Text Material Preview
<p>Simuladão</p><p>Questão 1 - (Simulado)</p><p>A imagem abaixo se refere a uma postagem feita em uma</p><p>rede social. Leia, a seguir, a sua transcrição.</p><p>nacionesunidas</p><p>La pequeña Horriya, de 12 años, lleva agua para su</p><p>familia en el campo de desplazados de Ain Issa, en el</p><p>noreste de #Siria, adonde llegaron después de una</p><p>travesía de tres días desde Raqqa. "No tuve miedo</p><p>durante el camino. Oímos aviones y bombardeos, pero ya</p><p>estamos acostumbrados. Lo vemos y escuchamos todos</p><p>los días", asegura.</p><p>Cuando pensamos en un conflicto, probablemente el</p><p>agua no sea lo primero que se nos viene a la mente. Sin</p><p>embargo, en �empos de crisis, el acceso a agua potable</p><p>suele estar en peligro: se dañan las infraestructuras, se</p><p>deterioran las tuberías y es peligroso recoger agua.</p><p>Cuando no hay acceso a agua potable, los niños</p><p>enferman, las escuelas y los hospitales dejan de</p><p>funcionar, se propagan enfermedades y aumenta la</p><p>malnutrición.</p><p>El agua es un derecho tan fundamental para la</p><p>supervivencia de los niños como la comida, la atención</p><p>médica y la protección contra los ataques. Nuestros</p><p>compañeros de @UNICEF trabajan para proporcionar</p><p>servicios de agua y saneamiento de buena calidad de</p><p>manera sostenida durante conflictos y emergencias</p><p>humanitarias. En los campos de Raqqa y Hassakeh, por</p><p>ejemplo, llevan 975.000 litros de agua cada día para cerca</p><p>de 120.000 desplazados sirios. Además, han instalado</p><p>letrinas, duchas y taques de agua, y distribuyen kits de</p><p>higiene personal para proteger a los menores de</p><p>enfermedades transmi�das por el contacto con agua</p><p>contaminada.</p><p>En el #DíaMundialdelAgua, este 22 de marzo,</p><p>recordemos que #CadaGotaCuenta.</p><p>© UNICEF/UN067453/Souleiman</p><p>#ParaCadaNiño #Obje�vosMundiales</p><p>www.instagram.com.</p><p>A par�r da leitura da transcrição, pode-se dizer que um</p><p>dos obje�vos da postagem é</p><p>a) tratar dos medos relacionados ao mundo infan�l.</p><p>b) debater sobre a qualidade da água nas grandes</p><p>cidades.</p><p>c) mostrar a relação entre a desidratação e o aumento</p><p>das internações hospitalares.</p><p>d) apresentar a importância da atuação de agências</p><p>internacionais em campos de refugiados.</p><p>e) desmis�ficar a ideia de que os conflitos prejudicam o</p><p>acesso à água potável.</p><p>Questão 2 - (Simulado)</p><p>La lechera y el cántaro de leche</p><p>Había una vez una muchacha, cuyo padre era lechero,</p><p>con un cántaro de leche en la cabeza. Caminaba ligera y</p><p>dando grandes zancadas para llegar lo antes posible a la</p><p>ciudad, a donde iba para vender la leche que llevaba. Por</p><p>el camino empezó a pensar lo que haría con el dinero que</p><p>le darían a cambio de la leche.</p><p>− Compraré un centenar de huevos. O no, mejor tres</p><p>pollos. ¡Sí, compraré tres pollos! La muchacha seguía</p><p>adelante poniendo cuidado de no tropezar mientras su</p><p>imaginación iba cada vez más y más lejos.</p><p>− Criaré los pollos y tendré cada vez más, y aunque</p><p>aparezca por ahí el zorro y mate algunos, seguro que</p><p>tengo suficientes para poder comprar un cerdo. Cebaré al</p><p>cerdo y cuando esté hermoso lo revenderé a buen precio.</p><p>1@professorferretto @prof_ferretto</p><p>Entonces compraré una vaca, y a su ternero también….</p><p>Pero de repente, la muchacha tropezó, el cántaro se</p><p>rompió y con él se fueron la ternera, la vaca, el cerdo y</p><p>los pollos.</p><p>(Disponível em: [object Promise] Acesso em: 30 out.</p><p>2019).</p><p>Depreende-se da leitura da fábula que</p><p>a) a menina perdeu o bezerro, a vaca, o porco e as</p><p>galinhas que levava à cidade.</p><p>b) ao final, a menina possuía apenas três frangos.</p><p>c) além do leite, a menina perdeu seus sonhos.</p><p>d) a menina temia a vinda de um herói mascarado.</p><p>e) os sonhos são nocivos aos jovens.</p><p>Questão 3 - (Simulado)</p><p>Pode-se dizer que o personagem da �rinha</p><p>a) apresenta sen�mentos antagônicos com relação a</p><p>seus atos recentes.</p><p>b) descobriu que men�r sempre causa sofrimento.</p><p>c) decidiu evitar o contato com pessoas.</p><p>d) deseja mudar urgentemente seu comportamento.</p><p>e) somente diz a verdade, doa a quem doer.</p><p>Questão 4 - (Simulado)</p><p>De acordo com a sugestão da personagem Libertad,</p><p>a) o governo deveria chamar o exército para re�rar os</p><p>aposentados das praças.</p><p>b) as aposentadorias pagas são muito altas.</p><p>c) os aposentados deveriam entrar em greve.</p><p>d) os avôs que foram soldados deveriam ser mais</p><p>respeitados.</p><p>e) os velhos deveriam se alistar no exército, para ter</p><p>direito à aposentadoria.</p><p>Questão 5 - (Simulado)</p><p>Verdad que sería estupendo</p><p>Verdad que sería estupendo</p><p>que las espadas fueran un palo de la baraja</p><p>que el escudo una moneda portuguesa</p><p>y un tanque una jarra grande de cerveza.</p><p>2@professorferretto @prof_ferretto</p><p>Verdad que sería estupendo</p><p>que las bases fueran el lado de un triángulo</p><p>que las escuadras sólo reglas de diseño</p><p>y los ga�llos gatos pequeños</p><p>que apuntar fuera soplarle la tabla a Manolito</p><p>que disparar darle una patada a un balón</p><p>y que los "persing" fueran esa marca de rotulador</p><p>con los que tú siempre pintas mi corazón.</p><p>.......................................................................</p><p>Y no exis�era más arma en el mundo</p><p>y no exis�era más arma en el mundo</p><p>más que el "mi arma" andaluz.</p><p>Verdad que sería estupendo.</p><p>(T. Cardalda - J. M. Montes)</p><p>(In: CUÑAT & outros. Encuentro. 1995.)</p><p>O uso de palavras polissêmicas confere à música</p><p>a) um tom nostálgico, que retoma um passado</p><p>idealizado.</p><p>b) uma melodia dissonante.</p><p>c) um conteúdo idealista.</p><p>d) um acento la�no-americano, em razão do significado</p><p>das palavras empregadas nos países da América</p><p>La�na.</p><p>e) uma mensagem religiosa.</p><p>Questão 6 - (Simulado)</p><p>O comentário feito pelo gato Garfield, no úl�mo</p><p>quadrinho, transmite a ideia de que</p><p>a) Garfield discorda da afirmação feita por seu dono, Jon.</p><p>b) Jon possui uma vida chata.</p><p>c) Garfield e Jon estão com sono.</p><p>d) Jon não trata bem seu gato Garfield.</p><p>e) Garfield está pensando em fugir.</p><p>Questão 7 - (Simulado)</p><p>A crí�ca presente no cartoon se refere</p><p>a) ao fato de que os imigrantes �ram trabalho dos</p><p>americanos.</p><p>b) ao prejuízo que trabalhadores estrangeiros causam à</p><p>economia.</p><p>c) à xenofobia injus�ficada dos americanos.</p><p>d) à falta de capacitação dos trabalhadores imigrantes.</p><p>e) ao envio de dólares para o exterior.</p><p>Questão 8 - (Simulado)</p><p>3@professorferretto @prof_ferretto</p><p>O efeito cômico da charge se encontra na sugestão de</p><p>que, ao pedir “happy meals”,</p><p>a) o casal economizará dinheiro.</p><p>b) o cliente aumentará a chance de se tornar depressivo.</p><p>c) a comida ficará pronta mais rapidamente.</p><p>d) a refeição será mais saudável.</p><p>e) será possível equilibrar o efeito nocivo das “fast-</p><p>foods”.</p><p>Questão 9 - (Simulado)</p><p>THE FROG PRINCE, CONTINUED</p><p>The Princess kissed the frog.</p><p>He turned into a prince.</p><p>And they lived happily ever a�er...</p><p>Well, let's just say they lived sort of</p><p>happily for a long �me.</p><p>Okay, so they weren't so happy.</p><p>In fact, they were miserable.</p><p>"Stop s�cking your tongue out like that,"</p><p>nagged the Princess.</p><p>"How come you never want to go down to</p><p>the pond anymore?" whined the Prince.</p><p>The Prince and Princess were so unhappy.</p><p>They didn't know what to do.</p><p>[...]</p><p>The Prince kissed the Princess.</p><p>They both turned into frogs.</p><p>And they hopped off happily ever a�er.</p><p>The End.</p><p>SCIESZKA, J. The Frog Prince, Con�nued. Illustrated by</p><p>Steve Johnson. New York: Penguin Books, 1994.</p><p>Vocabulário:</p><p>hop: pular</p><p>A par�r da leitura do poema, que retoma elementos do</p><p>conto “O príncipe sapo”, dos irmãos Grimm, podemos</p><p>concluir que o príncipe e a princesa</p><p>a) foram felizes para sempre, conforme descrito no conto</p><p>de fadas.</p><p>b) superaram seus problemas por meio do diálogo.</p><p>c) encontraram a felicidade ao inverter o desfecho</p><p>original da história.</p><p>d) não encontraram a felicidade, e a princesa resolveu</p><p>“pular fora”.</p><p>e) foram felizes separadamente: ele como sapo, e ela na</p><p>forma humana.</p><p>Questão 10 - (Simulado)</p><p>FORGOTTEN LANGUAGE</p><p>Once I spoke the language of the flowers,</p><p>Once I understood each word the caterpillar said,</p><p>Once I smiled in secret at the gossip of the starlings,</p><p>And shared a conversa�on with the housefly in my bed.</p><p>Once I heard and answered all the ques�ons of the</p><p>crickets,</p><p>And joined the crying of each falling dying flake of snow,</p><p>Once I spoke the language of the flowers...</p><p>How did it go?</p><p>geo-histórias,</p><p>geopolí�cas, territoriais, ideológicas etc. As prá�cas do</p><p>trabalho criaram modos de produção que marcaram</p><p>épocas e regimes de historicidade. Algumas das</p><p>experiências humanas encerram seus ciclos juntamente</p><p>com o seu contexto histórico, outras são ressignificadas</p><p>ou permanecem na longa duração.</p><p>No modo de produção feudal, que perdurou em boa</p><p>parte da Idade Média, exis�am relações de suserania e</p><p>de vassalagem, sustentadas, respec�vamente, por uma</p><p>economia baseada no(a):</p><p>a) terra para a subsistência e na servidão.</p><p>b) escravidão e na terra para mercado interno.</p><p>c) contrato vassálico ou homenagem e nas trocas entre</p><p>Estados.</p><p>d) mercan�lismo e nas grandes navegações.</p><p>e) relações burguesas e nas corporações de o�cio.</p><p>Questão 53 - (Simulado)</p><p>Ano de 2023 é o mais quente do planeta desde 1850</p><p>A temperatura média global foi de 14,98°C, quase 1,5 °C</p><p>superior à do período pré-industrial</p><p>Pesquisa FAPESP - 28 jan 2024</p><p>Nada do que vem a seguir neste parágrafo tem</p><p>paralelo na história moderna da humanidade. Todos os</p><p>365 dias de 2023 foram ao menos 1 grau Celsius (ºC)</p><p>mais quentes do que a temperatura média global</p><p>calculada entre 1850 e 1900. Quase metade deles esteve</p><p>pelo menos 1,5 °C acima desse parâmetro de base, que</p><p>representa o clima da era pré-industrial.</p><p>(...)</p><p>Há pra�camente consenso de que, além das</p><p>mudanças climá�cas globais, o fenômeno natural</p><p>24@professorferretto @prof_ferretto</p><p>denominado El Niño tem um peso importante nos</p><p>recordes de calor registrados desde o ano passado.</p><p>Pesquisa FAPESP</p><p>A elevação da temperatura global exposta no texto,</p><p>associada às mudanças climá�cas e ao fenômeno El Niño,</p><p>revelam a possibilidade de</p><p>a) maior ocorrência de chuvas em todas as regiões do</p><p>planeta.