transportes, Logística Integrada – Produção e Comercio e Desenvolvimento Sustentável 4 ABSTRACT In this project I will report on how some aspects work with respect to the materials studied this semester. How Transport Management works, describing the structure that is related to transport. I will show you about Integrated Logistics, Production and Commerce, addressing concepts, supply chain management, production management and production systems. In Sustainable Development, I will describe policies in the means of quality management and their awareness. In this way putting into practice all the knowledge acquired this semester. Keyword: Transport Management, Integrated Logistics - Production and Trade and Sustainable Development 5 Sumário 1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 6 2. GERENCIAMENTO DE TRANSPORTES ............................................................ 7 2.1. Gestão de Riscos e Custos ......................................................................... 8 2.1.1. Principais Riscos Monitorados ............................................................ 9 2.2. Custos ......................................................................................................... 10 2.3. ROTEIRIZAÇÃO E RASTREAMENTO - DISTRIBUIÇÃO .......................... 11 2.4. Desempenho Ambiental ............................................................................ 12 2.5. Renovação da Frota ................................................................................... 15 3. LOGISTICA INTEGRADA – PRODUÇÃO E COMERCIO ................................. 16 3.1. Cadeia De Suprimentos – Suplly Chain ................................................... 16 3.1.1. Logística Reversa ................................................................................ 17 3.2. Cadeia de Fornecedores ............................................................................ 18 3.2.1. Política de Fornecedores .................................................................... 18 3.3. Sistema de Produção e Arranjo Fisico ..................................................... 19 3.4. Armazenagem e Pincking .......................................................................... 21 3.5. Nível de Serviço ao Cliente ....................................................................... 23 4. DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL ............................................................. 25 4.1. Política de Sustentabilidade ...................................................................... 25 5. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 28 6. REFERÊNCIAS .................................................................................................. 29 6 1. INTRODUÇÃO A Natura é uma empresa brasileira que atua no setor de produtos cosméticos, criada em agosto de 1969, em uma pequena fábrica no bairro da Vila Mariana, em São Paulo, hoje tem como sede a cidade de Cajamar / São Paulo. Sendo considerado o maior centro de cosméticos no Brasil, a Natura é uma das empresas brasileiras que mais investe em desenvolvimento científico e aplica cerca de 4% da renda líquida nessa área. Fundada por Jean-Pierre Berjeaut e pelo atual presidente da Natura, Antônio Luiz da Cunha Seabra, com o objetivo de vender produtos de cuidado pessoal que fossem produzidos com fórmulas naturais de alta qualidade e a preços competitivos. Em 1970, a Natura optou pela venda direta com a alternativa que viabilizaria o crescimento da empresa, apoiado na força das relações pessoais, surgiu então a consultoria Natura, com vendas de porta-a-porta, que garantia contato direto e personalizado com as suas clientes. Neste mesmo ano a empresa passou a ser nomeada Indústria e Comércio de Cosméticos Natura Ltda. Esta é uma das maiores empresas brasileiras de cosméticos, empregando atualmente milhares de profissionais pelo Brasil, distribuindo produtos comercializados em todo o país e na América Latina, portanto, a logística aplicada para garantir o bom andamento de todos os processos é grande. Localizada no Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, México, Peru, Venezuela, França e Estados Unidos, além de outros 63 países indiretamente. A natura é a pioneira em introduzir refis no setor de cosméticos brasileiros, passando a fornecer aos seus consumidores produtos de carbono neutro, destinado a reduzir e compensar as emissões de gases geradores do efeito estufa (GEEs). Reconhecida internacionalmente, recebeu o prêmio Champions of the Earth 2015, na categoria "Visão Empreendedora", concedido pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), em reconhecimento ao compromisso da companhia em priorizar a sustentabilidade na sua estratégia de negócios. 7 2. GERENCIAMENTO DE TRANSPORTES A Gestão de Transportes é o controle da movimentação física de uma carga entre um ponto e outro. Quando aliada a um sistema eficaz, a correta gestão de transportes gera economia na logística dos transportes em vários aspectos, tendo em vista que ela controla todos os gastos que envolvem tanto o veículo quanto o transporte que é realizado por ele. Um sistema de gestão de transportes possibilita controlar despesas como: abastecimentos, manutenções preventivas, manutenções periódicas, desgaste de pneus etc., tanto do veículo principal quanto de seus vinculados, fazendo com que gastos desnecessários sejam previamente verificados, e assim, investidos em outros setores para um melhor aproveitamento. A natura tem um Centro de Estoque localizado em Itupeva (SP), com 90 mil posições de paletes, que abastece os sete Centros de Distribuição existentes