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Cicatrização e Reparo Tecidual

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Cicatrização
Reparo tecidual
↝ Fase inflamatória: Marco do processo de
reparo tecidual; 72 horas após a lesão,
ocorre uma vasoconstrição, ocasionando a
liberação de substâncias vasoativas
(ajudam a trazer células que auxiliam na
cicatrização);
↝ Fase de latência ou proliferativa: Fatores
de crescimento para região, caracterizada
pela: proliferação celular, com o intuito de
fechar a lesão, cicatrizar a pele;
↝ Fase de reparo: Fase muito ativa, onde
ocorre uma biossíntese de colágeno bem
acelerada, ou seja, alta produção de fibras
de colágeno (processo conhecido como
fibroplasia). Recrutando mais macrófagos
na região (realizando a lise de restos
celulares, limpando a região para iniciar a
regeneração). Neste momento do reparo
tecidual, é formado o tecido de granulação,
com formação de fibrina (amarelo, é
comumente confundida com o pus, mas são
a formação de fibras de colágeno fechando
a lesão da periferia para o centro);
↝ Fase de modelação ou contração:
Aproximação das bordas da ferida, ocorre
entre o 7° e o 14° dias.
Tipos de Cicatrização
· Existem quatro formas pelas quais uma
ferida pode cicatrizar que dependem da
quantidade de tecido perdido ou danificado
e da presença ou não de infecção, são elas:
↝ Primeira intenção:
· É utilizada nas cirurgias em que as bordas
são aproximadas por suturas, havendo
perda mínima de tecido, ausência de
infecção e edema mínimo;
↝ Segunda intenção:
· Ocorre quando há perda de tecido;
· Caracteriza-se pela deiscência (abertura
da cicatriz), onde a sutura não mantém as
bordas da cicatriz unidas;
· É detectada pelo extravasamento de
secreção serosanguinolenta pela ferida;
· A epiderme só pode crescer pelas bordas
da ferida ou através de restos epiteliais ou
de anexos de pele, o que atrasa o processo
além de causar sequelas (cicatriz
inestética).
· Pode comprometer funcionalmente o
paciente.
· Podem necessitar do uso de pomadas,
medicamentos para auxiliar na
cicatrização, porém elas costumam se
fechar sozinhas (mesmo que mais
demorado que a de primeira intenção).
↝ Terceira intenção:
· As cicatrizes que não cicatrizam por
segunda intenção (ficam abertas e não
conseguem seguir o processo de
cicatrização), por apresentarem
contaminação ou por serem muito extensas
ou ainda por não apresentar tecido
suficiente para aproximar as bordas, são
tratadas por um período e depois são
ressuturadas (refazer a sutura) e, nos
casos mais graves, podem ser tratadas com
enxertos cutâneos.
↝ Quarta intenção:
· São cicatrizes que não vão se fechar
mesmo, e necessitam de enxertos cutâneos
para refazer a ferida e tentar cicatrizar.
Retirando a pele de um “sítio doador” para
a realização do enxerto.
Tipos de Cicatrizes
↝ Normotróficas (fechada de primeira
intenção, cicatriz estética quase não
perceptível);
↝ Atróficas (ocorre uma perda de
substância tecidual, uma cicatriz funda);
↝ Brida cicatricial (ocorre nas regiões
articulares, são cicatrizes mais alargadas
pelos movimentos articulares);
↝ Hipertróficas (quando ocorre uma
organização do colágeno inadequada,
porém com o tempo ela as fibras de
colágeno podem ser organizadas, se
assemelhando mais a normotrófica);
↝ Queloidiana (ocorre uma produção
contínua de colágeno, fazendo com que a
cicatriz ultrapasse a borda da ferida. É
ocasionada apenas em pessoas com
tendência a ter queloide).
Fatores que interferem na
Cicatrização
↝ Tecidos bem vascularizados são os que
têm melhor condições de cicatrização, pois
o aporte sanguíneo de nutrientes e de
oxigênio facilita a cicatrização;
↝ A boa vascularização depende das
condições gerais do paciente, mas também
do tratamento dado à ferida. Esmagamento
das bordas com as pinças cirúrgicas,
cauterização extensa e suturas grosseiras,
são fatores que favorecem isquemia e
necrose (prejudicando a cicatrização).