</p><p>b) maior frequência de es�agens no Sul do Brasil.</p><p>c) maior estabilidade na produção agrícola mundial com</p><p>o aumento das precipitações.</p><p>d) maior ocorrência e intensidade de eventos climá�cos</p><p>extremos.</p><p>e) maior estabilidade na dinâmica climá�ca brasileira.</p><p>Questão 54 - (Simulado)</p><p>A escravidão das populações indígenas e negras no</p><p>Brasil produziu a desintegração dos seus diversos</p><p>universos religiosos de origem e, ao longo do processo de</p><p>formação social brasileiro, ocorreu a assimilação de</p><p>elementos fraturados das crenças ameríndias e africanas</p><p>pelas tradições cristã e católica. E, por outro lado, houve</p><p>também processos de assimilação ou sincre�smo na</p><p>criação de novas religiões produzidas a par�r de crenças</p><p>remanescentes indígenas e africanas misturadas com</p><p>elementos do cris�anismo. Para Or�z (1999), o que</p><p>ocorreu foi uma cris�anização daquelas an�gas religiões</p><p>fraturadas em algumas crenças cul�vadas por índios e</p><p>negros escravizados e que resultaram, por exemplo, na</p><p>Umbanda e no Candomblé.</p><p>ORTIZ, Renato. A morte branca do fei�ceiro negro:</p><p>umbanda e sociedade brasileira. São Paulo: Brasiliense,</p><p>1999.</p><p>No contexto do Brasil do século XIX, a Umbanda e o</p><p>Candomblé representam</p><p>a) assimilação de prá�cas cristãs em sua forma</p><p>tradicional.</p><p>b) rompimento total de tradições medievais.</p><p>c) resistência das populações de negros e indígenas em</p><p>relação à tradição cristã.</p><p>d) afastamento total de religiões abraâmicas.</p><p>e) pacificação de conflitos no âmbito religioso.</p><p>Questão 55 - (Simulado)</p><p>“A Princesa Imperial Regente, em nome de Sua</p><p>Majestade, o Imperador e Senhor D. Pedro II, faz saber a</p><p>todos os súditos do Império que a Assembleia Geral</p><p>Decretou, e ela Sancionou a Lei seguinte:</p><p>Art. 1º Os filhos de mulher escrava que nascerem no</p><p>Império desde a data desta lei serão considerados de</p><p>condição livre.</p><p>§ 1º Os ditos filhos menores ficarão sob a autoridade</p><p>dos senhores de suas mães, os quais terão obrigação de</p><p>criá-los e tratá-los até a idade de oito anos completos.</p><p>Chegando o filho da escrava a esta idade, o senhor da</p><p>mãe terá a opção, ou de receber do Estado indenização</p><p>de 600 mil réis, ou de u�lizar-se dos serviços do menor</p><p>até a idade de 21 anos completos." (redação atualizada)</p><p>(Disponível em: h�p://www.planalto.gov.br/</p><p>ccivil_03/leis/lim/lim2040.htm.)</p><p>Sobre o contexto das leis abolicionistas no Brasil do</p><p>século XIX, havia</p><p>a) convergência entre o pensamento escravocrata e o</p><p>abolicionista.</p><p>b) divergência entre os senhores de escravizados e a elite</p><p>agrária.</p><p>c) divergência entre os la�fundiários e os barões do café.</p><p>d) contradição histórica entre o passado colonial e o</p><p>presente imperial.</p><p>e) contradição entre os interesses da elite agrária e os</p><p>dos escravizados.</p><p>Questão 56 - (Simulado)</p><p>“As chuvas foram resultado de uma combinação de</p><p>fatores, entre eles uma massa de ar quente sobre a área</p><p>central do país, que bloqueia a frente fria que está na</p><p>região Sul e faz com que a instabilidade fique sobre o</p><p>Estado, causando chuvas intensas e con�nuas.”</p><p>25@professorferretto @prof_ferretto</p><p>h�ps://www.bbc.com/portuguese/ar�cles/</p><p>cd1qwpg3z77o</p><p>O ar mais seco na região central do Brasil permite a</p><p>elevação da temperatura durante o dia; sua dinâmica,</p><p>associada à pressão atmosférica, foi responsável pelo</p><p>bloqueio atmosférico que manteve a frente fria e as</p><p>chuvas que provocaram a tragédia no Rio Grande do Sul</p><p>em 2023.</p><p>O sistema atmosférico responsável pelo bloqueio</p><p>apresenta caracterís�ca de</p><p>a) alta pressão atmosférica dispersora dos ventos.</p><p>b) baixa pressão atmosférica dispersora dos ventos.</p><p>c) alta pressão atmosférica receptora dos ventos.</p><p>d) baixa pressão atmosférica receptora dos ventos.</p><p>e) ciclone tropical receptor dos ventos.</p><p>Questão 57 - (Simulado)</p><p>Tales foi o iniciador da reflexão sobre a physis, pois foi</p><p>o primeiro filósofo a afirmar a existência de um princípio</p><p>originário e único, causa de todas as coisas que existem,</p><p>sustentando que esse princípio de tudo é a água. Tudo se</p><p>origina a par�r dela. Essa proposta é importan�ssima [...]</p><p>podendo, com boa dose de razão, ser qualificada como a</p><p>primeira proposta filosófica daquilo que se costuma</p><p>chamar de começo da formação do universo.</p><p>REALE, Giovanni. História da filosofia. São Paulo:</p><p>Loyola, 1990.</p><p>A par�r do texto, pode-se afirmar que o princípio</p><p>originário buscado pelo filósofo pré-socrá�co Tales se</p><p>encontrava no(a)</p><p>a) mundo das ideias, desvinculado da realidade empírica.</p><p>b) interior do próprio homem, com base na ideia do</p><p>“conhece a � mesmo”.</p><p>c) plano é�co, fundamentado em valores construídos</p><p>socialmente.</p><p>d) natureza, por se tratar de um princípio �sico.</p><p>e) plano transcendental, a par�r de concepções</p><p>religiosas.</p><p>Questão 58 - (Simulado)</p><p>O cien�sta polí�co e sociólogo se elegeu presidente</p><p>da República em primeiro turno no mesmo ano em que o</p><p>plano foi lançado. Exerceu o cargo por dois mandatos</p><p>consecu�vos, período em que outros “pais” do Real</p><p>ocuparam posições estratégicas na condução da polí�ca</p><p>econômica.</p><p>(Disponível em</p><p>h�ps://www.infomoney.com.br/economia/30-anos-</p><p>depois-por-onde-andam-e-o-que-fazem-os-pais-do-</p><p>plano-real/)</p><p>Em 2024, o Plano Real, iniciado no governo de Itamar</p><p>Franco e consolidado no governo de Fernando Henrique</p><p>Cardoso, completa 30 anos de existência. O plano faz</p><p>parte de uma polí�ca de relações internacionais</p><p>consolidadas e estabelecidas pelo(a):</p><p>a) socialismo.</p><p>b) capitalismo monopolista.</p><p>c) keynesianismo.</p><p>d) neoliberalismo.</p><p>e) liberalismo clássico.</p><p>Questão 59 - (Simulado)</p><p>TEXTO I</p><p>Fonte: Macnica DHW</p><p>TEXTO II</p><p>Em 11 anos, agricultura familiar perde 9,5% dos</p><p>estabelecimentos e 2,2 milhões de postos de trabalho</p><p>25/10/2019</p><p>A agricultura familiar encolheu no país. Dados do</p><p>Censo Agropecuário de 2017 apontam uma redução de</p><p>9,5% no número de estabelecimentos classificados como</p><p>26@professorferretto @prof_ferretto</p><p>de agricultura familiar, em relação ao úl�mo Censo, de</p><p>2006. O segmento também foi o único a perder mão de</p><p>obra. Enquanto na agricultura não familiar houve a</p><p>criação de 702 mil postos de trabalho, a agricultura</p><p>familiar perdeu um con�ngente de 2,2 milhões de</p><p>trabalhadores.</p><p>h�ps://agenciadeno�cias.ibge.gov.br/agencia-</p><p>no�cias/2012-agencia-de-no�cias/no�cias/25786-em-11-</p><p>anos-agricultura-familiar-perde-9-5-dos-</p><p>estabelecimentos-e-2-2-milhoes-de-postos-de-trabalho</p><p>Os textos expõem a dinâmica atual do</p><p>espaço agrário</p><p>brasileiro com consequências na estrutura do campo</p><p>brasileiro, como o(a)</p><p>a) melhor distribuição de terras.</p><p>b) redução da produção de commodi�es agrícolas.</p><p>c) aumento rela�vo da produ�vidade de gêneros</p><p>agrícolas para o mercado interno.</p><p>d) maior concentração de terras.</p><p>e) fortalecimento da agricultura i�nerante.</p><p>Questão 60 - (Simulado)</p><p>“Mas enquanto encantava os naturalistas, a floresta</p><p>também oferecia as razões econômicas para a exploração</p><p>e ocupação do Brasil. O bloqueio das rotas comerciais</p><p>para o Oriente após a tomada de Constan�nopla pelos</p><p>Mouros, em 1453, tornou as fontes alterna�vas de</p><p>especiarias e de outros produtos extremamente</p><p>lucra�vas, e os europeus logo perceberam o potencial</p><p>econômico do pau-brasil (Cisalpina e chinata)”</p><p>(TONHASCA JR, 2005, p.2).</p><p>Os acontecimentos descritos no texto referem-se,</p><p>respec�vamente, aos seguintes períodos relacionados à</p><p>História do Brasil:</p><p>a) Cruzada Comercial e Ciclo do Açúcar.</p><p>b) União Ibérica e Invasões Holandesas.</p><p>c) Brasil francês e Capitanias Hereditárias.</p><p>d) Expansão Marí�ma e Período Pré-Colonial.</p><p>e) Federação dos Tamoios e Governo Geral.</p><p>Questão 61 - (Simulado)</p><p>Por Fana�smo se entende uma cega obediência a uma</p><p>ideia, servida com zelo obs�nado, até exercer violência</p><p>para obrigar outros a segui-la e punir quem não está</p><p>disposto a abraçá-la. (...) O Fana�smo está geralmente</p><p>ligado ao dogma�smo, isto é, à crença numa verdade ou</p><p>num sistema de verdades que, uma vez aceitas, não</p><p>devem ser mais postas em discussão e rejeitam a</p><p>discussão com os outros; a este corresponde no campo</p><p>prá�co o sectarismo, isto é, a parcialidade para com os</p><p>adeptos e o ódio para com os não crentes. Numa</p><p>sociedade em que um grupo de faná�cos ganha poder,</p><p>gera-se como reação e se alastra o espírito do</p><p>conformismo.</p><p>BOBBIO, Norberto. Dicionário de Polí�ca. Brasília: Editora</p><p>UNB, 1998 (adaptado).</p><p>De acordo com o texto, o fana�smo</p><p>a) estrutura sua mentalidade como a que deverá se</p><p>sobrepor a todas as outras.</p><p>b) favorece aos indivíduos uma concepção plural de</p><p>sociedade.</p><p>c) é baseado em um senso crí�co com a leitura coerente</p><p>da realidade.</p><p>d) estabelece as bases de uma democracia.</p><p>e) converge com polí�cas públicas para as minorias.</p><p>Questão 62 - (Simulado)</p><p>Os dados da dinâmica das marés apresentados na tabela</p><p>resultam da</p><p>a) oscilação da brisa marí�ma e da terrestre.</p><p>b) estruturação do relevo oceânico.</p><p>c) interação gravitacional do Sol e da Lua.</p><p>d) variação sazonal dos ventos alísios.</p><p>e) alteração da pressão atmosférica.</p><p>Questão 63 - (Simulado)</p><p>Convicção é a crença de estar na posse da verdade</p><p>absoluta. Essa crença pressupõe que há verdades</p><p>absolutas, que foram encontrados métodos perfeitos</p><p>para chegar a elas e que todo aquele que tem convicções</p><p>se serve desses métodos perfeitos. Esses três</p><p>pressupostos demonstram que o homem das convicções</p><p>está na idade da inocência, e é uma criança, por adulto</p><p>que seja quanto ao mais. Mas milênios viveram nesses</p><p>pressupostos infan�s, e deles jorraram as mais poderosas</p><p>27@professorferretto @prof_ferretto</p><p>fontes de força da humanidade. Se, entretanto, todos</p><p>aqueles que faziam uma ideia tão alta de sua convicção</p><p>houvessem dedicado apenas metade de sua força para</p><p>inves�gar por que caminho haviam chegado a ela: que</p><p>aspecto pacífico teria a história da humanidade!</p><p>(Nietzsche. Obras incompletas, 1991. Adaptado.)