no Brasil, e outros oito instalados na América Latina. No Brasil, os setes Centros de Distribuição estão em Canoas, no Rio Grande do Sul; na capital paulista; em Uberlândia e Matias Barbosa, Minas Gerais; no Recife, em Pernambuco; na cidade de Simões Filho, Bahia; e no município de Castanhal, na área metropolitana de Belém, no Pará. Então, a partir desse estoque centralizado, que é abastecido pela fábrica de Cajamar, enviado todos dias para esses CDs, entre 35 e 40 carretas. O Centro de Estoque supre também o e-commerce, que representa hoje mais ou menos 10% do volume total de entregas. Nos últimos 5 anos, segundo a companhia, os investimentos em um modelo de logística descentralizados permitiu que a empresa realizasse, em 2015, em até 48 horas, 42% das entregas no Brasil e 60% das entregas nas operações internacionais. Os produtos são enviados aos centros de distribuição da Natura espalhados pelo Brasil e para as outras operações internacionaisda empresa no México, Colômbia, Argentina, Peru, Chile, Bolívia e França. Nesse trajeto entre o hub logístico e os centros de distribuição, o transporte dos produtos é feito por carretas automáticas, mais rápidas e bem menos poluentes. Sem ela, a companhia calcula que teria de usar duas vezes mais caminhões para fazer o mesmo trabalho. São mais de 49,000 pedidos feitos pelas consultoras Natura por dia em todo o Brasil, um total de 1,4 milhão de produtos separados por vez. Neste caso, as 8 entregas ficam por conta dos transportes rodoviários, além de cabotagem, carros elétricos e bicicletas elétricas. 2.1. Gestão de Riscos e Custos Conectada ao planejamento estratégico, a gestão de riscos da Natura considera os aspectos econômicos e socioambientais dentro de dois grupos: os estratégicos, que podem afetar a ambição de negócio e a perenidade da companhia, e os operacionais, relacionados aos processos internos da empresa. O mapeamento dos riscos inclui diferentes fontes de informação: análise de fatores internos e externos, mapeamento da cadeia de valor da Natura (Sistema de Gestão Natura – SGN), autoavaliação de riscos, indicadores de perda e fraude, relatórios de auditoria interna, controles decorrentes da certificação SOx (baseada na lei norte-americana Sarbanes-Oxley) e denúncias recebidas pela Ouvidoria. O mapa de riscos mostra, ainda, o resultado da avaliação de cada risco em relação a seu impacto e sua probabilidade de ocorrência (muito alto, alto, moderado e baixo). Os planos de ação para mitigação dos riscos são monitorados pelo Comitê Executivo. Todos os riscos estratégicos da Natura também são acompanhados pelo Conselho de Administração, por meio dos comitês que o assessoram. A Natura conta também com uma equipe de auditoria interna, que responde diretamente ao Comitê de Auditoria, Gestão de Riscos e Finanças. Cabe à auditoria interna avaliar o ambiente de controle da companhia, incluindo as possibilidades de ocorrência de fraude e corrupção. Em 2014, foram realizadas 28 auditorias, com foco em processos, tecnologia e fraudes. Além disso, ocorreram oito auditorias em projetos específicos da empresa. 9 2.1.1. Principais Riscos Monitorados 1. Modelo comercial Monitoramento permanente do setor de atuação e foco em projetos para evoluir o modelo comercial e a proposta de valor da companhia, caso do lançamento da plataforma digital de relacionamento e venda, denominada Rede Natura. 2. Capacidade de inovação Investimento contínuo em inovação abrangendo diferentes frentes (estratégia comercial, desenvolvimento de produtos, rede de logística e distribuição etc.). Cerca de 3% da receita da companhia investida anualmente em inovação. 3. Formação de líderes A Natura conta com um programa específico para o desenvolvimento e a retenção de líderes, coordenado pela área de Gestão de Pessoas e conectado à estratégia de negócios. 4. Segurança da informação Gestão estruturada sobre o tema, com diretrizes explicitadas no Código de Conduta da companhia e trabalho permanente para a conscientização de colaboradores. Sistema que garante rastreabilidade de comunicações. Aderência ao padrão ISO 27.002:2013, de Segurança da Informação. 5. Qualidade do produto Atendimento a todos os padrões que asseguram a qualidade e a segurança do portfólio, considerados desde a etapa de concepção dos produtos. 6. Mudanças climáticas Atuação que busca aliar ganhos econômicos aos socioambientais. Para reduzir os impactos em emissões de sua operação, a Natura mantém o programa Carbono Neutro, estruturado em três frentes: mensuração de emissões (toda a cadeia de valor), redução e compensação. 7. Sociobiodiversidade 10 A utilização de insumos da sociobiodiversidade segue a Política Natura de Uso Sustentável de Produtos e Serviços da Sociobiodiversidade, que assegura ajusta repartição de benefícios às comunidades fornecedoras e o manejo sustentável dos ativos. Por meio do Programa Amazônia, a Natura busca também impulsionar a geração de negócios sustentáveis. Em conjunto com outras organizações, trabalha, ainda, para a aprovação de nova legislação sobre acesso à biodiversidade. 8. Carga tributária Monitoramento permanente da tributação nas esferas federal e estadual e atuação em âmbito setorial por meio de entidades de representação, como a Abihpec e a ABEVD. 9. Outros riscos externos (taxa de juros, variação cambial, inflação etc.) Monitoramento permanente dos riscos externos de conjuntura econômica pela alta liderança, com redefinições do planejamento estratégico, se necessário. 