Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CONCURSO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE RONDÔNIA – TODOS OS CARGOS ❖O ambiente amazônico, estruturas físicas e ambientais. ❖Ocupação, colonização e povoamento da área que hoje constitui o Estado de Rondônia: missões Jesuíticas, descoberta de ouro no Estado de Rondônia, entradas e bandeiras nos vales do Guaporé e Madeira (mineração, drogas do sertão, o escravismo, o contrabando e as rotas fluviais). ❖Economia e sociedade nos séculos XIX e XX: da economia da borracha, poia e castanha aos planos de desenvolvimento regional, da nacionalização da ferrovia à transição para o Estado de Rondônia. ❖Produção econômica regional e questões socioambientais na atualidade. ❖Populações tradicionais. AMAZÔNIA LEGAL Limites Considerando os pontos cardeais e os colaterais, podemos afirmar que Rondônia limita-se ao Norte, Nordeste e Noroeste com o estado do Amazonas, ao Sul e Sudeste com a Bolívia; ao Leste e Sudeste com o Mato Grosso e ao Oeste com o Acre. REGIÃO NORTE No estado de Rondônia a faixa de fronteira tem 1.342 km, abrangendo 27 munícipios. Dentre eles os principais que fazem fronteira com a Bolívia, Porto Velho, Guajará-Mirim, Nova Mamoré, Costa Marques, Alta Floresta D’Oeste, Alto Alegre dos Parecis, Pimenteiras do Oeste e Cabixi. Amazônia A Amazônia é um dos biomas mais ricos em biodiversidade do mundo. Refere-se a um conjunto de ecossistemas que abrange a Floresta Amazônica e a Bacia Amazônica. O bioma Amazônia abrange a maior floresta tropical do mundo: a Floresta Amazônica. A Amazônia compreende um conjunto de ecossistemas que envolve a bacia hidrográfica do Rio Amazonas, bem como a Floresta Amazônica; é considerada a região de maior biodiversidade do planeta e o maior bioma do Brasil. Não é exclusivamente brasileira, sendo, portanto, encontrada em outros países. Bioma é um conjunto de vida vegetal e animal, constituído pelo agrupamento de tipos de vegetação que são próximos e que podem ser identificados em nível regional, com condições de geologia e clima semelhantes e que, historicamente, sofreram os mesmos processos de formação da paisagem, resultando em uma diversidade de flora e fauna própria. Resumo •A Amazônia é considerada a região de maior biodiversidade do planeta. •O bioma Amazônia não é exclusivo do território brasileiro, abrangendo áreas de outros países. •Compreende o conjunto de ecossistemas que correspondem à Floresta Amazônica, maior floresta tropical do mundo, e também a Bacia Amazônica, maior bacia hidrográfica do planeta. •A fauna é extremamente rica e conta com mais de 30 milhões de espécies. •A flora da Amazônia é bastante diversificada, constituída por árvores, ervas, arbustos, lianas e trepadeiras. •Cerca de 17% do bioma foi devastado nos últimos 50 anos. Vegetação e flora A Amazônia abriga a Floresta Amazônica, considerada a maior floresta tropical do mundo, abrangendo uma área de mais de 5 milhões de km2. A floresta conta com um elevado número de espécies (animais e vegetais), é, então, rica em biodiversidade. A vegetação, de maneira geral, é caracterizada por uma floresta densa e pela presença de árvores de grande porte. O bioma possui cerca de 3.650.000 km² de florestas contínuas. De maneira específica, a vegetação é classificada em três categorias: https://brasilescola.uol.com.br/brasil/floresta-amazonica.htm 1. Mata de terra firme: vegetação localizada em regiões de altitudes mais elevadas, essas são, portanto, caracterizadas por não haver inundações e sua vegetação ser sempre seca. Há presença de árvores de grande porte, como castanheira, palmeira e mogno. 2. Mata de igapó: vegetação localizada em terrenos de menores altitudes, estando esses inundados praticamente por todo o tempo. Há presença de vegetação baixa, como musgos e arbustos. Nessas matas, é possível encontrar a vitória-régia, planta aquática, símbolo do bioma Amazônia. 