</p><p>Nesse excerto, Nietzsche apresenta uma defesa</p><p>a) da vida ascé�ca cristã.</p><p>b) do empirismo como forma de a�ngir verdades</p><p>absolutas.</p><p>c) do método genealógico.</p><p>d) da ciência como caminho seguro ao conhecimento.</p><p>e) dos dogmas apresentados por Zaratustra.</p><p>Questão 64 - (Simulado)</p><p>“O fator mais nega�vo para a cidadania foi a</p><p>escravidão. Os escravos começaram a ser importados na</p><p>segunda metade do século XVI. A importação con�nuou</p><p>ininterrupta até 1850, 28 anos após a independência.</p><p>Calcula-se que até 1822 tenham sido introduzidos na</p><p>colônia cerca de 3 milhões de escravos. Na época da</p><p>independência, numa população de cerca de 5 milhões,</p><p>incluindo 800 mil índios, havia mais de 1 milhão de</p><p>escravos. Embora concentrados nas áreas de grande</p><p>agricultura exportadora e de mineração, havia escravos</p><p>em todas as a�vidades, inclusive urbanas.” (CARVALHO,</p><p>Cidadania no Brasil: o longo caminho, 2014, p. 25-26).</p><p>Tendo em vista o passado de escravidão relacionado ao</p><p>con�nente africano e o Brasil do século XVI ao XIX, os</p><p>escravizados que cruzavam o Atlân�co foram subme�dos</p><p>à condição de</p><p>a) imigrantes, por definição.</p><p>b) refugiados, por definição.</p><p>c) negação de cidadania.</p><p>d) repatriamento.</p><p>e) servidão cole�va.</p><p>Questão 65 - (Simulado)</p><p>A sociólogo francês Émile Durkheim (1858 - 1917) se</p><p>preocupou em analisar fenômenos que explicitavam a</p><p>força da sociedade sobre os indivíduos. Neste sen�do, a</p><p>organização da sociedade é crucial, segundo o autor, para</p><p>a delimitação do problema a ser analisado. O suicídio</p><p>geralmente é �do como algo de foro ín�mo, da esfera</p><p>subje�va. Durkheim em sua obra "O Suicídio" se esforça</p><p>em conceituar e caracterizar o suicídio como um fato</p><p>social, portanto como algo que ganha reflexos e tem</p><p>ligação com a vida social.</p><p>Na perspec�va de Émile Durkheim, a sociedade</p><p>a) se apresenta como uma construção feita pela dialé�ca</p><p>de classes.</p><p>b) existe naturalmente, sem a par�cipação humana.</p><p>c) se contrapõe ao modelo apresentado por Weber, que</p><p>define a sociedade como um organismo autônomo.</p><p>d) é construída por fatos sociais como um organismo</p><p>vivo.</p><p>e) é uma construção revolucionária ao longo da História.</p><p>Questão 66 - (Simulado)</p><p>O Google Maps é uma plataforma desenvolvida pelo</p><p>Google a par�r das informações oferecidas pelo Sistema</p><p>Global de Navegação por Satélite, onde os usuários</p><p>encontram mapas para visualizar rotas, es�mar a</p><p>distância e o tempo de viagem entre dois pontos,</p><p>encontrar estabelecimentos, entre outras opções.</p><p>O recorte de um trajeto no centro de Florianópolis é uma</p><p>representação cartográfica iden�ficada como</p><p>a) planta urbana produzida sob escala grande.</p><p>b) mapa produzido sob escala pequena.</p><p>c) carta produzida sob escala média.</p><p>d) anamorfose produzida sob escala grande.</p><p>e) mapa hipsométrico produzido sob escala pequena.</p><p>Questão 67 - (Simulado)</p><p>“Creio tudo o que entendo, mas nem tudo que creio</p><p>também entendo. Tudo o que compreendo conheço, mas</p><p>nem tudo que creio conheço.”</p><p>(Agos�nho. De Magistro. São Paulo: Abril Cultural, 1973.</p><p>p. 319. Coleção “Os Pensadores”).</p><p>De acordo com o pensamento do filósofo cristão</p><p>Agos�nho de Hipona, fé e razão são</p><p>28@professorferretto @prof_ferretto</p><p>a) incompa�veis entre si.</p><p>b) compa�veis e possuem o mesmo nível hierárquico.</p><p>c) compa�veis, sendo a razão superior à fé.</p><p>d) compa�veis, sendo a fé superior à razão.</p><p>e) ilusões, pois não possuem validade lógica.</p><p>Questão 68 - (Simulado)</p><p>A par�r do século XV, um clima de inquietação intelectual</p><p>e existencial pairava sobre diversas regiões da Europa.</p><p>Nesse período, ocorreram dois movimentos expressivos:</p><p>o Renascimento Cultural e a Reforma Protestante. Um</p><p>renovou as artes e a ciência, o outro abalou a hegemonia</p><p>da Igreja Católica.</p><p>Um conceito fundamental do período, que se relaciona</p><p>com o texto e a figura, é o</p><p>a) Teocentrismo.</p><p>b) Eurocentrismo.</p><p>c) Patriarcalismo.</p><p>d) Humanismo.</p><p>e) Politeísmo.</p><p>Questão 69 - (Simulado)</p><p>“A indústria cultural não cessa de lograr seus</p><p>consumidores quanto àquilo que está con�nuamente a</p><p>lhes prometer. A promissória sobre o prazer, emi�da pelo</p><p>enredo e pela encenação, é prorrogada indefinidamente:</p><p>maldosamente, a promessa a que afinal se reduz o</p><p>espetáculo significa que jamais chegaremos à coisa</p><p>mesma, que o convidado deve se contentar com a leitura</p><p>do cardápio. [...] Cada espetáculo da indústria cultural</p><p>vem mais uma vez aplicar e demonstrar de maneira</p><p>inequívoca a renúncia permanente que a civilização</p><p>impõe às pessoas. Oferecer-lhes algo e ao mesmo tempo</p><p>privá-las disso é a mesma coisa”.</p><p>(ADORNO, Theodor; HORKHEIMER, Max. Dialé�ca do</p><p>esclarecimento. Trad. de Guido Antônio de Almeida. Rio</p><p>de Janeiro: Jorge Zahar, 1997. p. 130-132.)</p><p>De acordo com o texto, a indústria cultural</p><p>a) entrega</p><p>o prazer prome�do aos consumidores, por</p><p>meio da encenação.</p><p>b) oferece espetáculo ao público, mas o priva do</p><p>alimento.</p><p>c) promove uma crí�ca à civilização capitalista.</p><p>d) subverte critérios mercadológicos, ao fazer promessas</p><p>maldosas.</p><p>e) produz consumidores, e não a cultura que promete</p><p>entregar.</p><p>Questão 70 - (Simulado)</p><p>TEXTO I</p><p>TEXTO II</p><p>Expansão de cidades médias é destaque no Censo 2022</p><p>Municípios com população entre 100 mil e 500 mil</p><p>habitantes �veram crescimento rela�vo superior ao de</p><p>cidades grandes e capitais nos úl�mos 12 anos.</p><p>h�ps://jornal.unesp.br/2023/07/07/expansao-de-</p><p>cidades-medias-e-destaque-no-censo-2022/</p><p>Os textos estão relacionados a momentos dis�ntos da</p><p>urbanização brasileira: a segunda metade do século XX e</p><p>29@professorferretto @prof_ferretto</p><p>o contexto atual, ambos revelados pelo Censo</p><p>Demográfico 2022 e iden�ficados pelos processos de</p><p>a) conurbação e macrocefalia urbana.</p><p>b) gentrificação e formação de macrometrópoles.</p><p>c) metropolização e desmetropolização.</p><p>d) arranjos populacionais e favelização.</p><p>e) interiorização e inchaço urbano.</p><p>Questão 71 - (Simulado)</p><p>Número de mortos em terremoto no Japão sobe para</p><p>200, e mais de 1.000 seguem isolados</p><p>Tremor, de magnitude 7,6, a�ngiu costa oeste do país em</p><p>1º de janeiro. Alerta de tsunami com 'grandes ondas'</p><p>chegou a ser a�vado. Governo japonês mobilizou tropas</p><p>de todo o país para ajudar no trabalho de reconstrução.</p><p>09/01/2024 – G1</p><p>h�ps://g1.globo.com/mundo/no�cia/2024/01/09/numero-</p><p>de-mortos-em-terremoto-no-japao-sobe.ghtml</p><p>Os terremotos resultam da manifestação dos agentes</p><p>endógenos da geologia terrestre, no caso do Japão, a</p><p>região está situada onde a dinâmica das placas tectônicas</p><p>descreve um movimento orogené�co</p><p>a) divergente com formação de dorsais oceânicas.</p><p>b) convergente com formação de fossas oceânicas.</p><p>c) transformante com formação de falhas geológicas.</p><p>d) divergente com formação de ri�eamentos.</p><p>e) transcorrente com formação de vulcões a�vos.</p><p>Questão 72 - (Simulado)</p><p>“Concebei agora, se quiserdes, que a pedra, enquanto</p><p>con�nua a mover-se, saiba e pense que se esforça tanto</p><p>quanto pode para con�nuar a mover-se. Seguramente,</p><p>essa pedra, visto não ser consciente senão de seu esforço</p><p>e não ser indiferente, acreditará ser livre e perseverar no</p><p>movimento apenas porque quer. É essa a tal liberdade</p><p>humana que todos se jactam de possuir e que consiste</p><p>apenas em que os seres humanos são cônscios</p><p>[conscientes] de seus ape�tes [desejos], mas ignorantes</p><p>das causas que os determinam. É assim que uma criança</p><p>crê apetecer livremente o leite; um rapazinho, se irritado,</p><p>querer vingar-se, mas fugir quando in�midado.”</p><p>(ESPINOSA. Carta 58. Apud SAVIAN FILHO, J. Filosofia e</p><p>filosofias. Existência e sen�do. Belo Horizonte: Autên�ca,</p><p>2016, p. 213).</p><p>O texto acima, escrito pelo filósofo Espinosa, apresenta,</p><p>com relação à causa das ações dos homens,</p><p>a) uma visão determinista.</p><p>b) uma doutrina fundada no livre-arbítrio.</p><p>c) uma abordagem esta�s�ca.</p><p>d) uma ideologia liberal.</p><p>e) uma síntese existencialista.</p><p>Questão 73 - (Simulado)</p><p>Criada durante o governo de Getúlio Vargas (1950-</p><p>1954), em um contexto de intensos debates e</p><p>mobilizações associados à campanha “O petróleo é</p><p>nosso”, a Petrobras se vinculou, naquela época, à</p><p>valorização da “bandeira nacionalista”, conforme se</p><p>observa no cartaz.</p><p>Em relação à polí�ca econômica e ao contexto daquele</p><p>período de governo Vargas, havia contradição entre</p><p>a) a polí�ca desenvolvimen�sta de bens de consumo</p><p>duráveis e não duráveis e os movimentos socialistas.</p><p>b) as bases da reforma agrária e os interesses das ligas</p><p>camponesas.</p><p>c) a polí�ca nacional desenvolvimen�sta e os chamados</p><p>grupos entreguistas.</p><p>d) o desenvolvimen�smo e o Plano Cruzado.</p><p>e) o Plano Salte e a ilegalidade do PCB.</p><p>Questão 74 - (Simulado)</p><p>De acordo com Max Weber, a dominação é a</p><p>probabilidade de encontrar obediência a um</p><p>determinado mandato e se funda em mo�vos de</p><p>submissão por parte dos dominados. Em outros termos,</p><p>quando se obedece a uma ordem ou a um mandato, se</p><p>reconhece como certas as razões da dominação, e ela se</p><p>torna, assim, legí�ma. Existem, para Weber, três �pos</p><p>30@professorferretto @prof_ferretto</p><p>puros de dominação: a tradicional, a carismá�ca e a</p><p>racional-legal. A primeira tem nos costumes o princípio</p><p>legí�mo de dominação; a segunda embasa sua</p><p>legi�midade em dotes e qualidades pessoais; a terceira</p><p>carrega a marca da impessoalidade, das leis e do</p><p>pensamento racional como princípios básicos.</p><p>Para Max Weber, o Estado</p><p>a) é portador da dominação prá�ca e irracional.</p><p>b) tem o poder legí�mo e o monopólio do uso da</p><p>violência.</p><p>c) é autoritário e deveria ser suprimido.</p><p>d) é irracional e ilegí�mo.</p><p>e) é subje�vo em relação a cada sociedade.</p><p>Questão 75 - (Simulado)</p><p>A dinâmica da pirâmide etária brasileira entre os censos</p><p>de 2010 e 2022 revela o(a)</p><p>a) aumento da taxa de natalidade.</p><p>b) estabilização do crescimento populacional.</p><p>c) aumento do crescimento vegeta�vo.</p><p>d) redução da taxa de fecundidade.</p><p>e) redução dos gastos previdenciários.