10. Cenário institucional (Brasil e Operações Internacionais) Monitoramento permanente da conjuntura político-econômica dos países em que a Natura opera, com redefinições da estratégia de atuação, se necessário. As alterações nas regras de importação da Argentina, com reflexo na capacidade de abastecimento da Natura, influenciaram a decisão de aumentar a produção local nas OIs, gerando reduções de custos financeiros e ambientais à companhia. 2.2. Custos Para reduzir custos operacionais, a Natura mantém padrões de ecoeficiência e certificações na sede administrativa, em São Paulo (SP), no principal centro de logística, em Itupeva (SP), e tem implementado ações no centro de distribuição do México. Os cenários de riscos das mudanças climáticas em seus negócios envolvem a substituição de produtos e serviços por opções de menor emissão de GEE (risco tecnológico), o aumento de custos de matérias-primas (riscos de mercado) e o impacto 11 na produção de insumos (risco de paralisação). Todos esses aspectos podem aumentar custos diretos e afetar a reputação da empresa. Cerca de 50% dos produtos faturados já são considerados oriundos de processos de baixo carbono, mas para o restante do portfólio ainda não tem soluções tecnológicas. Para mitigar o risco de falta de insumos ou aumento de custos, uma área de abastecimento se dedica ao relacionamento com as comunidades fornecedoras e ajuda na estruturação e condução dessas cadeias. 2.3. ROTEIRIZAÇÃO E RASTREAMENTO - DISTRIBUIÇÃO Segundo Ballou (1993), a distribuição física tem custos duas a três vezes maiores que o limite superior da média do suprimento e assim, a atenção dos administradores tem se concentrado nas atividades de maior impacto econômico. No caso da empresa Natura, cuja estratégia de vendas é a direta, é possível chegar até suas consumidoras de forma personalizada e explorando os principais atributos de seus produtos de modo adequado e convincente. Outro aspecto relevante nesse sistema de distribuição é a não-dependência de grandes redes atacadistas e varejistas para a distribuição dos produtos, o que torna a empresa imune ao crescente aumento do poder de negociação dos intermediários da cadeia de comercialização, fato que afeta, atualmente, a maioria das empresas de produtos de consumo que deles dependem para escoar sua produção. Além desses fatores, o sistema de venda direta, com a amplitude do construído pela empresa Natura, constitui uma forte barreira de entrada para novos competidores nesse setor. Deste modo, a empresa Natura se mantém alerta com relação aos gastos desta operação e tem buscado reduzir o número de transportadoras envolvidas, buscando alianças estratégicas e excelência no nível de serviço prestado. Dados de 2005 apontam que a empresa reduziu o número de transportadoras de 44 para apenas 5, proporcionando uma redução de 88,63%. Como são utilizadas 5 transportadoras para efetuar a distribuição dos produtos por todo o Brasil, a empresa adota a sistemática de disponibilizar as cargas para as transportadoras conforme seus horários de coleta. Por exemplo, se a empresa Correios efetua a busca da carga nos armazéns por volta das 18 horas, a empresa Natura tem a responsabilidade de executar a separação dos12 pedidos para esta transportadora, até as 16 horas. Desta maneira evita-se que a transportadora espere pela liberação da carga, reduzindo-se tempo e gastos. A distribuição dos produtos ocorre em 5.816 municípios, para os quais são encaminhados de 35 a 40 carretas além de 450 carros por dia. Esta estratégia de entrega dos produtos faz com que seja entregue um pedido a cada segundo, garantindo que 95% dos mesmos sejam entregues dentro do prazo estipulado. Entre os anos 2003 e 2004, o número de carretas aumentou em 21% ao mesmo tempo em que o número de transportadoras utilizadas para efetuar a distribuição dos produtos reduziu, mesmo assim garantindo um incremento no indicador de pontualidade de 96 para 97%. Além disso, o lead time praticado pela empresa desde o recebimento do pedido até sua entrega às Consultoras pode variar conforme a região, em São Paulo (capital) os pedidos recebidos até as 10 horas são encaminhados às Consultoras no mesmo dia com 98% de acuracidade. No Nordeste a entrega do pedido pode levar de 3 a 4 dias e no Amazonas de 7 a 9 dias. A empresa busca trabalhar para que o lead time seja só no transporte e que na empresa o pedido seja expedido em no máximo 24 horas. 2.4. Desempenho Ambiental As crises decorrentes das mudanças climáticas exigem uma mudança nos padrões de consumo e produção. Acreditam que as companhias que entenderem os desafios do seu tempo farão diferença no futuro. Por isso, foi implantado, em 2007, o Projeto Carbono Neutro, destinado a reduzir e compensar a emissão de gases de efeito estufa em todas as etapas da cadeia produtiva – desde a extração de matérias-primas e de materiais para embalagens, passando por processos internos e o transporte de produtos, até o seu descarte. A grande inovação do projeto reside no fato de que a Natura se comprometeu com um plano completo, com três frentes de atuação (inventário, redução e compensação), que envolve toda sua cadeia produtiva. Estão comprometidos com a redução da emissão relativa de 33%, entre 2007 e 2011 em relação ao total de 2006. Em 2008, alcançou a meta interna planejada e eliminou 3,0% de suas emissões, somando 9,0% 13 em dois anos. Para possibilitar as reduções e compensações que se proporão a fazer, colocando em prática um inventário para quantificar suas emissões, em todas as fases da cadeia de produção, com base nos padrões da Greenhouse Gas Protocol Initiative (GHG Protocol) e na norma ABNT NBR ISO 14064-1, que estabelece princípios para concepção, desenvolvimento, gestão e elaboração de relatórios das empresas sobre os níveis de GEE. Em 2008, avançando com o acompanhamento quadrimestral para medir os resultados alcançados, com verificação externa do resultado anual. Em 2008, fomorão responsáveis pela emissão de 188.051 toneladas de CO2 equivalente, índice 5,03% maior que em 2007, que foi de 179.040 toneladas. No Relatório anterior, reportou um número diferente desse: 183.619 toneladas. A mudança é fruto de uma revisão de dados de consumo, da inclusão de novos processos de emissão, do aprimoramento de metodologias de cálculo e da atualização de fatores de emissão com padrões internacionais. Assim, conforme a GHG Protocol, o ano-base foi recalculado, mantendo, assim, a mesma base de comparação ao longo dos anos. Portanto, as emissões de 2006 e 2007 publicadas neste relatório foram atualizadas. 