3. Matas de várzea: vegetação localizada em regiões de altitudes intermediárias e que são inundadas em uma determinada época do ano. As áreas mais altas permanecem inundadas por menos tempo. Já as áreas menos elevadas permanecem inundadas por um tempo maior. As espécies encontradas nessas áreas são semelhantes às encontradas nas matas de igapó, apresentando, também, árvores de até 40 metros de altura. https://brasilescola.uol.com.br/folclore/vitoria-regia.htm Fauna A fauna da Amazônia é extremamente rica. Estudos indicam que é possível encontrar na região cerca de 30 milhões de espécies animais, e, apesar disso, a fauna desse bioma não é totalmente conhecida. É composta, especialmente, por aves, roedores, répteis, insetos e anfíbios. Tucanos, araras, papagaios, macacos, onças, jacarés e peixes-boi são símbolos desse bioma. https://brasilescola.uol.com.br/biologia/caracteristicas-das-aves.htm https://brasilescola.uol.com.br/biologia/repteis.htm https://brasilescola.uol.com.br/biologia/insetos.htm https://brasilescola.uol.com.br/biologia/classificacao-dos-anfibios.htm Clima O clima predominante na Amazônia é o equatorial úmido. Trata-se de uma região caracterizada por longos períodos de chuvas, com índices pluviométricos que variam entre 1.500 mm e 3.600 mm por ano. A umidade do ar é elevada, chegando a 80%, e as temperaturas variam entre 22ºC e 28ºC. https://brasilescola.uol.com.br/geografia/clima-equatorial.htm https://brasilescola.uol.com.br/geografia/umidade-ar.htm Hidrografia A Amazônia abrange a região da Bacia Amazônica, considerada a maior bacia hidrográfica do planeta, ocupa mais de 7 milhões de km2. O principal rio é o Rio Amazonas, o qual possui mais de 1.100 afluentes que nele deságuam. Os rios são, muitas vezes, caracterizados pela cor de suas águas. Há os rios barrentos, devido à concentração de nutrientes e sedimentos, como o Rio Amazonas; há os rios de águas pretas, caracterizados pela presença de areia e húmus, como o Rio Negro; e há os rios de águas claras, que não apresentam tanta concentração de nutrientes e possuem corredeiras em seus trechos, como o Rio Xingu. Os principais rios são: Rio Amazonas: nasce na Cordilheira dos Andes, no Peru. Entra no Brasil conhecido como Solimões. Em alguns trechos, sua largura pode atingir 100 metros. É um rio bastante navegável. Negro: é considerado o maior afluente à margem esquerda do Rio Amazonas. Tapajós: nasce na divisa entre os estados do Mato Grosso, Pará e Amazonas, desaguando na margem direita do Rio Amazonas. Madeira: nasce na Cordilheira dos Andes, na Bolívia. https://brasilescola.uol.com.br/brasil/bacia-amazonica.htm https://brasilescola.uol.com.br/brasil/rio-amazonas.htm Relevo Na Amazônia são encontradas três principais formas de relevo: planícies, representadas pelas áreas inundadas pelos rios; planaltos, representados pelas regiões de serras; e depressões, como a região das depressões norte e sul amazônicas. A estrutura geológica da região compreendida pelo bioma é formada pelo Escudo das Guianas. Há presença de bacias sedimentares ao longo da região do Rio Amazonas. Escudos cristalinos são encontrados ao norte e ao sul dessas bacias sedimentares. https://brasilescola.uol.com.br/geografia/planicies.htm https://brasilescola.uol.com.br/geografia/planaltos.htm https://brasilescola.uol.com.br/geografia/depressoes.htm Nas últimas décadas, a Amazônia tem sofrido um aumento no desmatamento de suas áreas. De acordo com uma pesquisa realizada pelo norte-americano Thomas Lovejoy (professor da George Mason University) e pelo brasileiro Carlos Nobre (coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas), o bioma amazônia pode sofrer perdas irreversíveis devido ao desmatamento. O qual, segundo os pesquisadores, já chegou a 17% nos últimos 50 anos, sendo que o limite seria 20%, para que não houvesse consequências irreversíveis para o clima e o ciclo hidrológico. Segundo