</p><p>Questão 76 - (Simulado)</p><p>31@professorferretto @prof_ferretto</p><p>O foco recai sobre as regras eleitorais e argumentos</p><p>mobilizados em contextos delibera�vos que trataram do</p><p>exercício dos direitos polí�cos pelas mulheres.</p><p>Argumentamos que, apesar do direito ao sufrágio ter</p><p>sido concedido em 1932, a par�cipação polí�ca das</p><p>mulheres casadas não foi garan�da, ficando ainda na</p><p>dependência das decisões de seus maridos nas três</p><p>décadas subsequentes. O direito pleno à par�cipação só</p><p>foi ob�do em 1965.</p><p>(Adaptado de Scielo).</p><p>O gráfico e o texto representam</p><p>a) a garan�a de controle do Estado.</p><p>b) a superação do patriarcalismo.</p><p>c) a negação aos direitos das mulheres até a atualidade.</p><p>d) a superação do sufrágio feminino.</p><p>e) a conquista de cidadania das mulheres.</p><p>Questão 77 - (Simulado)</p><p>Um aspecto importante do calvinismo é a valorização</p><p>moral do trabalho e da poupança, que resulta numa</p><p>situação de bem-estar social e econômico, o que poderia</p><p>ser interpretado como sinal favorável de Deus à salvação</p><p>do indivíduo.</p><p>(Fernando Seffner. Da Reforma à Contrarreforma, 1993.)</p><p>No contexto das reformas religiosas de Lutero e Calvino</p><p>no século XVI, ocorreram relações entre sujeitos e classes</p><p>para que as ideias começassem a ser difundidas lenta e</p><p>gradualmente. Entre essas relações temos</p><p>a) filósofos iluministas e clérigos agos�nianos.</p><p>b) burguesia crescente e duques e nobres.</p><p>c) nobreza feudal e papado.</p><p>d) burguesia industrial e pequenos ducados.</p><p>e) cabeças redondas e nobreza parasitária.</p><p>Questão 78 - (Simulado)</p><p>O fenômeno das inundações mostrado na imagem pode</p><p>ser mi�gado a par�r do (a)</p><p>a) construção de moradias em áreas de encostas.</p><p>b) impermeabilização do solo urbano com concreto e</p><p>asfalto.</p><p>c) canalização de rios e córregos em áreas urbanas.</p><p>d) ver�calização do espaço urbano.</p><p>e) recuperação da mata ciliar e da vegetação das</p><p>encostas.</p><p>Questão 79 - (Simulado)</p><p>“Suponha-se, agora, que esse homem adquiriu mais</p><p>experiência e viveu no mundo o tempo suficiente para</p><p>ter observado uma conjunção constante entre objetos ou</p><p>acontecimentos familiares: qual é o resultado desta</p><p>experiência? Ele infere imediatamente a existência de um</p><p>objeto do aparecimento do outro. E, sem embargo, nem</p><p>toda a sua experiência lhe deu qualquer ideia ou</p><p>conhecimento do poder secreto pelo qual um objeto</p><p>produz outro; e tampouco é levado a fazer essa</p><p>inferência por qualquer processo de raciocínio. No</p><p>entanto, é levado a fazê-la. (...) Há algum outro princípio</p><p>que o determina a �rar essa conclusão”.</p><p>(HUME, David. Inves�gação sobre o entendimento</p><p>humano. Col. Os Pensadores, Abril Cultural, 1978)</p><p>32@professorferretto @prof_ferretto</p><p>“O hábito é, pois, o grande guia da vida humana. É</p><p>aquele princípio único que faz com que nossa experiência</p><p>nos seja ú�l e nos leve a esperar, no futuro, uma</p><p>sequência de acontecimentos semelhantes aos que se</p><p>verificaram no passado.”</p><p>(Hume, São Paulo: Abril Cultural, 1973, p. 146)</p><p>Nos excertos do filósofo David Hume, encontra-se a tese</p><p>de que é o hábito que torna nossa experiência ú�l.</p><p>A</p><p>par�r dessa ideia, pode-se afirmar que</p><p>a) o princípio de causa e efeito possui validade absoluta.</p><p>b) não há garan�a de que a regularidade observada na</p><p>natureza se repe�rá no futuro.</p><p>c) o conhecimento depende de ideias inatas.</p><p>d) o homem é incapaz de fazer inferências a par�r da</p><p>experiência.</p><p>e) o hábito é um dogma da religião natural.</p><p>Questão 80 - (Simulado)</p><p>A par�r do governo do Presidente Juscelino</p><p>Kubistchek, os camponeses entraram de vez na vida</p><p>polí�ca nacional. Questões como a desigualdade campo-</p><p>cidade, a reforma agrária e os direitos trabalhistas para</p><p>os trabalhadores do campo passaram a fazer parte dos</p><p>discursos co�dianos. Nesse processo se desenvolveram e</p><p>ganharam atenção as Ligas Camponesas.</p><p>A reforma agrária proposta por João Goulart</p><p>a) era radical e influenciada pela revolução cubana.</p><p>b) se alinhava aos interesses da URSS para revolução sul-</p><p>americana.</p><p>c) rompia com o capital sem promover um processo</p><p>revolucionário.</p><p>d) era moderada, apenas em terras improdu�vas com</p><p>indenização aos proprietários.</p><p>e) era revolucionária, alinhada ao Movimento dos</p><p>Trabalhadores Rurais Sem Terra.</p><p>Questão 81 - (Simulado)</p><p>Quais países fazem parte do G20, que se reúne no Brasil</p><p>em 2024</p><p>20 de fevereiro de 2024 – Nexo Jornal</p><p>h�ps://www.nexojornal.com.br/grafico/2024/02/20/rio-</p><p>g20-2024-paises</p><p>Com exceção da União Europeia e da União Africana, o</p><p>G20, criado em 1999 no contexto do processo de</p><p>globalização, é composto por países com destaque na(s)</p><p>a) produção de fontes de energia renováveis.</p><p>b) gestão polí�ca democrá�ca.</p><p>c) produção industrial de bens de consumo.</p><p>d) exportação de commodi�es.</p><p>e) redes e fluxos do mercado mundial.</p><p>Questão 82 - (Simulado)</p><p>33@professorferretto @prof_ferretto</p><p>Os avanços técnicos no campo brasileiro permitem</p><p>romper com as adversidades da geografia �sica para</p><p>produção. No caso da produção de manga, o avanço</p><p>técnico das áreas de maior destaque na produção foi o(a)</p><p>a) calagem para redução da acidez do solo.</p><p>b) fer�lização química para suprir a lixiviação do solo.</p><p>c) terraceamento para conter processos erosivos.</p><p>d) irrigação para suprir o menor índice pluviométrico.</p><p>e) aragem para reduzir a compactação do solo.</p><p>Questão 83 - (Simulado)</p><p>“A escola exclui, como sempre, mas ela exclui agora de</p><p>forma con�nuada, a todos os níveis de curso, e mantém</p><p>oculto o próprio âmago daqueles que ela exclui,</p><p>simplesmente marginalizando-os nas ramificações mais</p><p>ou menos desvalorizadas. Esses ‘marginalizados por</p><p>dentro’ estão condenados a oscilar entre a adesão</p><p>maravilhada à ilusão proposta e a resignação aos seus</p><p>veredictos, entre a submissão ansiosa e a revolta</p><p>impotente”</p><p>(BOURDIEU, P. (org.). A miséria do mundo. Petrópolis:</p><p>Vozes, 1993, p. 485).</p><p>Segundo a perspec�va de Pierre Bourdieu, a escola</p><p>a) oculta os próprios mecanismos de exclusão dos</p><p>marginalizados.</p><p>b) exclui as diferenças sociais, superando-as.</p><p>c) homogeniza os problemas de cunho social, tornando-</p><p>os irrelevantes.</p><p>d) garante direitos aos marginalizados.</p><p>e) supera as exclusões.</p><p>Questão 84 - (Simulado)</p><p>Ao considerar o modo de vida e a organização</p><p>sociopolí�ca das principais cidades-estados na Grécia do</p><p>século V a.C., observa-se que assembleias de cidadãos</p><p>para decidirem leis, a presença de magistrados enquanto</p><p>poder de garan�a das leis votadas representavam uma</p><p>face do modelo polí�co ateniense. Por outro lado, a</p><p>presença de uma forte aristocracia, e de anciãos</p><p>pertencentes às famílias mais ricas, responsáveis pela</p><p>tomada de decisões polí�cas, assim como a presença de</p><p>magistrados com poder para garan�r e executar as</p><p>decisões dos anciãos, representa o modo de vida polí�co</p><p>espartano.</p><p>Baseado no texto sobre a an�guidade clássica, pode-se</p><p>afirmar que as cidades gregas, em sua totalidade,</p><p>estruturavam-se baseadas em</p><p>a) modelo imperial.</p><p>b) democracia.</p><p>c) aristocracia.</p><p>d) diarquia.</p><p>e) autonomia.</p><p>Questão 85 - (Simulado)</p><p>[...] o poder soberano, quer resida num homem, como</p><p>numa monarquia, quer numa assembleia, como nos</p><p>estados populares e aristocrá�cos, é o maior que é</p><p>possível imaginar que os homens possam criar. E, embora</p><p>seja possível imaginar muitas más consequências de um</p><p>poder tão ilimitado, apesar disso as consequências da</p><p>falta dele, isto é, a guerra perpétua de todos os homens</p><p>com os seus vizinhos, são muito piores.</p><p>(HOBBES, T. Leviatã. Tradução de João Paulo Monteiro e</p><p>Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Nova Cultural,</p><p>1988. capítulo XX, p. 127.)</p><p>O poder descrito no texto está melhor representado</p><p>a) nas democracias liberais.</p><p>b) nas monarquias parlamentaristas.</p><p>c) em Estados que adotam a tripar�ção do poder.</p><p>d) nas monarquias absolu�stas.</p><p>e) nas cidades-estados oligárquicas.</p><p>Questão 86 - (Simulado)</p><p>O paulista Manuel Ferraz de Campos Sales assumiu a</p><p>presidência da república em 1898, após o fim do</p><p>mandato de Prudente de Morais. Candidato das elites</p><p>oligárquicas, Campos Sales procurou adotar medidas que</p><p>visavam à consolidação dos interesses polí�cos dos</p><p>cafeicultores.</p><p>As principais ações do governo Campos Sales se</p><p>concentraram na área econômica, uma vez que a crise</p><p>gerada pela polí�ca do encilhamento do governo de</p><p>Deodoro da Fonseca só se agravava mais. Além de uma</p><p>inflação em níveis al�ssimos e uma desvalorização cada</p><p>vez maior da moeda, o preço do café, principal produto</p><p>brasileiro, estava em constante declínio no mercado</p><p>internacional.</p><p>Campos Sales procurou renegociar a dívida externa</p><p>com os ingleses, maiores credores do Brasil na época. De</p><p>fato, a Inglaterra aceitou a suspensão temporária do</p><p>pagamento de juros da dívida e a concessão de dez</p><p>milhões de libras em troca de uma série de medidas de</p><p>austeridade: combate à inflação, valorização da moeda e</p><p>corte de gastos.</p><p>A Primeira República, especificamente o poder das</p><p>oligarquias, era caracterizada</p><p>34@professorferretto @prof_ferretto</p><p>a) por um sistema eleitoral frágil devido à ausência da</p><p>Jus�ça Eleitoral.</p><p>b) por um modelo de industrialização com êxodo rural.</p><p>c) pela centralização polí�co-administra�va do chefe de</p><p>governo, em relação aos estados.</p><p>d) pelo sistema popular de reforma agrária.</p><p>e) pelo sufrágio direto, secreto e universal.</p><p>Questão 87 - (Simulado)</p><p>Estados Unidos quadruplicam o imposto de importação</p><p>de carros elétricos da China</p><p>14/05/2024 – G1 – Jornal Nacional</p><p>O governo dos Estados Unidos decidiu aumentar os</p><p>impostos de importação para produtos da China.</p><p>As tarifas sobre carros elétricos chineses vão</p><p>quadruplicar: de 25% para 100%. As taxas sobre chips e</p><p>células solares vão dobrar. Aço e alumínio terão tarifas de</p><p>25%.</p><p>(...)</p><p>Os Estados Unidos vinham de uma época em que</p><p>defendiam o livre mercado com unhas e dentes –</p><p>derrubando tarifas. Agora, para enfrentar a China, tanto</p><p>Donald Trump, do Par�do Republicano, como Joe Biden,</p><p>do Par�do Democrata, adotam a estratégia de</p><p>protecionismo.