↝ Alguns fatores podem levar a respostas
de cicatrização inadequadas, como:
incapacidade de promoção de reação
inflamatória adequada (lembrando que o
processo inflamatório é o marco do início
das fases de cicatrização); incapacidade de
produção de novas células ou componentes
da cicatriz em quantidade ou qualidade
adequadas;
↝ Como fatores locais há: infecção, fluxo
sanguíneo e nutrição inadequados, e
estresses (movimentação, levantar pesos)
exercidos sobre a ferida.
↝ Influência negativa na cicatrização:
moléstias metabólicas, anemias, diabetes,
insuficiências cardíacas e deficiências
nutricionais que causam hipoproteinemias
e a falta da vitamina C.
Obs:
Anemias, hipertensão e diabetes além de
prejudicar a cicatrização, favorecem uma
infecção.
↝ Carboidratos, gorduras e proteínas
fornecem energia necessária para os
processos de cicatrização. É comum
observar dificuldade de cicatrização e
deiscência em pacientes vegetarianos.
↝ Vitaminas e sais minerais desempenham
papel importante no processo cicatricial:
· Vitamina A: contrabalança os
efeitos dos corticóides que inibem a
contração de ferida e a proliferação dos
fibroblastos;
· Vitamina B: aumenta o número de
fibroblastos;
· Vitamina C: participa na produção
de fibroblastos e de colágeno, na
destruição de bactérias e dos radicais
livres, participando de todas as etapas de
cicatrização;
· Vitamina D: facilita a absorção de
cálcio;
· Vitamina E: melhora a resistência
da cicatriz e destrói os radicais livres;
· Zinco: é indispensável no processo
de cicatrização, está envolvido no processo
de crescimento celular e na síntese
proteica.
Situações onde há
alteração no processo
cicatricial
↝ Idade;
↝ Temperatura: pequenos aumentos na
temperatura local favorecem a cicatrização
por ação da vasodilatação, que proporciona
uma melhor irrigação;
↝ Ausência de infecção: certas bactérias,
destroem os tecidos de granulação e
retardam a cicatrização.
↝ Substância cáusticas;
↝ Corticoides: freiam o processo mitótico
do tecido de granulação;
↝ Deficiência de vitamina C: Impede a
síntese de colágeno;
↝ Hormônios androgênicos e de
crescimento: proliferam tecidos
conjuntivos;
↝ Raio-X: perturbam a mitose, retardando
a cicatrização;
↝ Fumo: vasoconstrição periférica e anóxia
tecidual, o que leva o retardo e a formação
de tecido de granulação de pior qualidade e
diminui a síntese de colágeno tipos I e III.
Diferenças entre as
cicatrizes
Queloidianas Hipertróficas
Dolorosas ou não Sempre dolorosas
Exuberantes Elevadas além da
pele
Não limitadas às
bordas da lesão
Limitadas às bordas
da lesão
Com ou sem prurido
(coceira)
Vermelhidão e
prurido (coceira)
Sequelas e intercorrências
↝ As sequelas são inerentes do
procedimento e são quase inevitáveis. Elas
são normais e esperadas. Podem ser:
irregularidades cutâneas, equimoses,
hipoestesia e edema. São tratadas no pós
operatório;
↝ As complicações não são normais nem
esperadas. Entre as complicações, estão:
perda de sangue, hematomas, seroma e
infecção. São controladas e tratadas pelo
cirurgião;
↝ O fato de surgirem sequelas ou
complicações não implica que o
procedimento tenha sido feito de maneira
errônea, mas é papel do cirurgião torná-las
as mais discretas possíveis.
Abordagem terapêutica
↝ Princípio antigo de tratamento de feridas
(limpeza, desinfecção, orientar a assepsia,
sem estresse na ferida, ficando em repouso
para manter a borda aproximada e
proteger);
↝ Tratamento cirúrgico para queloides:
radioterapia e laser cirúrgico de Argon;
↝ Terapia medicamentosa: hidrocortisona
e cortisona, ácido acexâmico, açúcar,
tretinoína e ácido retinóico;
↝Massagem cicatricial;
↝ Eletroterapia.
Tratamento de cicatrizes
normotróficos
↝ Avaliação da cicatriz (com pontos ou
sem, borda aproximada ou não, sinais de
infecção);
↝ Histórico de cicatrizes (tendências de
cicatrizes queloidianas ou hipertróficas);
↝Mecanismo de lesão;
↝ Sentido do corte;
↝ Existe algum fator que interfere na
cicatrização;
↝ Contraindicações.

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