o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), o desmatamento no bioma aumentou cerca de 40% entre os anos de 2017 e 2018, perdendo-sequase 4.000 km2 de mata nativa. A ocorrência do desmatamento deu-se, principalmente, em áreas privadas, assentamentos e unidades de conservação Rede hidrográfica O relevo de Rondônia é pouco acidentado, não apresentando grandes elevações ou depressões. Os terrenos que constituem o Estado estão acima dos 100 e abaixo dos 600 metros e apenas 6% acima de 600 metros. As altitudes mais elevadas são encontradas nas Chapadas do Parecis e Pacaás Novos, localizando-se nesta última o ponto culminante do Estado, o Pico de Tracuá com 1.120 metros de altitude, no município de Campo Novo de Rondônia. No entanto, o relevo apresentado é constituído por quatro unidades geomorfológicas: Planície Amazônica, Encosta Setentrional do Planalto Brasileiro, Chapada dos Parecis e Pacaás Novos e Vale do Guaporé-Mamoré. Planície Amazônica *Terras baixas e sedimentares *Regiões Norte e Noroeste do Estado Encosta Setentrional do Planalto Brasileiro *Topos aplainados e morros isolados *100 a 500 metros Chapada dos Parecis e Serra dos Pacaás Novos *Maciço Central do Brasil *300 a 1000 metros *Pico do Tracoá (Ponto Cultimante do estado). Vale do Guaporé-Mamoré *Sedimentos recentes *100 a 200 metros *Encontro com a Cordilheira dos Andes (Bolívia) Clima O clima que predomina no Estado de Rondônia é o equatorial quente úmido (ou tropical úmido), com algumas variações em virtude da altitude que caracteriza algumas localidades. Trata-se de um tipo climático com temperatura média elevada e alta pluviosidade. A temperatura mínima do Estado é registrada no município de Vilhena, e a máxima no de Porto Velho. A chegada dos europeus Chegada dos europeus→ início do século 16 quando desembarcaram no vale do Amazonas → encontraram comunidades relativamente superpovoadas. Havia assentamentos indígenas com milhares de habitantes. Entretanto, essas sociedades amazônicas sofreram grandes impactos a partir da chegada desses exploradores. ❑ Primeiro, com a invasão de vários aventureiros da Espanha, Holanda, França, Inglaterra e Irlanda em busca de supostos paraísos repletos de metais preciosos; ❑ Em seguida, durante o processo de ocupação do território, com a imposição do estilo de vida português em grande parte do que hoje é Amazônia Legal. Muitos povos indígenas foram mortos pela arma de fogo dos conquistadores e sobretudo foram dizimados pelas doenças contagiosas trazidas pelos europeus ➢ Varíola ➢ Sarampo ➢ Catapora ➢ Gripe ➢ Tuberculose ➢ doenças venéreas. Assim, as populações indígenas na Amazônia foram reduzidas de maneira drástica. À época do primeiro contato europeu havia aproximadamente 5 milhões de índios na bacia amazônica, dos quais 3 milhões viviam no Brasil. Atualmente há apenas cerca de 430 mil indígenas na Amazônia. Colonização da Amazônia/Rondônia Tratado de Tordesilhas → 1494 Primeiras expedições 1541 - Francisco Orellhana (Espanhol) Liderada por Gonçalo Pizzaro Tendo como cronista → Frei Gaspar de Carvajal 1637 - Pedro Teixeira (Português) Contexto da União Ibérica Trajeto: Quito → Belém Belém → Quito Duas visões sobre a Amazônia: Eldorado e Inferno Verde A partir da expedição de Vicente Pinzón (1500), descobridor da foz do Rio Amazonas, até por volta de 1570, cerca de 24 expedições espanholas tentaram penetrar na Amazônia. Duas delas, a de Francisco de Orellana, e a de Pedro de Ursua/Lopo de Aguirre, percorrem totalmente a calha do Solimões – Amazonas. Amazônia nos séculos 17 e 18 Durante todo o período de colonização na Amazônia (1600 – 1823), os portugueses expulsaram outros europeus (principalmente os espanhóis) da região, construíram fortes, formaram vilas e cidades e converteram uma parte dos indígenas sobreviventes ao cristianismo. Além disso, forçaram os nativos a trabalhar nas plantações, nas coletas