</p><p>h�ps://g1.globo.com/jornal-</p><p>nacional/no�cia/2024/05/14/estados-unidos-</p><p>quadruplicam-o-imposto-de-importacao-de-carros-</p><p>eletricos-da-china.ghtml</p><p>Na década de 1980, os Estados Unidos foram um dos</p><p>países precursores da polí�ca econômica que conflita</p><p>com o exposto no texto, reconhecida como</p><p>a) keynesianismo.</p><p>b) desenvolvimen�smo.</p><p>c) neoliberalismo.</p><p>d) mercan�lismo.</p><p>e) liberalismo.</p><p>Questão 88 - (Simulado)</p><p>“(...) Em fevereiro, padre Júlio marretou os blocos de</p><p>paralelepípedos instalados pela gestão do então prefeito</p><p>Bruno Covas (PSDB) na parte inferior de viadutos na Zona</p><p>Leste da capital. Os blocos inibiam a presença de pessoas</p><p>em situação de rua para passar a noite.”</p><p>(Adaptado de G1)</p><p>A imagem e o texto tratam de dois assuntos que tomam</p><p>cada vez mais os no�ciários, que são</p><p>a) urbanização e higienização.</p><p>b) sanitarismo e profilaxia.</p><p>c) aporofobia e arquitetura hos�l.</p><p>d) xenofobia e modernização.</p><p>e) racismo estrutural e moralização de costumes.</p><p>Questão 89 - (Simulado)</p><p>“No Vietnã, o Exército dos EUA travou duas guerras:</p><p>uma contra o VietCong e outra contra a natureza. Nesta,</p><p>os militares americanos usaram milhões de litros de</p><p>herbicidas contra a selva onde se escondiam os</p><p>comunistas e as plantações de arroz que os alimentavam.</p><p>O herbicida</p><p>mais usado foi o agente laranja. Uma revisão</p><p>de diversos estudos mostra que, 50 anos depois que as</p><p>forças dos EUA pararam de pulverizá-lo, ainda há restos</p><p>altamente tóxicos desse desfolhante no solo e em</p><p>sedimentos, por onde entram na cadeia alimentar”.</p><p>El País Brasil, 2019. Adaptado.</p><p>A u�lização do agente laranja durante a Guerra do Vietnã</p><p>exemplifica uma estratégia militar que:</p><p>35@professorferretto @prof_ferretto</p><p>a) priorizava o desenvolvimento de tecnologias</p><p>sustentáveis para minimizar o impacto ambiental.</p><p>b) buscava proteger a saúde das populações civis por</p><p>meio do controle de doenças transmi�das por insetos.</p><p>c) �nha como obje�vo principal garan�r a segurança das</p><p>fronteiras dos Estados Unidos com o Vietnã.</p><p>d) u�lizava tá�cas de guerra química para eliminar</p><p>recursos essenciais aos combatentes inimigos.</p><p>e) u�lizava a cooperação internacional visando à</p><p>resolução pacífica de conflitos territoriais.</p><p>Questão 90 - (Simulado)</p><p>A Pales�na tem, desde 2012, o status de “Estado</p><p>observador não membro” da ONU, o que não garante seu</p><p>reconhecimento como um estado-nação ou um país</p><p>membro da organização. Um dos elementos na</p><p>cons�tuição de um estado-nação, cujo reconhecimento é</p><p>dificultado pela atual ocupação militar de Israel na Faixa</p><p>de Gaza, ocorrido em 2024, e pelos assentamentos</p><p>israelenses na Cisjordânia, existentes desde a Guerra dos</p><p>Seis Dias (1967), é a</p><p>a) iden�dade nacional.</p><p>b) organização polí�ca governamental.</p><p>c) soberania sobre o território.</p><p>d) representa�vidade internacional.</p><p>e) estabilidade econômica.</p><p>Questão 91 - (Simulado)</p><p>A felicidade e a liberdade começam com a clara</p><p>compreensão de um princípio: algumas coisas estão sob</p><p>nosso controle e outras não. Só depois de aceitar essa</p><p>regra fundamental e aprender a dis�nguir entre o que</p><p>podemos e o que não podemos controlar é que a</p><p>tranquilidade interior e a eficácia tornam-se possíveis.</p><p>Mantenha sua atenção inteiramente concentrada no que</p><p>de fato lhe compete e tenha sempre em mente que</p><p>aquilo que pertence aos outros é problema deles, e não</p><p>seu. Se agir assim, estará imune a coações e ninguém o</p><p>poderá reprimir. Será verdadeiramente livre e eficiente</p><p>em suas ações, pois seus esforços serão canalizados para</p><p>boas a�vidades, e não desperdiçados em crí�cas ou</p><p>confronto com outras pessoas.</p><p>(Adaptado de: EPICTETO. A arte de viver/Epicteto: uma</p><p>nova interpretação de Sharon Lebell. Tradução de: Maria</p><p>Luiza Newlands da Silveira. Rio de Janeiro: Sextante,</p><p>2018. p.21-23.)</p><p>Com base no texto acima e no estoicismo do filósofo</p><p>Epicteto (55 d.C. – 135 d.C.), a felicidade deriva</p><p>a) da polí�ca, única a�vidade capaz de alcançar o bem</p><p>comum.</p><p>b) do livre-arbítrio, que torna os homens inteiramente</p><p>responsáveis por suas ações.</p><p>c) da fé, pois a graça divina é o único caminho para a</p><p>salvação.</p><p>d) da glória pública, ob�da pela eloquência dos</p><p>discursos.</p><p>e) da apa�a, por meio do domínio e controle das</p><p>emoções.</p><p>Questão 92 - (Simulado)</p><p>Segundo dados do Alto Comissariado das Nações Unidas</p><p>para os Refugiados (ACNUR), 40% dos refugiados têm</p><p>menos de 18 anos. Dentre os fatores que jus�ficam o</p><p>maior percentual de jovens entre os refugiados está o</p><p>fato de que a maioria dos países de origem apresentam</p><p>a) elevada taxa de natalidade.</p><p>b) restrições à migração de adultos e de idosos.</p><p>c) elevado índice de desenvolvimento humano.</p><p>d) baixo crescimento vegeta�vo.</p><p>e) polí�cas de es�mulo à migração de jovens.</p><p>Questão 93 - (Simulado)</p><p>36@professorferretto @prof_ferretto</p><p>A cidade de Paris está situada no fuso horário de GMT +1</p><p>(15º E) e, durante os Jogos Olímpicos, a cidade adotou o</p><p>horário de verão.</p><p>Para assis�r aos Jogos Olímpicos, um grupo de turistas</p><p>saiu de São Paulo (45ºW) às 9 horas local do dia 24 de</p><p>julho e chegou a Paris, após 12 horas de voo, às</p><p>a) 02 horas do dia 25 de julho.</p><p>b) 01 hora do dia 25 de julho.</p><p>c) 23 horas do dia 24 de julho.</p><p>d) 02 horas do dia 24 de julho.</p><p>e) 22 horas do dia 25 de julho.</p><p>Questão 94 - (Simulado)</p><p>“A Princesa Imperial Regente, em nome de Sua</p><p>Majestade o Imperador e Senhor D. Pedro II, faz saber a</p><p>todos os súditos do Império que a Assembleia Geral</p><p>Decretou, e ela Sancionou a Lei seguinte:</p><p>Art. 1º Os filhos de mulher escrava que nascerem no</p><p>Império desde a data desta lei serão considerados de</p><p>condição livre.</p><p>§ 1º Os ditos filhos menores ficarão sob a autoridade</p><p>dos senhores de suas mães, os quais terão obrigação de</p><p>criá-los e tratá-los até a idade de oito anos completos.</p><p>Chegando o filho da escrava a esta idade, o senhor da</p><p>mãe terá a opção, ou de receber do Estado indenização</p><p>de 600 mil réis, ou de u�lizar-se dos serviços do menor</p><p>até a idade de 21 anos completos." (redação atualizada)</p><p>(Disponível em: h�p://www.planalto.gov.br/</p><p>ccivil_03/leis/lim/lim2040.htm.)</p><p>A Lei do Ventre Livre, promulgada em 1871 no Brasil,</p><p>representou um marco legisla�vo porque:</p><p>a) aboliu imediatamente a escravidão em todo o</p><p>território nacional, proporcionando liberdade irrestrita</p><p>aos filhos de escravizadas.</p><p>b) concedeu liberdade aos filhos de mulheres</p><p>escravizadas nascidos a par�r da data de sua</p><p>promulgação, porém mantendo-os sob a tutela de</p><p>seus senhores até os oito anos de idade.</p><p>c) foi a primeira lei no mundo a reconhecer direitos civis</p><p>plenos aos filhos de escravizadas, independentemente</p><p>de qualquer compensação aos senhores.</p><p>d) estabeleceu uma polí�ca de incen�vos econômicos</p><p>para os senhores que libertassem os filhos menores de</p><p>oito anos de mulheres escravizadas.</p><p>e) estabeleceu que os filhos de mulheres escravizadas,</p><p>nascidos após a lei, fossem automa�camente</p><p>incorporados às forças armadas brasileiras.</p><p>Questão 95 - (Simulado)</p><p>“Nas fábricas onde a disciplina do operariado era mais</p><p>urgente, descobriu-se que era mais conveniente</p><p>empregar as dóceis (e mais baratas) mulheres e crianças:</p><p>de todos os trabalhadores nos engenhos de algodão</p><p>ingleses em 1834-47, cerca de um quarto eram homens</p><p>adultos, mais da metade era de mulheres e meninas, e o</p><p>restante de rapazes abaixo dos 18 anos”.</p><p>HOBSBAWM, Eric J. A Era das Revoluções 1789-1848. Rio</p><p>de Janeiro: Paz e Terra, 2003, p. 58.</p><p>O trecho acima, sobre o processo de Revolução</p><p>Industrial, aborda os seguintes assuntos:</p><p>a) exploração dos trabalhadores e ausência de legislação.</p><p>b) bem-estar social e mecanização do trabalho.</p><p>c) divisão internacional do trabalho e exploração.</p><p>d) mais-valia e nacionalização dos meios de produção.</p><p>e) fordismo e maquinofatura.</p><p>37@professorferretto @prof_ferretto</p><p>How did it go?</p><p>Shel Silverstein</p><p>. Acesso em: 29 ago. 2006.</p><p>Vocabulário:</p><p>caterpillar: lagarta</p><p>starling: pássaro europeu</p><p>cricket: grilo</p><p>O uso reiterado do advérbio “Once” passa a ideia de que</p><p>4@professorferretto @prof_ferretto</p><p>a) o autor não fala mais a língua das flores.</p><p>b) os animais citados estão ex�ntos.</p><p>c) a natureza perdeu a capacidade de comunicação</p><p>verbal.</p><p>d) as perguntas dos grilos nunca foram respondidas.</p><p>e) o autor foi uma flor na vida passada.</p><p>Questão 11 - (Simulado)</p><p>Em entrevista à revista Info Exame, o pesquisador Don</p><p>Tapsco�, autor que estuda o fenômeno da Geração Net,</p><p>quando perguntado acerca do aumento do desnível entre</p><p>quem tem acesso à tecnologia e quem não tem,</p><p>respondeu que “O divisor digital é um problema, mas</p><p>está melhorando. Nos países mais desenvolvidos, como</p><p>os do G20 (grupo que inclui o Brasil), o acesso a</p><p>ferramentas digitais não é terrivelmente caro para a</p><p>maioria da população. Obviamente, há famílias que têm</p><p>dificuldades até para se alimentar. Assim, a experiência</p><p>de bibliotecas ou centros comunitários com acesso livre à</p><p>Internet é importante”.</p><p>INFO Exame. Para quem vive de tecnologia. São Paulo:</p><p>Ed. Abril, n.º 274, dez. 2008, p. 53. (fragmento).</p><p>A liberdade de acesso à Internet está relacionada ao</p><p>acesso aos saberes gerados pela sociedade. Diante do</p><p>exposto pelo autor, infere-se que</p><p>a) a era digital não é um problema; na sua integridade,</p><p>os produtos disponíveis na Web funcionam como</p><p>maneiras de facilitação da informação,</p><p>independentemente de se tratar de países</p><p>desenvolvidos ou não desenvolvidos.</p><p>b) é necessária a experiência de bibliotecas e centros</p><p>comunitários com acesso livre à internet, embora o</p><p>entrave representado pelo divisor digital esteja</p><p>melhorando.</p><p>c) nos países não desenvolvidos e também nos países</p><p>desenvolvidos o acesso às ferramentas digitais é de</p><p>baixo custo para a maioria das pessoas.</p><p>d) o acesso às ferramentas digitais deve ser priorizado</p><p>até pelas famílias que têm dificuldades para se</p><p>alimentar.</p><p>e) os formatos de acesso às ferramentas digitais, no</p><p>Brasil, são “terrivelmente caros” para a maioria da</p><p>população.