14 Fonte: https://www.natura.com.br/relatorio-anual https://www.natura.com.br/relatorio-anual 15 Também empreende, em sua empresa, iniciativas de redução em todas as etapas de nossa cadeia, como a utilização de álcool orgânico nas fórmulas, o incentivo ao transporte de produtos por via marítima, a alteração das políticas de reembolso de combustível. 2.5. Renovação da Frota A natura utilizada carretas movidas a etanol, que emitem cerca de 90% a menos de CO2 em comparação com os veículos movidos a diesel. A nova tecnologia reflete o desejo comum das três companhias de promover alternativas inovadoras e sustentáveis em suas atividades. "Precisamos investir em formas de conter nossas emissões, e, em uma cidade como São Paulo, fazer isso por meio dos transportes tem muita relevância", explica Denise Alves, diretora de sustentabilidade da Natura. A Natura utiliza também, ônibus movido a etanol de modelo K 270 4x2, para transporte de seus funcionários. A empresa foi a primeira no Brasil a adquirir um ônibus de fretamento movido ao combustível alternativo. Trata-se de um projeto piloto desenvolvido em parceria com a Orion, Marcopolo, Raizen e Scania. O ônibus de fretamento movido a etanol conduz colaboradores para Cajamar, cidade na região metropolitana de São Paulo onde está instalada a sede da empresa. "Esse ainda é um projeto piloto. Nosso objetivo, no entanto, é aprimorar cada vez mais essa tecnologia e expandir os trajetos e carros oferecidos", explica Denise. Atualmente, a Natura conta com uma frota de 68 ônibus de fretamento usados para o transporte de colaboradores. O chassi Scania adquirido pela Natura possui um tanque de combustível de maior autonomia, com capacidade para 500 litros. O tanque tradicional tem capacidade de 300 litros. Ele desenvolve 270cv de potência e um torque de 1.200Nm. O veículo também é equipado com controle eletrônico do sistema de freios (EBS) e computador de bordo. 16 3. LOGISTICA INTEGRADA – PRODUÇÃO E COMERCIO A logística integrada é a integração de todos os processos que envolvem, desde a sua origem até a efetiva entrega do produto ao consumidor final. O resultado disso é uma gestão mais ampliada, na qual se permite um controle maior de todos os processos que se relacionam com a logística. A Natura entende que a logística é muito mais que uma operação da empresa, e sim um braço estratégico no alcance de seus resultados. A empresa fez enorme estudo da malha logística do país com o objetivo de aperfeiçoar o atendimento aos clientes, reduzir os prazos de entrega, além é claro de reduzir os custos com transportes. Como resultado do estudo a empresa conseguiu mapear, de acordo com a posição de suas fabricas e demanda territorial, o local adequado para instalação de seus centros de distribuição. 3.1. Cadeia De Suprimentos – Suplly Chain Múltiplas etapas são necessárias para transformar um conjunto de matérias- primas em um produto de consumo e, assim, colocá-lo no seu respectivo nicho de mercado. A soma dessas etapas define a rede industrial, chamada de cadeia de suprimentos ou supply chain. Segundo Novaes (2004) este conceito foca no consumidor, tendo todo o processo partindo dele, de modo a equacionar a cadeia de suprimentos para atendê-lo na forma por ele desejada. Conforme o mesmo autor, internamente, cinco atividades primárias situam-se ao longo do fluxo de materiais da empresa: suprimento, produção, distribuição, venda e serviços. Além dessas, o sistema logístico incorpora todas as atividades de apoio necessárias para que a empresa planeje e controle a aquisição, o desenvolvimento, o desdobramento, a utilização e a alocação dos seus recursos, sejam eles humanos, financeiros, materiais ou relativos à informação. A rede industrial e comercial, por exemplo, inicia-se com os produtores de matérias-primas e termina com o consumidor final, sendo que a transformação ocorre durante a trajetória. Em grande parte das cadeias logísticas, o processo de transformação inicia-se junto à fonte de recursos naturais (produtor, neste exemplo), em seguida a matéria- 17 prima é armazenada e na sequência encaminhada à unidade transformadora, conhecida como fábrica ou indústria. Uma vez transformada a matéria-prima em produto acabado, esse é alocado em embalagens adequadas para sua proteção e transporte, para ser enviado ao centro de distribuição. Quando a venda ocorre através de redes varejistas, o produto acabadoainda é encaminhado ao varejista para, então, ser oferecido ao consumidor final. Como ocorre na empresa Natura, do centro de distribuição, o produto acabado é encaminhado diretamente ao consumidor (neste caso, para as Consultoras de vendas as quais se responsabilizam pela entrega ao cliente final). Deste modo, conforme Martel & Vieira (2008), considera-se que a cadeia logística é formada pelo conjunto de redes logísticas internas das empresas membro, e os fluxos nessas redes são associados as etapas do processo de transformação. Assim, para conseguir gerenciar os fluxos de materiais e informações e aumentar a competitividade no mercado, há necessidade de se recorrer a uma rede de planos fundamentados nas decisões de curto (planos operacionais), médio (planos táticos) e longo (planos estratégicos) prazos. 