das drogas do sertão, como remadores de canoas nas viagens e como soldados na defesa e posse do território. A conversão dos índios e a sua “descida” para as vilas e aldeias portuguesas afetou as diferentes culturas e modos de produção das populações indígenas que viviam nas margens do rio Amazonas e seus afluentes. Nesse período houve esvaziamento das aldeias porque muitos indígenas deixavam de trabalhar para a sua própria família e comunidade para se dedicar às colônias e, principalmente, porque a grande maioria foi morta por doenças, guerras e excesso de trabalho. Nas vilas e aldeias amazônicas, na primeira fase da colonização (1600 – 1700), os portugueses passam a desenvolver e refinar as práticas comerciais e políticas já aplicadas nas suas colônias da África e Índia. Por exemplo, a coleta das drogas do sertão/feitorias, o sistema de capitanias e as missões religiosas. A fixação de núcleos de povoamentos coloniais iniciou-se com o estabelecimento de missões religiosas para a catequese e pacificação de nativos. Em 1621, durante a União Ibérica, esse território passou a ser administrado pelos portugueses, como parte do Estado do Maranhão e Grão-Pará, separado do Estado do Brasil Em 1637, o capitão-mor Pedro Teixeira comandou a primeira expedição portuguesa que percorreu o Vale do Alto Madeira. Em 1647, outra expedição, comandada por Raposo Tavares, explorou os vales dos rios Guaporé, Mamoré e Madeira. Constatou-se que as várias cachoeiras e corredeiras nesses rios tornavam a navegação muito difícil. Na segunda metade do século 17, começaram a ser instaladas missões dos jesuítas espanhóis no vale do Rio Mamoré, na atual Bolívia. A descoberta de jazidas de ouro, em 1719, no atual município de Cuiabá, no Mato Grosso, atraiu exploradores à região. Em 1723, Francisco de Mello Palheta, Sargento-Mor do Grão-Pará, explorou o Rio Madeira, indo além da foz do Mamoré. Essa foi uma missão que buscava bases para reivindicar a região para Portugal. Em 1728, os jesuítas João Sampaio e Manoel Fernandes fundaram a primeira missão religiosa para catequese dos índios, no atual território de Rondônia, na margem direita do Rio Madeira. Chamava-se Santo Antônio das Cachoeiras, atualmente, um subúrbio de Porto Velho. Data dessa época, a fundação da primitiva Capela de Santo Antônio. Essa aldeia tornou-se também conhecida como Santo Antônio do Madeira. Em 1734, achou-se ouro no Vale do Alto Guaporé. Outras jazi- das foram descobertas, nos anos seguintes, e novos povoados começaram a se formar na região. Nos anos 1740, os índios muras, sentindo-se enganados por um explorador português, atacaram e incendiaram a Aldeia de San- to Antônio. Em 1742, o Manuel Félix de Lima e outros mineradores, desobedecendo ordens régias para evitar o comércio clandestino de ouro, desceram os rios Guaporé, Madeira e Amazonas e chegaram em Belém, inaugurando uma rota que se tornaria estratégica para o oeste de Mato Grosso (atual Rondônia). Félix de Lima foi preso e enviado para Portugal. ❖ A Capitania de Mato Grosso e Cuiabá foi criada em 1748, mas instalada em 1751. ❖ Com o Tratado de Madrid, de 1750, a Espanha reconheceu o Mato Grosso como sendo português, mas as disputas territoriais na região continuaram pela segunda metade do século 18. ❖ O Mapa das Cortes, de 1749, indica que existiam missões dos jesuítas portugueses na margem direita do Rio Madeira e várias missões espanholas no lado esquerdo do Rio Guaporé. Tratado de Madri → 1750 – Defini os limites territoriais de posses de terras entre Portugal e Espanha por meio do princípio de Uti Possidetis Tratado de El Pardo→ 1761 – Anula o tratado de Madri por conta dos inúmeros conflitos entre Portugal e Espanha. Tratado de Santo Idelfonso → 1777 – Reestabelece o Tratado de Madri. ❖ A segunda metade do século XVIII começou com grandes mudanças no Brasil, devido à administração do Marquês de Pombal (1750-1777). Os jesuítas