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A hepatite é a inflamação do fígado. Pode ser causada por: ◦ Vírus; ◦ Medicamentos; ◦ Álcool e outras drogas; ◦ Doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. HEPATITE B: Denominação: HBV ◦ Material Genético: DNA fita dupla. ◦ Vírus envelopado: ◦ Envelope onde existe a proteína de membrana HBs; ◦ O capsídeo interno protege o genoma e algumas cópias de enzima transcriptase reversa, expressa a proteína HBc. TRANSMISSAO DA HEPATITE B Contato Sexual; Transmissão vertical, Transfusão de sangue; Ocupacional; Compartilhamento de seringas e objetos perfuro cortantes. O período de transmissão varia de duas a três semanas antes dos primeiros sintomas e mantém-se durante a evolução clínica da doença. O portador crônico pode transmitir por vários anos. Faixa etária predominante: de 20 a 39 anos. SSIM SINTOMAS DA HEPATITE B: Náusea e vômitos; Mal-estar; Febre; Fadiga e perda de apetite; Dores abdominais; Urina escura Fezes claras; Icterícia (cor amarelada na pele e conjuntivas). Antígenos: HBsAg: Antígeno Austrália. É o primeiro a aparecer no soro mesmo antes do início das alterações da ALT, AST e do aparecimento dos sintomas. Demonstra a presença do vírus no organismo. HBcAg (do núcleo do vírus): Este Ag desaparece após a destruição do capsídeo viral. Pode ser identificado no núcleo dos hepatócitos de pessoas infectadas com VHB, MAS NÃO NO SORO (fica preso no hepatócito). HBeAg: indica replicação ativa do vírus e portanto infectividade. Identificado na infecção aguda. Anticorpos: Anti-HBc IgM: marcador de infecção aguda. Significa infecção recente e desaparece 4 a 6 meses. Surge ao mesmo tempo que as alterações da ALT. Anti-HBc IgG: infecção passada. Começam a ser detectados no início da infecção e persistem por toda vida. Anti-HBe: surge na recuperação da infecção aguda. Indica fim da replicação viral. Anti-HBs: - Representa a recuperação e/ou imunidade para HBV (último a aparecer) - Aparece 1 a 10 semanas após o desaparecimento do HBsAg - Único Anticorpo presente após vacinação - Níveis de anticorpos anti-HBs > 10 UI/ml confere imunidade protetora - Importante quantificar para avaliar necessidade de nova vacinação. Em Resumo: Marcadores de infecção aguda: HBsAg e Anti-HBc IgM. Marcadores para acompanhar a evolução (avaliar a infectividade e prognóstico): HBsAg, HBeAg e Anti-Hbe. Marcadores para controle de cura: HBsAg e Anti-HBs. Marcador nas imunizações: Anti-HBs. DIAGNOSTICO LABORATORIAL: O diagnóstico laboratorial compreende os exames inespecíficos que incluem as dosagens de: AST/ALT: O nível de ALT pode estar três vezes maior que o normal; Bilirrubinas elevadas; Os exames específicos são feitos através de métodos sorológicos para identificação de: - ANTÍGENOS do vírus da Hepatite B através do método de Imunocromatografia (teste rápido); - ANTICORPOS contra o vírus da Hepatite B pelos métodos de ELISA. INFECÇÃO SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEL – SÍFILIS DOENÇA INFECTOCONTAGIOSA DE AÇÃO SISTÊMICA Treponema pallidum Transmitida por via sexual e via vertical Sífilis primária: Após a infecção, ocorre um período de incubação entre 10 e 90 dias, após o contágio. O primeiro sintoma é o aparecimento de uma lesão denominada cancro duro ou protossifiloma: Essa lesão é isolada, em geral única, indolor, sem pus, não arde, lisa, brilhante e ulcerativa com secreção. Tem a base endurecida; Contém secreção com treponemas; Pode estar acompanhada de aumento dos linfonodos na virilha. A lesão desaparece em um período aproximado de duas semanas, independente de tratamento. Sífilis secundária: Os sinais e sintomas aparecem entre 6 semanas e 6 meses do aparecimento e cicatrização da ferida inicial. A manifestação mais clássica é erupção com eritema, não vesicular ou de grandes placas branca- acinzentadas, que podem aparecer em regiões úmidas do corpo. ◦ O acometimento da região plantar e palmar são bem característicos. ◦ Pode ocorrer febre, mal-estar, dor de cabeça e aumento dos linfonodos. ◦ Caso o paciente não receba o tratamento medicamentoso adequado nesta fase, entra na fase latente. Sífilis Latente: Se não houver tratamento, após o desaparecimento dos sinais e sintomas da sífilis secundária, a infecção entra no período latente. • Evidência sorológica sem manifestações clínicas. • Esta fase pode durar muitos anos, até mesmo para o resto da vida. • A duração é variável, podendo ser interrompida pelo surgimento de sinais e sintomas da forma secundária ou terciária. • De 15 a 30% dos pacientes, não tratados, evolui para a sífilis terciária. • O diagnóstico é obtido pela história e exames sorológicos. Nesta fase, todos os testes que detectam anticorpos permanecem positivos, e observa-se uma diminuição dos títulos nos testes quantitativos. Para diferenciar esta fase da infecção primária, deve-se pesquisar no líquor a presença de anticorpos, utilizando-se o VDRL. Evidencia-se sífilis latente quando o VDRL é reagente no líquor, acompanhado de baixos títulos no soro. Sífilis Terciária ou tardia: • Nessa fase as bactérias podem causar lesões graves em vários órgãos internos diferentes como o cérebro e à espinha dorsal. • Normalmente começa após 5 a 10 anos de infecção e pode levar à morte. • As manifestações