3.1.1. Logística Reversa Em se tratando de logística reversa a Natura se destaca em dois pontos: utilização de refil e reciclagem. O primeiro item é responsável pela retirada de 2,2 mil embalagens no mercado, além da redução de 54% da massa média do produto (em comparação com a embalagem regular). A reciclagem também é um assunto de grande valor para a Natura. A empresa lançou um programa chamado ELOS que estabeleceu uma cadeia logística reversa para recolhimento dos resíduos gerados pela empresa. A Natura se destaca pela causa socioambiental, e na sua visão de sustentabilidade para 2050 a empresa tem como objetivo reciclar mais de 50% de toda embalagem colocada no mercado, além de reutilizar no mínimo 10% de todo este material reciclado. 18 3.2. Cadeia de Fornecedores A Natura possui uma base média de 5 mil fornecedores contratados por ano, com uma taxa de renovação anual de aproximadamente 40% ao ano. Desse total, aproximadamente 500 fornecedores são considerados recorrentes e representam 74% do volume de compras. Esses fornecedores são monitorados por auditorias periódicas e mantêm um relacionamento de longo prazo com a Natura. A classificação principal de tipo de fornecimento se dá em duas grandes categorias: 1. Produtivos: fornecedores de materiais utilizados na fabricação de produtos (embalagens, matéria-prima, produto acabado etc.). 2. Não Produtivos: fornecedores de produtos ou serviços sem aplicação direta na produção de produtos Natura (serviços de TI, transportes, manutenção, marketing etc.). 3.2.1. Política de Fornecedores No intuito de assegurar a qualidade na aquisição de insumos, produtos e serviços de terceiros, a empresa Natura assumiu o compromisso de privilegiar os fornecedores que apresentam os melhores padrões de excelência. Para identificar um possível fornecedor de maneira ética e transparente, a reposta encontrada foi a criação de um processo de acompanhamento e certificação daqueles que atendem ao princípio da sustentabilidade. O padrão adotado para isso é o QLICAR, cujo significado é: Qualidade, Logística, Inovação, Custo/Contrato, Atendimento e Relacionamento. Os quesitos de abrangência do QLICAR são considerados pela empresa os pilares para a construção de um relacionamento justo entre as partes. O principal objetivo é garantir a conformidade dos materiais e/ou serviços e, sendo que o ponto chave é a aprovação da auditoria nos Requisitos de Sistema Integrado. Quando encerra o período de avaliação o fornecedor que obtiver 75% dos pontos medidos neste tempo será certificado, sendo que este certificado tem a validade de um ano, período de um novo ano QLICAR, quando os indicadores são novamente medidos de acordo com os objetivos do processo. 19 3.3. Sistema de Produção e Arranjo Fisico De acordo com Bowersox & Closs (2001), o planejamento e a coordenação envolvem tanto atividades de planejamento de materiais dentro da empresa quanto aos membros do canal de distribuição. Seus componentes são: objetivos estratégicos, restrições de capacidade, necessidades logísticas, necessidades de produção e necessidades de suprimento. Pode-se dizer que, o conceito de logística integrada, para os autores supramencionados, vai ao encontro ao fluxo logístico da empresa em estudo, onde a logística é vista como a competência que vincula a empresa a seus clientes e fornecedores. As informações necessárias para se iniciar o planejamento da produção são recebidas de clientes e fluem pela empresa na forma de atividades de vendas, previsões e pedidos e, são filtradas em planos específicos de compras e de produção. O processo apresenta duas ações inter-relacionadas: fluxo de materiais e fluxo de informações. À montante do fluxo encontra-se o plano de atuação no mercado, a central de cadastros (pedidos) e gestão dos materiais. A partir daí inicia-se o planejamento e controle da produção além do acompanhamento do processo logístico. A empresa Natura opera com ciclos de venda de 3 semanas, ou seja, a cada 3 semanas lança- se um novo mix de produtos a ser oferecido no mercado, através de revistas que as Consultoras apresentam ao consumidor final. Nesta revista são apresentados os itens de base (mais comuns e que sempre fazem parte do mix ofertado), os itens promocionados do ciclo e os lançamentos. É válido citar que a cada novo ciclo, diferentes produtos da carteira de SKU´s da empresa entram em promoção de modo a aumentar as vendas de cada família de produtos, “induzindo” a compra por parte do consumidor. Para a elaboração do mix de cada ciclo é realizada a Gestão da Demanda, o planejamento e ajuste do planejamento da produção. Para os autores Correa, Gianesi & Caon (2001), a área responsável pela Gestão da Demanda deve ser responsável por prever a demanda, atuar como um canal de comunicação com o mercado, ter influência sobre a demanda, possuir habilidade de prometer prazos e alocar e priorizar determinadas atividades. São diversos os processos relacionados a esta área, porém, 20 conforme os autores, os principais processos tratam de prever as vendas, cadastrar os pedidos, prometer a data de entrega, definir e avaliar o nível de serviço ao cliente, planejar as necessidades e distribuir fisicamente os produtos aos clientes. Para a realização da Previsão de Vendas, há uma área específica