foram expulsos, em 1759, mas, no Mato Grosso, ficaram por mais alguns anos. ❖ Em 1755, Pombal criou Companhia Geral do Comércio do Grão-Pará e Maranhão, cujos interesses tinham relação com a navegação nos rios Madeira e Guaporé. ❖ A Aldeia de Santo Antônio foi reconstruída como umentreposto comercial no alto do Rio Madeira e servia de abastecimento para as minas do Vale do Guaporé. ❖ Em 1753, buscando a proteção da fronteira e da navegação no Rio Guaporé, o Governador de Mato Grosso instalou um posto fortificado em Santa Rosa, no local de uma antiga missão dos jesuítas espanhóis, na margem direita do Rio Guaporé (cerca de 4 km abaixo da atual Cidade de Costa Marques). ❖ A partir do ano seguinte, Santa Rosa foi atacada pelos espanhóis. ❖ Por volta de 1759, foi construído o Forte de Nossa Senhora da Conceição, naquela área, mas destruído por incursões espanholas e enchente. ❖ Por volta de 1768, o Forte foi reconstruído e recebeu o nome de Bragança, mas uma grande enchente no Rio Guaporé, em 1771, danificou suas estruturas e foi abandonado posteriormente. Forte Presépio 1616 – Séc. XVI Forte Príncipe da Beira - 1776 Especificidades do Forte Príncipe da Beira Início do domínio Português na Amazônia Construído em substituição ao Forte Conceição. Localização: Na margem direita do rio Guaporé, região do atual munícipio de Costa Marques, o local foi escolhido pelo, então, governador da Capitania de Mato Grosso, Luiz Albuquerque de Mello Pereira e Cáceres. Planejado no estilo arquitetônico do francês Sébastian Le Preste, chamado de estilo Vauban. Em quadrado de aproximadamente 119 metros, com quatro baluartes e 14 canhões em suas muralhas. Após a resolução dos conflitos entre Portugal e Espanha o Forte Príncipe da Beira perdeu sua função militar e foi abandonado em 1895. Em 1914 Cândido Mariano da Silva Rondon visitou suas ruínas e solicitou ao governo a reativação do Forte, mas isso só aconteceu em 1930. Duas entradas de ocupação Arco Norte – Drogas do sertão - Jesuítas Arco Sul – Exploração do Ouro - Bandeirantes Em meados do século XIX entra em decadência exploração das Drogas do Sertão, sendo substituída pela exploração do látex. Inicia-se o Primeiro Ciclo da Borracha. Primeiro Ciclo da Borracha (1870 – 1910) Penetrações pelo Madeira-Mamoré e Guaporé Sistema de Aviamento por meio de Barracões Belle Époque Amazônica Nordestinos Descoberta da Vulcanização Charles Gododyear - 1836 Thomas Hancock Construção da Estrada de Ferro Madeira- Mamoré 1867 - Tratado de Amizade, Limites, Navegação, Comércio e Extradição ou Tratado de Ayacucho Brasil e Bolívia – saída para o Atlântico A Estrada de Ferro Madeira- Mamoré (EFMM) foi construída, em três fases, de 1871 a 1912, ligando Porto Velho a Guajará- Mirim, com 366 km de extensão. Em 1864, o Brasil entrou em guerra contra o Paraguai (até 1870), vizinho da Bolívia. Nesse contexto foi celebrado o Tratado de Ayacucho, em março de 1867, que reconhecia a região do atual Acre como boliviana e permitia o transporte boliviano através dos vales dos rios Mamoré e Madeira, como uma saída para o Atlântico. O Art. 9º desse Tratado abriu a possibilidade de construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, para uso dos dois países. O Tratado de Ayacucho foi promulgado, no Brasil, em 28 de novembro de 1868, e aprovado pelo Congresso da Bolívia, nesse mesmo ano. Estrada de Ferro Madeira Mamoré Coronel George Earl Church National Bolivia Navegation Company. 