acometem pessoas não tratadas ou tratadas de forma inadequada. • Manifestações clínicas: cutânea, ocular, óssea, cardiovascular (aneurisma), SNC (neurosífilis-demência). • Esse estágio é muito raro na atualidade. Os exames sorológicos são positivos. Sífilis Congênita É uma doença transmitida para criança durante a gestação (transmissão vertical). Por isso, é importante fazer o teste para detectar a sífilis durante o pré-natal e, quando o resultado for positivo (reagente), tratar corretamente a mulher e seu parceiro, para evitar a transmissão. Recomenda-se que a gestante seja testada pelo menos em 3 momentos: • Primeiro trimestre de gestação; • Terceiro trimestre de gestação; • Momento do parto ou em casos de aborto. A sífilis congênita é o resultado da disseminação hematogênica do T. pallidum da gestante infectada, não tratada ou inadequadamente tratada, por via transplacentária. • Risco de transmissão: 50 a 70% em gestantes com sífilis primária, secundária ou latente. • Pode ser assintomática em 2/3 dos casos. • A criança já nasce em uma fase secundária da sífilis. • Na criança: baixo peso ao nascer, rinite, hepatoesplenomegalia, rash cutâneo (lesões bolhosas), anemia, lesões ósseas, SNC, surdez, cegueira, deficiência mental, problemas cardíacos e natimorto. • A criança pode apresentar manifestações de sífilis precoce nos primeiros dois anos de vida ou mais tarde. • Após o parto, a criança é sorologicamente positiva. • As provas quantitativas de VDRL devem ser feitas mensalmente durante um período de 6 meses. A definição da doença deve ser feita levando em consideração a comparação dos resultados dos testes não treponêmicos da mãe e da criança e os resultados dos exames de imagem e dos sinais clínicos presentes na criança Sífilis Congênita e Neurossífilis – Líquido Cefalorraquidiano (LCR) Uma das maiores preocupações nos casos de sífilis congênita é avaliar a possibilidade do envolvimento, ainda que assintomático, do SNC. Para confirmar o diagnóstico de NSC, o líquido cefalorraquidiano (LCR) caracteriza-se pela positividade do VDRL ou por pleiose (>25 leucócitos/mL) ou por concentração de proteínas maior que 150 mg/dL. Para confirmação é coletado o LCR. Diagnóstico Laboratorial - Sífilis Primária Na sífilis primária, o diagnóstico laboratorial pode ser feito pela pesquisa direta do Treponema pallidum por microscopia de campo escuro e pela IFD. Os Anticorpos começam asurgir na corrente sanguínea cerca de 7 a 10 dias após o surgimento do cancro duro, por isso nessa fase os testes sorológicos são negativos. VDRL – teste não treponêmico O VDRL é o único teste de floculação que pode ser utilizado para pesquisa de anticorpos não treponêmicos. O teste do VDRL positiva-se cinco a seis semanas após a infecção, podendo, portanto, estar negativa na presença do cancro duro de curta duração. Apresenta elevada sensibilidade na sífilis secundária (100%), que se reduz a 70% nas formas tardias. FTAabs - Teste Treponêmico FTA- abs: IgG e IgM A reação de FTA-abs é uma técnica de Imunofluorescência indireta (IFI). Utiliza T. pallidum fixado em áreas demarcadas de lâminas de vidro em que são feitas as reações. ◦ Teste sensível, sendo o melhor teste confirmatório para verificar infecção em relação ao teste não-treponêmico negativo em doença tardia ou em fase de latência. IMUNOFLUORESCÊNCIA INDIRETA O anticorpo presente na amostra do paciente reage com um antígeno específico fixado em lâmina, logo em seguida um anti-anticorpo marcado com fluocromo é ligado no anticorpo gerando a fluorescência. Teste rápido - Teste Treponêmico Os testes rápidos utilizados para triagem da infecção pelo T. pallidum baseiam-se na tecnologia de imunocromatografia de fluxo lateral, que permite a detecção dos anticorpos específicos anti-T. pallidum no soro ou sangue total. Cicatriz Sorológica Após tratamento adequado, a persistência de títulos baixos e estáveis no teste não treponêmico (TNT), com queda prévia da titulação em pelo menos duas diluições, descartando-se nova exposição de risco durante o período analisado, é denominada “cicatriz sorológica” e não caracteriza falha terapêutica No entanto, TNT com títulos crescentes ou persistentemente altos podem indicar reinfecção, falha terapêutica ou neurossífilis, e novo tratamento deve ser considerado. Notificação compulsória semanal (NCS): notificação compulsória realizada em até 7 (sete) dias, a partir do conhecimento da ocorrência de doença ou agravo. Células de defesa na infecção pelo T. pallidum A presença do T. pallidum recruta células do sistema imunológico inato e adaptativo da circulação sanguínea ao local da infecção. Essa ativação e migração de células aumentam pela secreção de citocinas. Assim, durante a infecção aguda pelo T. pallidum, os neutrófilos são as primeiras células observadas. O T. pallidum é reconhecido pelas células dendríticas encontradas em locais da infecção. As células dendríticas e os macrófagos estimulam a produção de citocinas inflamatórias, TNF, IL-1, IL-6, IL-8 (quimiocina), IL-12, que induzem uma resposta inflamatória severa. Nas lesões primárias e secundárias da sífilis são observadas a produção de IFN-γ e IL-2, responsáveis pela ativação de macrófagos e de células TCD4 e CD8.
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