no setor de Planejamento e Controle da Produção (PCP) que efetua o planejamento da demanda/venda dos produtos, com base em dados históricos. As vendas subdividem- se em vendas promocionadas e não promocionadas, sendo a primeira delas a de maior relevância para a empresa (aproximadamente 60%). Com relação à análise mensal, para cada ciclo de vendas (uma revista Vitrine), são elaborados diversos cenários, variando os produtos promocionados, sendo que esta análise ocorre aproximadamente 90 dias antes do período de vendas. Cada responsável por uma linha de produtos elabora seus cenários em particular, considerando o histórico de vendas, o ‘feeling’, itens complementares a compor o mix do ciclo, inflatores e deflatores com embasamento estatístico utilizando o software Excel (não existe um otimizador).Tal método, contribui para a eliminação do efeito chicote, pois se reduzem os níveis de estoque de segurança uma vez que os planejadores possuem certo grau de precisão em suas previsões. Para as vendas não promocionadas não se utiliza embasamento estatístico, apenas faz-se uma suavização exponencial. Por exemplo, propõe-se um desconto de 20% para o batom ‘X’ e, posteriormente, um desconto de 15% para o mesmo produto. Observa-se a elasticidade preço-demanda, analisa-se o decaimento do preço para assim fazer as correlações com situações semelhantes e aplicar para a situação atual. A elaboração destes cenários é consolidada na reunião executiva de Sales and Operation Planning (S&OP) onde se analisa a receita gerada a partir de cada cenário elaborado, juntamente com a receita gerada a partir dos produtos não promocionados, optando-se por um determinado mix de produtos.Vale salientar que, nesta reunião, também são decididos quais produtos devem ser mantidos ou desativados da linha de produção. Concomitantemente à projeção da demanda futura, a empresa leva em consideração outros fatores influentes como o custo de estoque, custo da falta de produtos e o aproveitamento de itens, dentre outros. Uma vez definido o mix de produtos do ciclo de vendas em questão, realiza-se o planejamento mestre de produção (MPS) e a análise do sistema Material Requirement 21 Planning (MRP – Planejamento das Necessidades de Materiais), o qual tem por finalidade gerar a lista de pedidos de compras para materiais ou componentes ligados diretamente a um produto (BERTAGLIA, 2003). Cabe destacar que o ciclo de vendas para a Consultora Natura é de 21 dias, porém para a empresa não o é, pois seu sistema é encadeado: no momento em que está terminando o ciclo para uma região do país, está se iniciando o mesmo ciclo em outra região; ou seja, sempre existem 2 ciclos concomitantes no Brasil, para não sobrecarregar o sistema logístico da empresa. A empresa Natura possui um modelo e chão de fábrica híbrido, utilizando-se da ferramenta Kanban para realizar o planejamento da produção. O sistema de produção da empresa é empurrado, com o auxílio do MPS e MRP até a compra dos insumos e, após, o sistema é puxado, com o auxílio do Kanban. A estratégia adotada pela empresa é a de manter estoques dos insumos e não dos produtos acabados; assim, à medida que vão sendo vendidos os produtos, vão sendo repostos. 3.4. Armazenagem e Pincking A empresa Natura possui 3 fábricas na sua sede em Cajamar-SP e, um 4º armazém, que é responsável pela atividade de separação (picking). A atividade picking ou order picking pode ser definida como a atividade responsável pela coleta do mix correto de produtos, na quantidade correta para satisfazer as necessidades do consumidor (MEDEIROS,1999). O aumento da importância da atividade de picking fez com que novos investimentos fossem feitos nessa área, principalmente nos sistemas de separação. Para se ter noção da representatividade desta atividade, em média, o picking é responsável por 65% dos custos de manuseio de materiais de um centro de distribuição. A empresa em estudo possui 3 CD´s. A unidade de Recife-PE possui capacidade de armazenamento de 1.000 pallets, pois possui um CD pequeno utilizado como laboratório prioritariamente para testes; ou seja, quando a companhia deseja alterar o layout de uma caixa (utilizada na entrega dos pedidos), por exemplo, lança o projeto nesta região de modo a avaliar o caráter logístico. Como a região do Nordeste é atípica, com sertões e ladeiras, serve de base para verificar a resistência dos 22 materiais em análise. Geralmente, se a caixa/embalagem resistir a este percurso, resistirá às demais regiões do país. A unidade de Matias Barbosa-MG apresenta capacidade de armazenamento para 2.000 posições (espaços para pallets) e a unidade de Cajamar-SP para 52.000 posições, suprindo as fábricas com insumos e a área de picking com produtos acabados para a separação. No momento em que a ordem de produção é aberta pelos colaboradores da fábrica, os colaboradores do armazém recebem imediatamente as informações sobre os insumos que irão precisar, e enviam os itens através de robôs. No ano de 2005 foi inaugurado o segundo armazém vertical (AV) da empresa. A estrutura totalmente automatizada aumentou em cerca de 116% a capacidade de estocagem da empresa, permitindo maior agilidade no atendimento às Consultoras. A construção desse armazém tem ainda o objetivo de suportar o aumento das vendas previsto pela empresa para os próximos anos. De acordo com a empresa, o novo armazém praticamente dobrou a capacidade de estocagem e movimentação, agilizando o processo de separação de produtos. O armazém tem 35 metros de altura, o que permitiu elevar sua capacidade de comportar mais pallets, passando de 25.000 para 52.000. O AV apresenta um tempo de reposição