1869 – Church ecebe a concessão do Brasil sob a condição de Mudar o nome da companhia para Madeira and Mamoré Railway. Construtora – Publick Works Constrution 1873 - Publick Works abandona a construção 1877 - PT & Collins Em 4 de julho de 1878, um trecho de poucos quilômetros de ferrovia foi inaugurado, com uma locomotiva. Mata fechada, insetos, doenças, inundações, tudo conspirou contra a execução das obras. Muitos trabalhadores morreram. Em agosto de 1879, a construção foi abandonada. Estrada de Ferro Madeira Mamoré Em 10 de setembro de 1881, a concessão brasileira dada a Church foi declarada caduca, pelo Decreto N. 8255. Em 30 de outubro de 1882, foi aprovado recursos para organização dos estudos para a construção da Ferrovia Madeira-Mamoré. Uma comissão, chefiada pelo engenheiro Carlos Alberto Morsing, chegou na Província do Amazonas, em janeiro de 1883. Os resultados dessas comissões, em que vários homens morreram, foram amplamente discutidos até o final de 1885. Houve acusações entre seus membros e não se chegou a um consenso sobre erros nos levantamentos. Assinatura do Tratado de Petrópolis – 1903 Bolívia x Brasil *Questão do Acre *Pagamento de 2 milhões de libras esterlinas *Construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré 1907 - 1912 *Percival Farquhar *Companhia Madeira Mamorpe Railway CO *Construtora May, Jekyll and Randolph *Sede em Porto Velho *Inaugurada em 1912 com 366 km Núcleos populacionais *Vila de Santo Antônio/ Porto Velho *Jacy-Paraná *Mutum-Paraná *Abunã *Guajará-Mirim Estima-se que mais de 20 mil trabalhadores estiveram envolvidos na construção da Ferrovia. O primeiro trecho, entre Santo Antônio e Jaci-Paraná, com 90 km, foi inaugurado em 31 de maio de 1910. A EFMM foi concluída em 30 de abril de 1912, com 366 km de extensão total, e inaugurada em 1º de agosto do mesmo ano. Apesar da construção do Hospital da Candelária, em Porto Velho, com vários médicos, foram registradas 1.552 mortes, durante a construção da Ferrovia, a maioria por malária. Comissão Rondon Linhas Telegráficas Cândido Mariano da Silva Rondon (Marechal Rondon) M ar ec h al R o n d o n Descendente de indígenas terenas Achava desumano a escravização indígena Lema: “morrer se preciso for, matar jamais” Fundou o Serviço de Proteção ao Índio SPI - 1910 Perseguido e preso no governo Vargas Positivista/Humanista Em 02 de outubro de 1914, foi criado o munícipio de Porto Velho, sendo instalado em 24 de janeiro de 1915. Comissão Rondon (1907-1915) Prevê a integração por meio da construção e instalação das linhas telegráficas. A construção acontece paralelamente à construção da Estrada de Ferro Madeira- Mamoré, sob comando de Cândido Mariano da Silva Rondon, Sertanista e oficial do exército Objetivos da Comissão Rondon Reconhecer fronteiras Estudo e pesquisa de riquezas minerais, solo, florestas e rios Implantar as linhas telegráficas Estimular ocupação humana Estudo do meio ambiente e ecossistema A comissão era composta por militares, civis, prisioneiros políticos e criminosos comuns. Aglomerados urbanos decorrente das linhas telegráficas Vilhena Presidente Hermes - Médici Jarú Ariquemes Presidente Pena Ji-Paraná Pimenta Bueno Estrada Rondon Picadões BR-029 BR-364 2º Ciclo da Borracha 1942-1945 Contexto da 2ª Guerra Mundial Nordestinos Soldados da Borracha Terras desmembradas de Mato Grosso e Amazonas Governo Vargas 1943 – Tratado de Washington Brasil e EUA Criação de Territórios federais Território Federal do Guaporé 1943 Território Federal do Guaporé 13 de setembro de 1943 Governador/administrador Aluísio Ferreira Território Federal de Rondônia 17 de fevereiro de 1956 O primeiro a governar o Território Federal de Rondônia foi Jaime Araújo dos Santos Estado de Rondônia Criado em 22 de dezembro de 1981 Instalado em 04 de janeiro de 1982 O Estado de Rondônia foi instalado com a nomeação do Governador Coronel Jorge Teixeira de Oliveira no governo militar do Presidente João Batista Figueiredo A partir de 1960 Ciclo da agricultura Volume populacional Criação dos Projetos de Colonização Integrados Criação do PIN Distribuição de terras às margens das Rodovias federais Ciclo da cassiterita PIC 1970 – PIC Ouro Preto Ouro Preto e Vila de Rondônia (Ji- Paraná) 1971- PIC Sidney Girão Guajará-Mirim e Nova Mamoré 1972 – PIC Ji- Paraná Cacoal 1973 – PIC Paulo Assis Ribeiro Colorado