</p><p>Questão 12 - (Simulado)</p><p>Mudança</p><p>NA PLANÍCIE avermelhada os juazeiros alargavam</p><p>duas manchas verdes. Os infelizes �nham caminhado o</p><p>dia inteiro, estavam cansados e famintos. Ordinariamente</p><p>andavam pouco, mas como haviam repousado bastante</p><p>na areia do rio seco, a viagem progredira bem três léguas.</p><p>Fazia horas que procuravam uma sombra. A folhagem</p><p>dos juazeiros apareceu longe, através dos galhos pelados</p><p>da ca�nga rala.</p><p>Arrastaram-se para lá, devagar, Sinha Vitória com o</p><p>filho mais novo escanchado no quarto e o baú de folha</p><p>na cabeça, Fabiano sombrio, cambaio, o aió a �racolo, a</p><p>cuia pendurada numa correia presa ao cinturão, a</p><p>espingarda de pederneira no ombro. O menino mais</p><p>velho e a cachorra Baleia iam atrás. Os juazeiros</p><p>aproximaram-se, recuaram, sumiram-se. O menino mais</p><p>velho pôs-se a chorar, sentou-se no chão.</p><p>Disponível em:</p><p>h�ps://universosdepapellivros.wordpress.com/por�olio/</p><p>leia-agora-um-trecho-de-vidas-secas-graciliano-ramos/</p><p>Para se entender o trecho como uma unidade de sen�do,</p><p>é preciso que o leitor reconheça a ligação entre seus</p><p>elementos. Nesse texto, a coesão é, muitas vezes,</p><p>construída pelo uso da elipse. O fragmento do texto em</p><p>que há coesão por elipse do sujeito é:</p><p>a) “NA PLANÍCIE avermelhada os juazeiros alargavam</p><p>duas manchas verdes.”</p><p>b) “Os infelizes �nham caminhado o dia inteiro (...)”</p><p>c) “(...) a viagem progredira bem três léguas.”</p><p>d) “Arrastaram-se para lá, devagar, Sinha Vitória com o</p><p>filho mais novo (...)”</p><p>e) “Os juazeiros aproximaram-se, recuaram, sumiram-</p><p>se.”</p><p>Questão 13 - (Simulado)</p><p>Resolvo-me a contar, depois de muita hesitação, casos</p><p>passados há dez anos – e, antes de começar, digo os</p><p>mo�vos por que silenciei e por que me decido. Não</p><p>conservo notas: algumas que tomei foram inu�lizadas e,</p><p>assim, com o decorrer do tempo, ia-me parecendo cada</p><p>dia mais di�cil, quase impossível, redigir esta narra�va.</p><p>Além disso, julgando a matéria superior às minhas forças,</p><p>esperei que outros mais aptos se ocupassem dela. Não</p><p>vai aqui falsa modés�a, como adiante se verá. Também</p><p>me afligiu a ideia de jogar no papel criaturas vivas, sem</p><p>disfarces, com os nomes que têm no registro civil.</p><p>Repugnava-me deformá-las, dar-lhes pseudônimo, fazer</p><p>do livro uma espécie de romance; mas teria eu o direito</p><p>de u�lizá-las em história presumivelmente verdadeira?</p><p>Que diriam elas se se vissem impressas, realizando atos</p><p>esquecidos, repe�ndo palavras contestáveis e</p><p>obliteradas?</p><p>RAMOS, Graciliano. Memórias do cárcere. Rio de Janeiro:</p><p>Record, 2000, v.1, p. 33.</p><p>Considerando o seu contexto literário, social e histórico,</p><p>esse fragmento da obra Memórias do Cárcere, do autor</p><p>5@professorferretto @prof_ferretto</p><p>alagoano Graciliano Ramos,</p><p>a) inaugura a ficção psicológica que caracteriza a</p><p>produção romanesca do modernismo da década de 30</p><p>do século XX.</p><p>b) foca, de modo lírico, teses socialistas, o que faz do</p><p>romance de Graciliano Ramos um texto panfletário e</p><p>essencialmente ideológico.</p><p>c) é marcado pelo traço regionalista pitoresco e</p><p>român�co, que é retomado pelo autor em pleno</p><p>modernismo.</p><p>d) mostra, em linguagem concisa e lapidada, a tensão</p><p>entre o eu do escritor e o contexto que o compõe.</p><p>e) configura-se como uma narra�va de linguagem</p><p>hermé�ca e sintaxe complexa, de di�cil leitura.</p><p>Questão 14 - (Simulado)</p><p>A FLOR E A NÁUSEA</p><p>[…]</p><p>Crimes da terra, como perdoá-los?</p><p>Tomei parte em muitos, outros escondi.</p><p>Alguns achei belos, foram publicados.</p><p>Crimes suaves, que ajudam a viver.</p><p>Ração diária de erro, distribuída em casa.</p><p>Os ferozes padeiros do mal.</p><p>Os ferozes leiteiros do mal.</p><p>Pôr fogo em tudo, inclusive em mim.</p><p>Ao menino de 1918 chamavam anarquista.</p><p>Porém meu ódio é o melhor de mim.</p><p>Com ele me salvo e dou a poucos uma esperança</p><p>mínima.</p><p>[…]</p><p>ANDRADE, Carlos Drummond de. A flor e a náusea. A</p><p>Rosa do Povo. In: Reunião: 10 livros de poesia. 5. ed. Rio</p><p>de Janeiro: José Olympio,1973. p. 78.”</p><p>Disponível em: h�p://banco.agenciaoglobo.com.br/</p><p>Pages/DetalheDaImagem/ ?idimagem=28314</p><p>A foto mostra o aspecto da estátua de Carlos Drummond</p><p>de Andrade, localizada na cidade do Rio de Janeiro, com</p><p>destaque para os óculos danificados do monumento, em</p><p>decorrência de atos de vandalismo e dano ao patrimônio</p><p>público. No trecho do poema “A flor e a náusea”, por sua</p><p>vez, o eu lírico pergunta-se como se podem perdoar os</p><p>“crimes da terra” e divaga sobre crimes diversos daquele</p><p>de que sua estátua, muitos anos mais tarde, seria alvo.</p><p>Relacionando imagem e texto — a foto como denúncia e</p><p>defesa do patrimônio ar�s�co e cultural, do qual fazem</p><p>parte tanto a escultura quanto a poesia, e o poema como</p><p>uma forma de dar “a poucos uma esperança mínima” —</p><p>é possível afirmar que</p><p>a) a a�tude de vândalos diante da imagem do poeta</p><p>certamente seria perdoada por ele, já que se trata de</p><p>um “crime suave”, considerando que o eu lírico afirma:</p><p>“Tomei parte em muitos, outros escondi”.</p><p>b) a a�vidade do poeta de escrever pode tomar temas</p><p>diversos, como crimes ou erros co�dianos e, por meio</p><p>da arte literária, torná-los belos. Dessa forma, tanto o</p><p>poeta quanto o fotógrafo transformam o mal em</p><p>esperança.</p><p>c) os crimes, os erros e o ódio são elementos defendidos</p><p>por Drummond, pois sem eles o poeta não se salvaria,</p><p>tendo em vista que ele tomou parte em diversos</p><p>crimes quando menino, o que lhe rendeu o apelido de</p><p>anarquista.</p><p>d) o crime ilustrado na foto e os “Crimes suaves, que</p><p>ajudam a viver” podem ser interpretados da mesma</p><p>maneira, mas nem por isso serão facilmente</p><p>perdoados, tendo em vista a denúncia registrada no</p><p>poema e na foto.</p><p>e) o eu lírico, convencido de que o ódio é o melhor de si,</p><p>por meio do verso “Pôr fogo em tudo, inclusive em</p><p>mim”, reforça que teria a�tude semelhante,</p><p>destruindo uma estátua com a qual não concorda e</p><p>que não o representa.</p><p>Questão 15 - (Simulado)</p><p>Os poemas</p><p>Os poemas são pássaros que chegam</p><p>não se sabe de onde e pousam</p><p>no livro que lês.</p><p>Quando fechas o livro, eles alçam voo</p><p>como</p><p>de um alçapão.</p><p>Eles não têm pouso</p><p>nem porto;</p><p>alimentam-se um instante em cada</p><p>par de mãos e partem.</p><p>E olhas, então, essas tuas mãos vazias,</p><p>no maravilhado espanto de saberes</p><p>que o alimento deles já estava em �...</p><p>QUINTANA, Mário. Antologia Poé�ca. Porto Alegre:</p><p>L&PM Pocket, 2001, p. 104.</p><p>6@professorferretto @prof_ferretto</p><p>O poema indica suges�vamente o leitor como parte</p><p>fundamental no processo de construção de sen�do da</p><p>poesia. O verso que melhor representa essa tese é</p><p>a) “Os poemas são pássaros que chegam”.</p><p>b) “Quando fechas o livro, eles alçam voo”.</p><p>c) “Eles não têm pouso”.</p><p>d) “E olhas, então, essas tuas mãos vazias,”.</p><p>e) “que o alimento deles já estava em �...”.</p><p>Questão 16 - (Simulado)</p><p>As artes plás�cas refletem a forma de ver e encarar o</p><p>mundo de cada sociedade em seu dado tempo. O</p><p>Renascimento, por exemplo, representou uma</p><p>valorização de aspectos culturais e humanos, voltando-</p><p>se, essencialmente, para os modelos clássicos greco-</p><p>romanos. Em contrapar�da, há registros de pintores que,</p><p>fugindo de moldes clássicos, fizeram uma arte</p><p>desestabilizadora, que seria supervalorizada tempos</p><p>depois.</p><p>A obra que representa essa inovação de técnica e de</p><p>conteúdo é</p><p>a)</p><p>b)</p><p>c)</p><p>7@professorferretto @prof_ferretto</p><p>d)</p><p>e)</p><p>Questão 17 - (Simulado)</p><p>Em 1826, o pintor francês Jean-Bap�ste Debret, em</p><p>uma das mais expressivas obras que pintou no Rio de</p><p>Janeiro, O escravo do naturalista, registrou a par�cipação</p><p>dos escravos e auxiliares locais no trabalho de campo dos</p><p>naturalistas estrangeiros que, a par�r do início do século</p><p>19, percorreram várias partes do Brasil.</p><p>A contribuição das culturas na�vas para o</p><p>conhecimento cien�fico adquirido ou construído</p><p>pelos naturalistas quase sempre tem sido desconsiderada</p><p>pelos historiadores da ciência. A atenção destes é dirigida</p><p>para as observações e teorias daqueles, seus</p><p>instrumentos e métodos de trabalho e para as influências</p><p>polí�cas, filosóficas e econômicas em suas obras, com</p><p>frequência, eles descrevem as populações locais como</p><p>iletradas e ignorantes; porém, delas dependia, em boa</p><p>medida, o êxito das expedições dos naturalistas.</p><p>Em muitos trechos de seus relatos, cien�stas como</p><p>Alfred Wallace, Henry Bates e Louis Agassiz descrevem</p><p>como os habitantes locais contribuíram com</p><p>conhecimentos para o seu trabalho. Havia, é claro, o</p><p>previsível apoio logís�co e de infraestrutura, tais como o</p><p>fornecimento de alimentos, meios de transporte e outros</p><p>recursos materiais, bem como sua presença como guias,</p><p>carregadores, intérpretes e companhia pessoal. Muitas</p><p>vezes, porém – e é esse ponto que nos interessa –,</p><p>verifica-se também, por parte de indivíduos e</p><p>comunicantes locais, a transmissão de conhecimentos</p><p>ob�dos com a longa experiência na floresta. Esses</p><p>conteúdos viriam a ser sistema�zados pelos naturalistas,</p><p>deputados dentro da visão cien�fica predominante e</p><p>incorporados ao cabedal cien�fico universal.</p><p>(Adaptado de. MOREIRA, Ildeu de Castro. O escravo do</p><p>naturalista. Ciência Hoje, v. 31, n. 184, jul.2002.)</p><p>Considerando-se as operações de retomada de</p><p>informações do texto, há interdependência entre as</p><p>expressões</p><p>a) “Jean-Bap�ste Debret” e “O escravo do naturalista”.</p><p>b) “Rio de Janeiro” e “início do século 19”.</p><p>c) “naturalistas” e “daqueles”.</p><p>d) “eles” e “os habitantes locais”.</p><p>e) “indivíduos” e “naturalistas”.</p><p>Questão 18 - (Simulado)</p><p>A BIBLIOTECA DE BABEL</p><p>[…]</p><p>A escrita metódica me distrai da presente condição</p><p>dos homens. A certeza de que tudo está escrito nos anula</p><p>ou faz de nós fantasmas. Conheço distritos em que os</p><p>jovens se prosternam diante dos livros e beijam com</p><p>barbárie as páginas, mas não sabem decifrar uma única</p><p>letra. As epidemias, as discórdias heré�cas, as</p><p>peregrinações que inevitavelmente degeneram em</p><p>bandi�smo, dizimaram a população. Creio ter</p><p>mencionado os suicídios, cada ano mais frequentes.