de 2 minutos, sendo que o sistema de gestão de estoques é integrado com o sistema de controle SAP. Nesta área operam apenas 3 colaboradores, os quais administram as atividades pela eletromonovia de 650 metros, sendo que o tempo de movimentação dos materiais, do armazém até a fábrica, é de 14 minutos. Na área de picking são separados os pedidos, sejam eles do tipo Make to Order (sob encomenda) ou Make to Stock (para estoque), através de 3 linhas (duas delas automáticas, o que limita o formato dos itens, e uma delas semiautomática, a maior delas). Nestas 3 linhas é possível movimentar aproximadamente 3.000 caixas/hora, visto que as linhas automáticas trabalham 24 horas por dia, ininterruptamente. Nelas os produtos referentes a um pedido são separados automaticamente em uma esteira por dispositivos conhecidos como dispensers e, posteriormente, são encaminhados até a caixa de envio ao cliente. O controle e a automação do sistema garantem que cada pedido tenha seus respectivos produtos ejetados automaticamente de forma com que a separação seja rápida e precisa. http://producaologistica.blogspot.com/2009/08/ http://producaologistica.blogspot.com/2009/08/ 23 A área de picking é responsável pela separação de pedidos de mais de 300.000 clientes em todo o Brasil, e tem a responsabilidade de garantir os prazos de entrega e a exatidão na separação dos pedidos. Na empresa Natura, diariamente, são separados aproximadamente 35.000 pedidos por dia, sendo 35.000 a 45.000 volumes (caixas) e 98% dos pedidos são despachados em 24 horas. Em épocas não festivas, geralmente trabalha-se com apenas um turno de produção/expedição. Uma vez ao dia são recebidos os pedidos, separados por região e, posteriormente, montados. O piso do armazém é demarcado identificando o local de posicionamento dos insumos e dos produtos acabados (pode ser em pallets ou em caixas) para facilitar a movimentação dos materiais. A ordem de atendimento dos pedidos é por ordem de chegada, sendo que dentro de cada subdivisão por região, atende-se aos pedidos mais antigos – First in First out (FIFO – Primeiro a chegar é o primeiro a sair). Se houver uma região com maior atraso que as demais, é atrasado o envio destas para recuperar o atraso da região mais prejudicada (backlog). O comportamento da atividade de picking no biênio 2003-2004 foi de crescimento na quantidade de pedidos bem como na quantidade de itens separados de 24% e 26%, respectivamente. Após a montagem dos pedidos, é realizada a conferência dos mesmos na estação de controle, a qual ocorre em 3 etapas: 1) Leitura do Bar Code (código de barras) de cada produto contido na caixa do cliente - se faltar um item do pedido, é acusado na tela de visualização e o colaborador adiciona esse item ao pedido e se sobrar, é retirado; 2) Conferência do Peso - adiciona-se uma taxa de segurança bem estreita para os pesos e se houver discrepância, a caixa é encaminhada para a análise manual; 3) Análise Manual do Pedido. Ressalta-se, no entanto, que o sistema de controle por Radio-Frequency IDentification (RFID – Identificação por radiofrequência) ainda não é utilizado pela empresa devido o alto custo de implantação. 3.5. Nível de Serviço ao Cliente 24 Conforme Christopher (2007), o papel do serviço ao cliente é oferecer “utilidade de tempo e lugar” na transferência de bens e serviços entre o comprador e o vendedor. Ou seja, não há nenhum valor no produto ou serviço até estar nas mãos do cliente ou consumidor. Daí se conclui que tornar o produto ou serviço “disponível” é o significado da função de distribuição em um negócio. Na empresa pode ocorrer reclamações referentes à composição e entrega dos pedidos por parte das Consultoras e clientes finais. Assim, se o cliente final não estiver satisfeito com o produto recebido, pode entrar em contato diretamente com a empresa,através de telefone e solicitar o reembolso ou a troca de mercadoria. Se acontecer de ter tombado um caminhão, por exemplo, a empresa recolhe os produtos para tentar recuperá-los e vendê-los novamente. Para os casos das reclamações feitas pelas Consultoras é realizada uma triagem por parte da empresa para detectar a origem do problema e resolvê-lo. Para maior controle do contato entre a empresa e as Consultoras, são utilizados alguns indicadores para análise de performance, tais como: a) INA – Índice de não atendimento; b) Pontualidade – Pontualidade na entrega dos pedidos; c) NC – Notificação consultora; d) ISC – Índice de satisfação das Consultoras. Já em caso de danos, ocorre a troca de mercadoria e; quando a Consultora recebe produto em excesso a empresa deixa que o produto fique de posse da Consultora, pois o recolhimento torna-se muito dispendioso e, em caso de faltas, lhe é enviado o item faltante. Pode também acontecer de uma mesma Consultora reclamar por diversos ciclos seguidos. Neste caso, a empresa já possui uma rotina especial com embasamento estatístico para averiguar a veracidade da mesma, reduzindo, assim, os casos de falsa reclamação. Dessa forma, a empresa busca cada vez mais aumentar o nível de serviço ao cliente, estando mais próxima dos mesmos por meio das Consultoras. 