D’Oeste 1975 – PIC Padre Adolpho Rohl Na região de Jaru PAD – Projeto de Assentamento Dirigido *Burareiro E Marechal Dutra PAR – Projeto de Assentamento Rápido PA – Projeto de Assentamento Terra sem homens para homens sem terra’ “Integrar para não entregar” Movimento voltado à ocupação da Amazônia Mineradorase madeireiras 1968 – Criação da SUDAM INCRA Superintendência para o desenvolvimento da Amazônia. *Distribuir incentivos fiscais; *Zona Franca de Manaus; *Autorizar créditos para investimento na indústria e agricultura; *Criar polos de desenvolvimento por toda a Amazônia, expandindo a fronteira pioneira ou última fronteira agrícola. No dia 13 de janeiro de 1945, o então governador do Território do Guaporé, Aluízio Ferreira, criou a 2ª Companhia Independente, que tinha a missão de construir a rodovia no rastro da linha telegráfica de Rondon que ligaria Porto Velho à Vilhena, com a denominação de BR-029. A BR-029 foi obra do governo de Juscelino Kubitschek, num grande esforço para tirar a Amazônia do isolamento. Nos primeiros dias de fevereiro de 1960, o então governador do Território, Paulo Leal, demonstrou, ao então presidente Juscelino Kubitschek, a necessidade de reiniciar a construção da BR-029. No dia 03 de janeiro de 1961, chegava à Porto Velho a primeira leva de construtores da BR-29 Por incumbência do governo militar, em 1966 o 5º batalhão de engenharia e construção assumiu as obras de manutenção e conclusão da rodovia. A BR-364 teve sua pavimentação concluída em 1983 no governo do Presidente João Batista Figueiredo e do governador do estado de Rondônia Jorge Teixeira. BR-364 Quando criado na década de 1940, após a publicação do Decreto-Lei nº 5.812, de 13 de setembro de 1943, recebeu o nome de “Território Federal do Guaporé”, em referência ao Rio Guaporé, que divide os territórios brasileiro e boliviano. Os seguintes municípios formavam o Território do Guaporé: Lábrea e Porto Velho (capital) pelo lado amazônico, e Santo Antônio do Alto Madeira e Guajará-Mirim pelo lado mato-grossense. Veja esquema a seguir para que você possa lembrar a quais Estados pertenciam os municípios que integravam o antigo Território Federal. • Lábrea • Porto VelhoAmazonas (AM) • Santo Antônio do Alto Madeira • Guajará-MirimMato Grosso (MT) Uma das principais razões para se criar o Território do Guaporé foi a necessidade de o Brasil proteger suas fronteiras durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). 1º Ciclo/fase da Borracha • 1870 - 1910 • Tratado de Petrópolis • Brasil e Bolívia • Nordestinos • Construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré 2º Ciclo/Fase da Borracha • 1942 - 1945 • Tratado de Washington • Brasil e EUA • Nordestinos (Soldados da Borracha • Criação do Território Federal do Guaporé 1943: Decreto Lei nº 5.812, de 13 de setembro de 1943,instituiu o Território Federal do Guaporé 1956: Lei nº 2 731 de 17 de fevereiro de 1956 transforma o Território do Guaporé em Território Federal de Rondôniar Década de 1960: construção da BR364 1975: criação das cidades de Cacoal, Ariquemes, Rondônia, Pimenta Bueno e Vilhena 1979: designação de Jorge Texeira de Oliveira como governador do Território de Rondônia 1981: Lei Complementar nº 41, de 22 de dezembro de 1981, elevado Território de Rondônia à categoria de Estado em 04 de janeiro de 1982, tomando pose como governador nomeado o Coronel Jorge Teixeira de Oliveira Setor Primário • agricultura (café, soja, milho e banana) • pecuária ( gados leitores e de corte) • extrativismo mineral (ouro, diamante e casseterita) • extrativismo vegetal (cacau e borracha) Setor Secundário • agroindústria (laticínios) • indústria (calçados e couros) Setor Terciário • comérico • serviços (turismo ECONOMIA Governadores do Estado de Rondônia Jorge Teixeira de Oliveira - 4 de janeiro de 1982 a 10 de maio de 1985 Ângelo Angelin - 10 de maio de 1985 a 15 de março de 1987 Jerônimo Garcia