</p><p>Talvez a velhice e o medo me enganem, mas suspeito que</p><p>a espécie humana – a única – está em vias de ex�nção e</p><p>que a Biblioteca perdurará: iluminada, solitária, infinita,</p><p>8@professorferretto @prof_ferretto</p><p>perfeitamente imóvel, armada de volumes preciosos,</p><p>inú�l, incorrup�vel, secreta.</p><p>Acabo de escrever infinita. Não introduzi esse adje�vo</p><p>por hábito retórico; digo que não é ilógico pensar que o</p><p>mundo é infinito. Os que o julgam limitado postulam que</p><p>em lugares remotos os corredores e escadas e hexágonos</p><p>podem inconcebivelmente cessar – o que é absurdo. Os</p><p>que o imaginam sem limites esquecem que não é</p><p>ilimitado o número possível de livros. Eu me atrevo a</p><p>insinuar esta solução do an�go problema: “A Biblioteca é</p><p>ilimitada e periódica”. Se um viajante eterno a</p><p>atravessasse em qualquer direção, comprovaria ao cabo</p><p>de séculos que os mesmos volumes se repetem na</p><p>mesma desordem (que, repe�da, seria uma ordem: a</p><p>Ordem). Minha solidão se alegra com essa elegante</p><p>esperança.</p><p>[…]</p><p>BORGES, Jorge Luis. A biblioteca de Babel. In: Ficções. São</p><p>Paulo: Companhia das Letras, 2007. p. 78-79.</p><p>O conto "A biblioteca de Babel", do escritor argen�no</p><p>Jorge Luis Borges, trata, por meio da alegoria de uma</p><p>biblioteca que con�vesse todos os livros, da relação entre</p><p>o desejo infinito do homem por conhecimento e sua</p><p>condição finita. Nesse caso, o uso do gênero conto</p><p>permite ao autor</p><p>a) apresentar um pequeno relato fantasioso dos conflitos</p><p>de uma personagem fic�cia.</p><p>b) construir um enredo breve, u�lizando-se de relatos</p><p>pessoais e co�dianos.</p><p>c) criar uma narra�va breve e fantás�ca em que</p><p>realidade e imaginário se misturam.</p><p>d) desenvolver um relato sucinto e imagé�co sobre o</p><p>sen�do da biblioteca.</p><p>e) realizar uma crí�ca social das consequências da busca</p><p>humana por conhecimento.</p><p>Questão 19 - (Simulado)</p><p>A transparência na administração pública tem um</p><p>lado posi�vo, ao permi�r o acompanhamento das ações</p><p>e das despesas dos governos por parte dos cidadãos. Por</p><p>outro lado, a divulgação indiscriminada de informações,</p><p>especialmente associadas a indivíduos, pode levar a</p><p>maledicências, chantagens e exposição da privacidade</p><p>em aspectos irrelevantes para o interesse público.</p><p>Levando-se em conta as informações apresentadas,</p><p>sustenta-se a divulgação de dados referentes aos</p><p>indivíduos quando</p><p>a) exis�r alguma suspeita sobre alguém, já que “quem</p><p>não deve não teme”.</p><p>b) o indivíduo �ver come�do algum ato socialmente</p><p>ques�onável, mesmo que não seja ilegal.</p><p>c) se tratar de uma personalidade pública, como agente</p><p>do Estado, um ator famoso ou um grande espor�sta.</p><p>d) a pessoa es�ver associada com indivíduos sob</p><p>suspeita, já que ela pode estar envolvida no mesmo</p><p>�po de irregularidade.</p><p>e) houver envolvimento de dinheiro público, associando-</p><p>se claramente o valor e o propósito desses recursos.</p><p>Questão 20 - (Simulado)</p><p>Linhas tortas</p><p>Há uma literatura an�pá�ca e insincera que só usa</p><p>expressões corretas, só se ocupa de coisas agradáveis,</p><p>não se molha em dias de inverno e por isso ignora que há</p><p>pessoas que não podem comprar capas de borracha.</p><p>Quando a chuva aparece, essa literatura fica em casa,</p><p>bem aquecida, com as portas fechadas. [...] Acha que</p><p>tudo está direito, que o Brasil é um mundo e que somos</p><p>felizes. [...] Ora, não é verdade que tudo vá tão bem [...].</p><p>Nos algodoais e nos canaviais do Nordeste, nas</p><p>plantações de cacau e de café, nas cidadezinhas</p><p>decadentes do interior, nas fábricas, nas casas de</p><p>cômodos, nos pros�bulos, há milhões de criaturas que</p><p>andam aperreadas.</p><p>[...]</p><p>Os escritores atuais foram estudar o subúrbio, a</p><p>fábrica, o engenho, a prisão da roça, o colégio do</p><p>professor mambembe.</p><p>Para isso resignaram-se a abandonar o asfalto e o</p><p>café, [...] �veram a coragem de falar errado como toda</p><p>gente, sem dicionário, sem gramá�cas, sem manual de</p><p>retórica. Ouviram gritos, palavrões e meteram tudo nos</p><p>livros que escreveram.</p><p>RAMOS, Graciliano. Linhas tortas. 8.ª ed. São Paulo:</p><p>Record, 1980, p. 92/3.</p><p>A tese defendida pelo autor</p><p>9@professorferretto @prof_ferretto</p><p>a) condena comportamentos de escritores que usam</p><p>tudo em seus livros: palavrões, palavras erradas e</p><p>gritos.</p><p>b) evoca as inverdades que os autores atuais construíram</p><p>ao fazer um nacionalismo inócuo das culturas</p><p>nacionais e internacionais.</p><p>c) hipervaloriza uma literatura que resgate os aspectos</p><p>psicológico, simbólico e imaginário dos personagens</p><p>nacionais.</p><p>d) iden�fica o perigo de se construir uma literatura</p><p>engajada que busque na realidade social sua</p><p>inspiração e seu es�mulo.</p><p>e) reconhece o valor de uma literatura que resgate nossa</p><p>realidade social e que reforce a construção iden�tária</p><p>de uma memória nacional.</p><p>Questão 21 - (Simulado)</p><p>A coesão textual está relacionada às palavras e às frases</p><p>que compõem um texto. Esses componentes devem estar</p><p>conectados entre si por meio de dependências de ordem</p><p>grama�cal, como podemos perceber no trecho</p><p>a) “Tome, pensei em ficar com o troco (...)”, em que os</p><p>verbos destacados indicam coesão pela elipse de um</p><p>mesmo sujeito.</p><p>b) “(...) mas não consegui”, em que a conjunção</p><p>destacada estabelece uma relação de concessão com a</p><p>oração anterior.</p><p>c) “e tudo por causa do maldito inquilino (...), em que o</p><p>pronome destacado tem função catafórica, já que será</p><p>explicado posteriormente.</p><p>d) “(...) que começou a dizer (...)”, em que o pronome</p><p>destacado tem uma natureza anafórica e inicia uma</p><p>oração de natureza adje�va.</p><p>e) “(...) que não se faz (...)”, em que a conjunção</p><p>destacada retoma o verbo “dizer”, mantendo uma</p><p>relação de dependência sintá�ca.</p><p>Questão 22 - (Simulado)</p><p>Co�diano</p><p>Chico Buarque</p><p>Todo dia ela faz tudo sempre igual</p><p>Me sacode às seis horas da manhã</p><p>Me sorri um sorriso pontual</p><p>E me beija com a boca de hortelã</p><p>Todo dia ela diz que é pra eu me cuidar</p><p>E essas coisas que diz toda mulher</p><p>Diz que está me esperando pro jantar</p><p>E me beija com a boca de café</p><p>Todo dia eu só penso em poder parar</p><p>Meio-dia eu só penso em dizer não</p><p>Depois penso na vida pra levar</p><p>E me calo com a boca de feijão</p><p>Seis da tarde como era de se esperar</p><p>Ela pega e me espera no portão</p><p>Diz que está muito louca pra beijar</p><p>E me beija com a boca de paixão</p><p>Toda noite ela diz pra eu não me afastar</p><p>Meia-noite ela jura eterno amor</p><p>E me aperta pra eu quase sufocar</p><p>E me morde com a boca de pavor</p><p>Disponível em: h�ps://www.letras.mus.br/chico-</p><p>buarque/82001/</p><p>Valor semân�co é a significação ou o sen�do que uma</p><p>palavra, frase ou texto carrega em um determinado</p><p>contexto. O trecho que traz um termo destacado com</p><p>valor semân�co de instrumento é</p><p>a) Me sacode às seis horas da manhã</p><p>b) Diz que está me esperando pro jantar</p><p>c) E me calo com a boca de feijão</p><p>d) Seis da tarde como era de se esperar</p><p>e) E me morde com a boca de pavor</p><p>Questão 23 - (Simulado)</p><p>TEXTO I</p><p>José de Anchieta fazia parte da Companhia de Jesus,</p><p>veio ao Brasil aos 19 anos para catequizar a população</p><p>das primeiras cidades brasileiras e, como instrumento de</p><p>trabalho, escreveu manuais, poemas e peças teatrais.</p><p>TEXTO II</p><p>Todo o Brasil é um jardim em frescura e bosque e não</p><p>se vê em todo ano árvore nem erva seca. Os arvoredos se</p><p>vão às nuvens de admirável altura e grossura e variedade</p><p>de espécies. Muitos dão bons frutos e o que lhes dá graça</p><p>10@professorferretto @prof_ferretto</p><p>é que há neles muitos passarinhos de grande formosura e</p><p>variedades e em seu canto não dão vantagem aos</p><p>rouxinóis, pintassilgos, colorinos e canários de Portugal e</p><p>fazem uma harmonia quando um homem vai por este</p><p>caminho, que é para louvar o Senhor, e os bosques são</p><p>tão frescos que os lindos e ar�ficiais de Portugal ficam</p><p>muito abaixo.</p><p>ANCHIETA, José de. Cartas, informações, fragmentos</p><p>históricos e sermões do Padre Joseph de Anchieta. Rio de</p><p>Janeiro: S.J., 1933, 430-31 p.</p><p>A atenta leitura dos excertos atesta a preocupação do</p><p>jesuíta com o enaltecimento da religiosidade. No texto 2,</p><p>o autor exalta, ainda, a exuberância da fauna e da flora</p><p>nacionais por meio do(a)</p><p>a) uso da primeira pessoa para narrar a história de</p><p>pássaros e de bosques brasileiros, comparando-os aos</p><p>de Portugal.</p><p>b) criação de procedimentos �picos do discurso</p><p>argumenta�vo para defender a beleza dos pássaros e</p><p>dos bosques de Portugal.</p><p>c) descrição de elementos que valorizam o aspecto</p><p>natural dos bosques brasileiros, a variedade e o</p><p>encanto dos pássaros do Brasil.</p><p>d) u�lização de marcadores de cena do gênero dramá�co</p><p>para evidenciar a frescura dos bosques brasileiros e a</p><p>beleza dos rouxinóis.</p><p>e) uso tanto de caracterís�cas da narração quanto do</p><p>discurso argumenta�vo para convencer o leitor da</p><p>superioridade de Portugal em relação ao Brasil.</p><p>Questão 24 - (Simulado)</p><p>Ex-bbb e influenciador Nego Di, suspeito de estelionato, é</p><p>transferido para presídio no RS</p><p>Dilson Alves da Silva Neto par�cipou do Big Brother Brasil</p><p>em 2021 e causou mais de R$ 5 milhões de prejuízo a</p><p>clientes; ele vendia produtos por um preço abaixo do</p><p>mercado e não os entregava</p><p>15/07/2024 às 07:42</p><p>Talyssa Lima</p><p>O humorista e influenciador Nego Di, preso nesse</p><p>domingo (14), em Santa Catarina, foi levado sob custódia</p><p>para o Rio Grande do Sul, onde ocorre o processo em que</p><p>é acusado de estelionato. As inves�gações a par�r de</p><p>agora está entrando em uma nova fase, de ‘aprofundar a</p><p>questão patrimonial’, de acordo com o Chefe da Polícia</p><p>do RS, Delegado Fernando Sodré.</p><p>“Verificar a questão da lavagem de dinheiro, algum</p><p>�po de bem patrimonial, crime patrimonial envolvido”,</p><p>detalha Sodré, ao g1. Ainda conforme a PC, o prejuízo das</p><p>370 ví�mas no esquema liderado pelo humorista Dilson</p><p>Alves da Silva Neto, o Nego Di, ultrapassa a casa dos R$ 5</p><p>milhões de reais.</p><p>O humorista chegou a Porto Alegre no domingo (14),</p><p>após ser preso preven�vamente pela Polícia Civil do RS</p><p>na praia de Jurerê Internacional, em Florianópolis, Santa</p><p>Catarina. Na úl�ma sexta (12), ele havia sido alvo de uma</p><p>operação do Ministério Público por suspeita de lavagem</p><p>de dinheiro. Segundo Sodré, o humorista foi direcionado</p><p>para a Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan).