Cenários para Investigação Humanidades e Matemática em Contexto (70)

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A O preço da governabilidade
A governabilidade diz respeito à capacidade de implementar políticas públicas, à capaci-
dade de governar. Um governo que não consegue aprovar suas propostas não teria gover-
nabilidade e, portanto, de nada vale ser eleito pelas urnas se não puder satisfazer a vontade 
dos eleitores. Mas será que, como o título desta seção sugere, a governabilidade tem um 
preço? Que tal refl etir sobre o tema?
Leia o texto abaixo, que traz uma análise sobre democracia, corrupção e a percepção que 
a população pode construir a respeito dessa relação.
Ao longo da crise, a corrupção passou a ser identi� cada com o presidencialismo de 
coalizão como o preço a ser pago pelo presidente para obter apoio parlamentar. [...] A 
suposição é que os partidos que integram a coalizão só aceitariam fazê-lo se recompen-
sados com a carta-branca para incorrer em práticas ilícitas.
[...] Assume-se que a necessidade de apoio, a busca da maioria, colocaria o presidente 
nas mãos dos partidos encastelados no Congresso. Entretanto, por que seria diferente se 
o partido do governo controlasse a maioria das cadeiras legislativas? [...]
LIMONGI, Fernando; FIGUEIREDO, Angelina C. A crise atual e o debate institucional. Novos Estudos 
CEBRAP, São Paulo, v. 36, n. 3, p. 79-97, set/nov. 2017. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.
php?script=sci_arttext&pid=S0101-33002017000300079&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 11 jul. 2020.
 1. No texto, os autores afi rmam que “a corrupção passou a ser identifi cada com o presi-
dencialismo de coalizão”. Antes de opinar a esse respeito, concordando ou não com os 
autores, elabore, com suas palavras, uma defi nição no formato de verbete de dicionário 
para presidencialismo de coalizão ou governo de coalizão.
 2. Você está de acordo com a suposição que aparece no texto de que o preço da coalizão 
é a corrupção? O que você responderia à pergunta: “Entretanto, por que seria diferente 
se o partido do governo controlasse a maioria das cadeiras legislativas?”?
 3. Com um colega, retomem o que foi explicado sobre partido único no início deste capítu-
lo e discutam as características desse regime e de um governo de coalizão, pontuando 
as diferenças entre eles. Em seguida, escrevam um pequeno texto com as conclusões a 
que vocês chegaram.
 4. No texto, os autores oferecem uma explicação para o descrédito aos governos de coa-
lização, como vimos, prática comum na democracia. Qual seria? Você e seu colega con-
seguiriam pensar em mais fatores que possam contribuir para a desconfi ança da classe 
política?
 5. A corrupção é um dos motivos 
que levam pessoas a desconfi ar 
de políticos, mas só tomamos 
conhecimento dela quando cida-
dãos e oposições podem denun-
ciar a má conduta de governos, 
liberdade possível em regimes 
democráticos. Em grupos, façam 
uma pesquisa, em livros e na in-
ternet, sobre a liberdade de ex-
pressão nos regimes autoritários. 
Com base em sua pesquisa, é 
possível afi rmar que os cidadãos 
toma m conhecimento de casos 
de corrupção nesses regimes?
NÃO ESCREVA 
NESTE LIVRO
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Arranjos político-institucionais de coordenação política 
entre Executivo e Legislativo, como os que ocorrem no 
governo de coalizão, visam manter a governabilidade.
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Como funcionam as eleições no Brasil
Para compreender a democracia brasileira, você estudou um pouco sobre os 
três Poderes, além das ações e relações dos representantes políticos no país.
Mas o grande pilar das democracias é formado por eleições livres.
No Brasil, desde a Constituição de 1988, as eleições são realizadas por 
meio do voto direto, secreto e obrigatório. Entretanto, no Brasil as eleições 
não funcionam da mesma maneira para todos os cargos, como você vai es-
tudar a partir de agora.
As eleições brasileiras funcionam com base em dois siste-
mas eleitorais: o majoritário, que pode se dar como maioria 
simples e absoluta, e o proporcional.
As eleições que funcionam pelo sistema majoritário com 
maioria simples são as realizadas para eleger os senadores, 
prefeitos e vice-prefeitos em municípios com menos de 200 
mil eleitores. Nessa modalidade, ganha o candidato que ob-
tiver o maior resultado da votação, independentemente de 
atingir mais da metade dos votos válidos (todos os votos, 
excluindo brancos e nulos), e não há segundo turno.
 Eleições livres:  
eleições que garantem 
a competição eleitoral 
entre partidos 
políticos e candidatos, 
assegurando a 
liberdade de expressão 
e de opinião de todos 
os cidadãos, bem como 
o direito ao voto.
Eleitores durante as eleições de 1989, 
quando a Constituição de 1988 já garantia 
o direito ao voto. Essas foram as primeiras 
eleições, desde 1960, em que os cidadãos 
brasileiros puderam votar para presidente 
da República. São Conrado (RJ).
IDEIAS
Com a adoção das urnas eletrônicas nas eleições 
brasileiras, um cidadão torna seu voto inválido quando:
  vota em branco ao apertar a tecla BRANCO na urna; 
  anula seu voto ao digitar na urna um número que não 
representa nenhum candidato e/ou legenda naque-
las eleições, e apertar a tecla CONFIRMA.
Um cidadão pode não votar caso não compareça ao 
local de votação ou não esteja em seu domicílio eleitoral 
no dia das eleições. No entanto, como o voto é obriga-
tório para todos os cidadãos alfabetizados com idade 
entre 18 e 70 anos, é exigida a justificativa da ausência 
mediante um formulário fornecido pelo TSE (Tribunal 
Superior Eleitoral), órgão que faz a gestão das eleições 
no Brasil. 
O que você acha da atitude de invalidar um voto, 
seja pela anulação, seja pela opção de apertar o botão 
BRANCO na urna eletrônica?
  Organize-se com a turma em dois grupos para deba-
ter o voto em branco e o voto nulo. Antes do deba-
te, pesquisem como é o sistema eleitoral em outros 
países, para analisar outras realidades e estabelecer 
comparações.
+REPERTÓRIO+REPERTÓRIO
Podcast do TSE
Playlist de podcasts do Tribunal 
Superior Eleitoral, produzida pela 
Assessoria de Comunicação do TSE.
Aborda questões relacionadas 
a assuntos legislativos e 
reforma política.
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Urna eletrônica 
utilizada em 
eleição de 
2016, em 
Tocantins.
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NÃO ESCREVA 
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