de Santana (primeiro eleito) - 15 de março de 1987 15 de março de 1991 Osvaldo Pianna Filho - 15 de março de 1991 a 1 de janeiro de 1995 Valdir Raupp - 1 de janeiro de 1995 a 1 de janeiro de 1999 José Bianco - 1 de janeiro de 1999 a 1 de janeiro de 2003 Ivo Cassol (o primeiro reeleito) - 1 de janeiro de 2003 a 31 de Março de 2010 João Aparecido Cahulla - 31 de Março de 2010 a 31 de dezembro de 2010. Confúcio Aires Moura (reeleito) - 1 de janeiro de 2011 a 4 de abril de 2018, Daniel Pereira – 06 de abril até o dia 31 de dezembro de 2018. Marcos Rocha – 01 de janeiro de 2019 até os dias atuais. No período de território federal os nomes mais importantes são: Aluísio Pinheiro Ferreira – Território Federal do Guaporé. Jaime Araújo dos Santos – O primeiro a governar o Território Federal de Rondônia. ❖ O que mudou? Surgem as Regiões Geográficas Intermediárias no lugar das Mesorregiões; Surgem as Regiões Geográficas Imediatas no lugar das Microrregiões. Na divisão passada houve, em primeiro momento, o agrupamento dos municípios em mesorregiões para depois serem separados em microrregiões. Na divisão de 2017, ocorreu o contrário, visto que primeiro ocorreu a divisão em regiões geográficas imediatas para depois se obter um agrupamento destas em regiões geográficas intermediárias. ❖ Definições Região Geográfica Imediata (RGI): Têm na rede urbana o seu principal elemento de referência. As RGIs são estruturas a partir de centros urbanos próximos para a satisfação das necessidades imediatas das populações, tais como compras de bens de consumo duráveis e não duráveis, busca de trabalho, procura por serviços de saúde e de educação e a prestação de serviços públicos. Regiões geográficas Intermediárias (RGInt): correspondem a uma escala intermediária entre os estados e as RGIs. Preferencialmente, buscou-se a delimitação das Regiões Geográficas Intermediárias com a inclusão de Metrópoles ou Capitais Regionais. Em alguns casos, principalmente onde não existiam Metrópoles ou Capitais Regionais, foram utilizados centros urbanos de menor dimensão que fossem representativos para o conjunto de RGI que compuseram as suas respectivas RGInts. Rondônia possui ao total 21 Terras Indígenas (TI) regularizadas, ou seja, estão registradas em cartórios em nome da União e da Secretaria de Patrimônio da União. Dessas 21 TIs, 17 estão integralmente localizadas em Rondônia, sendo que, as terras indígenas Kaxarari, Parque Aripuanã, Roosevelt e Sete de Setembro ocupam parte de Rondônia e de estados vizinhos. A população Indígena, segundo o IBGE, É DE 8.714, considerando aqueles que vivem apenas em Rondônia. Dos 52 municípios de Rondônia, 27 possuem parte de suas áreas compostas por terras indígenas, que juntas somam 21% da área total do estado. A maior Terra Indígena em Rondônia é a TI Uru-Eu-Wau-Wau, com 1.867.118 hectares (8% do território rondoniano). Fica localizada entre 12 municípios: Costa Marques, Guajará-Mirim, Jaru, São Miguel do Guaporé, Nova Mamoré, Alvorada D’Oeste, Ccaulândua, Campo Novo de Rondônia, Governador Jorge Teixeira, Mirante da Serra, Monte Negro e Seringueiras. Embora seja a maior TI, não é a que abriga a maior quantidade de indígenas. A TI com maior população indígena é a Pacaás Novas (Povo Wari), com 1.322 indígenas. Essa TI é anexa ao território do povo Uru-Eu-Wau-Wau. TI Massaco: é restrita – indígenas isolados – Relatos e episódios de aparição de indígenas isolados. A cidade rural é um dos muitos assentamentos em torno de uma reserva indígena conhecida como Uru-Eu-Wau-Wau. É um local conhecido por ser habitado por nove povos diferentes - incluindo cinco grupos classificados como "isolados". Rieli Franciscato era um dos maiores especialistas brasileiros em povos indígenas Acredita-se que a região amazônica seja o lar da maioria das tribos isoladas do mundo ACREDITE EM VOCÊ, SUPERE SEUS LIMITES E SEJA PROTAGONISTA DA SUA VIDA.
Compartilhar