25 4. DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL Em 21 de janeiro de 2020, a Natura foi reconhecida com uma das empresas mais sustentáveis do mundo e a primeira no setor de cosméticos, pelo ranking Global 100, elaborado pela companhia canadense de mídia e pesquisa Corporate Knights. Desde 2007, a empresa é 100% carbono neutro. Isso significa que contabiliza o carbono de tudo que se faz, direta e indiretamente, em toda a cadeia. Considerando desde o impacto da extração de matéria-prima, até o descarte de produtos, passando por transportes e atividades das fabricas. Já as emissões que não podem ser evitadas, são compensadas com a compra de créditos de carbono de projetos que geram, benefícios sociais e ambientais. Com todas essas iniciativas, reduziram 908 toneladas de CO2, o equivalente à poluição gerada por 156 mil voltas de carro ao redor da terra. Em 2018, a Natura se tornou a primeira companhia brasileira a conquistar o selo The Leaping Bunny, da Cruelty Free Interncional, que atesta o compromisso com a não realização de testes de produtos e ingredientes em animais. A primeira empresa de capital aberto a obter o selo B Corp, que que reconhece companhias comprometidas em integrar resultado socioambiental. Além disso, desde 2000, a Natura se comprometeu a desenvolver alternativas sustentáveis e inclusivas na Amazônia. Em 2011, todas as nossas iniciativas para transformar desafios socioambientais em oportunidades de negócio foram reunidas no programa Amazônia. Entre 2012 e 2020, geramos na região R$ 1,5 bilhões em volume de negócios, fortalecendo ainda mais nossas parcerias de conservação do meio ambiente e das cadeias de biodiversidade. 4.1. Política de Sustentabilidade Desde que a empresa foi fundada, o desenvolvimento sustentável sempre foi prioridade. Preservando a maior floresta mundial na Amazônia, reduzindo gastos e protegendo o clima, a Natura atua todos os dias para conseguir um impacto positivo na sociedade e no meio ambiente. 26 • Floresta Preservada: Há mais de 20 anos a Natura tem desenvolvido um comercio ético e responsável com as comunidades do Brasil, e sobretudo na Amazônia. Esse trabalho com as comunidades e com ajuda dos produtos da Natura é que se conseguiu preservar 1,8 milhões de hectares da floresta, para uma utilização moderada dos recursos e um melhor futuro para as próximas gerações. • Protegendo o Clima: Todas as emissões de carbono relacionadas com a fabricação, os transportes ou com o armazenamento dos produtos são rigorosamente controlados em todos os países onde a Natura atua. São analisados anualmente para serem limitadas o quanto possível e são sistemicamente compensadas por ações de reflorestamento. Por projetos de preservação das espécies e por projetos ambientais. • Redução dos Resíduos: Todos os plásticos utilizados na gama Natura Ekos são 100% reciclados ou são plásticos verdes, necessitando desta forma de menos recursos para serem fabricados, evitando ao mesmo tempo o acúmulo de resíduos. Perfeitamente reciclável, este plástico vegetal apresenta um balanço carbono positivo e não provem da petroquímica. • Atuar com Comercio Justo: É essencial escolher os melhores ingredientes, recolhidos de forma sustentável, sem queimadas nem deflorestação, respeitando sempre as comunidades locais da Amazônia. Essas mesmas comunidades parceiras que, não só trazem ingredientes recolhidos por elas, como também partilham de suas sabedorias ancestrais. • Contra os Testes em Animais: Todos os produtos são aprovados pelo Programa Leaping Bunny da Cruelty Free Internacional, que é reconhecido como “padrão de ouro” para produtos livres de crueldade animal. Aderindo à política com data de corte fixa e proativamente monitorando os fornecedores para garantir que os produtos continuem aderindo aos requisitos do programa. • Comprometimento Diário: A Natura compromete-se todos os dias, nas decisões tomadas, nos projetos desenvolvidos ou nos relacionamentos criados. Esses compromissos diários, tem feito da Natura a maior empresa B Corp no mundo. 27 • Certificações ISO: Suas operações contam com normatizações que atestam padrões de produção e gestão, entre elas: ISO 9001:2015 e ISO 14001:2015, em Cajamar, ISO 9001:2015, no NASP e no Hub de Itupeva, e ISO 22716:2007, em Cajamar e no Eco parque. 28 5. CONCLUSÃO Neste estudo podemos perceber como a empresa Natura se preocupa com o impacto ao meio ambiente, pensando em cada detalhe para que seus produtos possam chegar com mais rapidez e eficiência sem agredir drasticamente o meio ambiente. Com o recurso de terceirização, a natura conseguiu expandir suas entregas, se dedicando ainda mais nos fatores produtos, consultoras e clientes, deixando as entregas com as empresas especializadas no serviço, mas que ainda assim, são monitoradas e precisam seguir algumas regras para continuar executando este tipo de serviço para Natura. E mesmo com tanta tecnologia e rastreio, alguns produtos acabam não chegando no tempo determinado, alguns por conta da localização (uma logística mal elaborada), ou até mesmo por roubos ou desvio de cargas. Com uma política rigorosa com seus fornecedores, a Natura busca sempre os melhores produtos, tendo em vista sempre a preservação da natureza e a qualidade do produto. A empresa não faz testes em animais, e utiliza de programas para o reflorestamento da floresta Amazônia. Sempre em busca de inovação e aperfeiçoamento em seus centros de distribuição, laboratórios de pesquisas e desenvolvimentos, tornando assim, a produção de novos e melhorados produtos. Claro que como toda empresa, a Natura tem seus desafios, e estar sempre inovando, criando e produzindo, fazendo com que, o cliente não perca o interesse naquele ou que passe a se interessar por outros produtos, é um dos seus maiores desafios. A empresa tem como foco principal criar mais produtos e agredir menos o planeta, com seus programas sustentáveis, a empresa vem sendo reconhecida internacionalmente, por estar entre as empresas mais sustentáveis do mundo, e com isso ganhando nome e premiações por reconhecimento ao seu trabalho. 29 6. 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