</p><p>Dilson Alves da Silva Neto, mais conhecido como Nego</p><p>Di, par�cipou do Big Brother Brasil (BBB) em 2021. Ele</p><p>entrou como integrante do grupo Camarote, pois já</p><p>trabalhava como influenciador digital e comediante, e foi</p><p>o terceiro eliminado do programa, com 98,76%. O</p><p>trabalho nas redes sociais iniciou após o reality, quando o</p><p>ex-bbb promoveu rifas, divulgando no regulamento que</p><p>“quem comprar mais números” ganha o prêmio.</p><p>Nego Di já sofreu sanções da Jus�ça do Rio Grande do</p><p>Sul por divulgação de fake news em seus perfis nas redes</p><p>sociais. Em decisão em maio deste ano, o Tribunal de</p><p>Jus�ça (TJ), ele teve que apagar publicações sobre as</p><p>enchentes.</p><p>(...)</p><p>A Polícia Civil afirma que tentou por diversas vezes</p><p>in�mar Nego Di para prestar esclarecimentos, mas ele</p><p>nunca foi encontrado.</p><p>Antes da prisão, Nego Di se manifestou na sua conta</p><p>de X, o an�go Twi�er. “Estávamos preparados para o que</p><p>aconteceu ontem [sexta]. Nós sabíamos que iria</p><p>acontecer mais cedo ou mais tarde, e todo mundo sabe o</p><p>porquê do que aconteceu ontem”, escreveu ele.</p><p>h�ps://www.ita�aia.com.br/brasil/2024/07/15/ex-bbb-e-</p><p>influenciador-nego-di-suspeito-de-estelionato-e-</p><p>transferido-para-presidio-no-rs</p><p>Sobre os aspectos grama�cais do texto, é correto afirmar</p><p>que, no trecho</p><p>11@professorferretto @prof_ferretto</p><p>a) “(...) ele vendia produtos por um preço abaixo do</p><p>mercado e não os entregava”, a conjunção traz ideia</p><p>de oposição.</p><p>b) “As inves�gações a par�r de agora está entrando em</p><p>uma nova fase (...)”, verifica-se um caso específico de</p><p>concordância que permite o verbo no singular.</p><p>c) “após ser preso preven�vamente pela Polícia Civil do</p><p>RS na praia de Jurerê Internacional (...)”, verifica-se</p><p>uma oração que traz valor semân�co de causa.</p><p>d) Segundo Sodré, o humorista foi direcionado para a</p><p>Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan).”, as</p><p>preposições “segundo” e “para” trazem valores</p><p>semân�cos semelhantes.</p><p>e) “(...) e todo mundo sabe o porquê do que aconteceu</p><p>ontem(...)”, o termo “porquê”, poderia, de acordo com</p><p>a norma-padrão, ser u�lizado sem o acento</p><p>circunflexo.</p><p>Questão 25 - (Simulado)</p><p>Nos balões do 1.º e do 3.º quadrinhos, notam-se</p><p>caracterís�cas que demonstram a intenção do cartunista</p><p>em adotar uma</p><p>12@professorferretto @prof_ferretto</p><p>a) linguagem padrão na fala de Ataliba e do cien�sta, de</p><p>acordo com as regras grama�cais do português culto.</p><p>b) linguagem rebuscadamente</p><p>formal na fala do</p><p>cien�sta, com emprego de termos técnicos de sua</p><p>área de pesquisa cons�tuindo a variação diastrá�ca.</p><p>c) variante regional ou diatópica na fala de um dos</p><p>clones, �pica da região brasileira em que os meninos</p><p>nasceram e foram criados.</p><p>d) linguagem coloquial na fala dos dois personagens, sem</p><p>preocupação com as normas da língua, obje�vando</p><p>uma comunicação mais eficaz.</p><p>e) variação de registro ou diafásica, para dis�nguir o</p><p>discurso do cien�sta da fala dos garotos, pois são</p><p>personagens de gerações diferentes, em situações</p><p>comunica�vas dis�ntas.</p><p>Questão 26 - (Simulado)</p><p>TEXTO I</p><p>Em português, não há dúvida: a literatura é o</p><p>conjunto das produções feitas com base na criação de um</p><p>es�lo que é finalidade de si mesmo e não instrumento</p><p>para demonstração ou exposição. Mais restritamente, é o</p><p>conjunto de obras em es�lo literário que manifestam o</p><p>intuito de criar um objeto expressivo, fic�cio na maior</p><p>parte.</p><p>CANDIDO, Antonio. Introdução. O estudo analí�co do</p><p>poema. 4. ed. São Paulo: Humanitas, 2004. p. 18.</p><p>TEXTO II</p><p>[…]</p><p>Na medida em que a arte é […] um sistema simbólico</p><p>de comunicação inter-humana, ela pressupõe o jogo</p><p>permanente de relações entre os três [a obra, o autor e o</p><p>público], que formam uma tríade indissolúvel. O público</p><p>dá sen�do e realidade à obra, e sem ele o autor não se</p><p>realiza, pois ele é de certo modo o espelho que reflete a</p><p>sua imagem enquanto criador. Os ar�stas</p><p>incompreendidos, ou desconhecidos em seu tempo,</p><p>passam realmente a viver quando a posteridade define</p><p>afinal o seu valor. Deste modo, o público é fator de</p><p>ligação entre o autor e a sua própria obra. A obra, por sua</p><p>vez, vincula o autor ao público, pois o interesse deste é</p><p>inicialmente por ela, só se estendendo à personalidade</p><p>que a produziu depois de estabelecido aquele contacto</p><p>[sic] indispensável. Assim, à série autor-público-obra,</p><p>junta-se outra: autor-obra-público. Mas o autor, do seu</p><p>lado, é intermediário entre a obra, que criou, e o público,</p><p>a que se dirige; é o agente que desencadeia o processo,</p><p>definindo uma terceira série intera�va: obra-autor-</p><p>público. […]</p><p>CANDIDO, Antonio. Literatura e sociedade: Estudos de</p><p>teoria e história literária. 10. ed. Rio de Janeiro: Ouro</p><p>sobre Azul, 2008. p. 47-48.</p><p>O texto I apresenta uma definição de literatura, ao passo</p><p>que o texto II coloca a obra de arte, o autor e o leitor</p><p>como fatores de um sistema interdependente. Tendo em</p><p>vista esses conceitos, pode-se considerar que a literatura</p><p>a) é uma forma de arte eli�sta, feita por poucos e para</p><p>poucos, pois procura privilegiar um círculo pequeno,</p><p>limitado pelo autor que escreve e seu leitor alvo.</p><p>b) abrange toda e qualquer forma de expressão, ar�s�ca</p><p>ou não, em linguagem denota�va ou conota�va,</p><p>produzida verbal ou visualmente, para um público</p><p>ilimitado.</p><p>c) possui um papel humanís�co intrínseco, pois é</p><p>produzida por autores que têm em vista um público,</p><p>sem desconsiderar as obras e os autores que os</p><p>precederam.</p><p>d) depende mais do autor do que do público e das</p><p>demais obras que a compõem, pois, para que se</p><p>realize, basta que alguém a escreva para que um leitor</p><p>qualquer a leia.</p><p>e) ao contrário do sistema obra-autor-público, independe</p><p>de outros elementos externos, como a época e o meio</p><p>social, e não tem nenhuma função delimitada.</p><p>Questão 27 - (Simulado)</p><p>FIGURA 1</p><p>FIGURA 2</p><p>13@professorferretto @prof_ferretto</p><p>FIGURA 3</p><p>FIGURA 4</p><p>FIGURA 5</p><p>A arte musical desempenha diversas funções na</p><p>sociedade: educar, entreter, louvar, dominar, seduzir,</p><p>entre outras.</p><p>Considerando o trabalho do ar�sta em seu meio cultural,</p><p>é correto afirmar que a figura</p><p>a) 3 apresenta uma situação em que a música é usada</p><p>com fins terapêu�cos.</p><p>b) 1 retrata um contexto que ilustra o poder do som</p><p>produzido por um ser dominando outro ser.</p><p>c) 2 mostra a música em um contexto de exaltação</p><p>espiritual.</p><p>d) 4 ilustra uma a�vidade mundana que envolve a</p><p>música.</p><p>e) 5 traz um grupo desempenhando uma a�vidade</p><p>profissional.</p><p>Questão 28 - (Simulado)</p><p>Terça-feira, dia 23 de abril</p><p>Eu e Luisinha es�vemos conversando que foi preciso</p><p>mamãe adoecer para reconhecermos a maldade nossa</p><p>com Siá Ri�nha. Todos nós �nhamos uma birra dela tão</p><p>grande, que quando a víamos chegar já corríamos para a</p><p>cozinha para pôr a vassoura virada atrás da porta, e</p><p>púnhamos também sal no fogo para ela não demorar. A</p><p>nossa raiva toda era por ela vir sempre mexericar e dizer</p><p>a mamãe que não nos deixasse brincar de correr com as</p><p>nossas colegas pretas. Pois se nós sentamos na aula com</p><p>as pretas, por que não podíamos correr na rua? Foi bem</p><p>bom mamãe ter sido boa para ela. Agora ela tem sido tão</p><p>boa para mamãe, que eu a olho e fico mesmo admirada</p><p>de como eu a achava tão horrorosa. […]</p><p>MORLEY, Helena. Minha vida de menina. São Paulo:</p><p>Companhia de Bolso, 2017.</p><p>O excerto compõe a obra "Minha vida de menina", a</p><p>publicação do diário ín�mo de uma adolescente que</p><p>viveu em Diaman�na, Minas Gerais, no fim do século XIX,</p><p>pouco tempo depois da abolição da escravatura e da</p><p>Proclamação da República. Traços da personalidade da</p><p>adolescente ficam claros ao longo do texto, entre eles, a</p><p>a) falta de confiança em elementos da sabedoria popular.</p><p>b) an�pa�a por pessoas que haviam tratado mal sua</p><p>mãe.</p><p>c) natureza ques�onadora acerca da mentalidade da</p><p>época.</p><p>d) adesão a ideias vastamente disseminadas em seu</p><p>meio.</p><p>e) reprodução de discursos que lhe eram</p><p>contemporâneos.</p><p>Questão 29 - (Simulado)</p><p>Apesar da ciência, ainda é possível acreditar no sopro</p><p>divino – o momento em que o Criador deu vida até ao</p><p>14@professorferretto @prof_ferretto</p><p>mais insignificante dos micro-organismos?</p><p>Resposta de Dom Odilo Scherer, cardeal arcebispo de São</p><p>Paulo, nomeado pelo papa Bento XVI em 2007:</p><p>“Claro que sim. Estaremos falando sempre que, em</p><p>algum momento, começou a exis�r algo, para poder</p><p>evoluir em seguida. O ato do criador precede a</p><p>possibilidade de evolução: só evolui algo que existe. Do</p><p>nada, nada surge e evolui.”</p><p>LIMA, Eduardo. Testemunha de Deus. SuperInteressante,</p><p>São Paulo, n. 263-A, p. 9, mar. 2009 (com adaptações).</p><p>Resposta de Daniel Dennet, filósofo americano ateu e</p><p>evolucionista radical, formado em Harvard e Doutor por</p><p>Oxford:</p><p>“É claro que é possível, assim como se pode acreditar</p><p>que um super-homem veio para a Terra há 530 milhões</p><p>de anos e ajustou o DNA da fauna cambriana,</p><p>provocando a explosão da vida daquele período. Mas não</p><p>há razão para crer em fantasias desse �po.”</p><p>LIMA, Eduardo. Advogado do Diabo. SuperInteressante,</p><p>São Paulo, n. 263-A, p. 11, mar. 2009 (com adaptações).</p><p>Os dois entrevistados responderam a questões idên�cas,</p><p>e as respostas a uma delas foram reproduzidas aqui. Tais</p><p>respostas revelam opiniões opostas: um defende a</p><p>existência de Deus e o outro não concorda com isso. Para</p><p>defender seu ponto de vista,</p><p>a) o religioso ataca a ciência, desqualificando a Teoria da</p><p>Evolução, e o ateu apresenta comprovações cien�ficas</p><p>dessa teoria para derrubar a ideia de que Deus existe.</p><p>b) Scherer impõe sua opinião, pela expressão “claro que</p><p>sim”, por se considerar autoridade competente para</p><p>definir o assunto, enquanto Denne� expressa dúvida,</p><p>com expressões como “é possível”, assumindo não ter</p><p>opinião formada.</p><p>c) o arcebispo cri�ca a teoria do Design Inteligente,</p><p>pondo em dúvida a existência de Deus, e o ateu</p><p>argumenta com base no fato de que algo só pode</p><p>evoluir se, antes, exis�r.</p><p>d) o arcebispo usa uma lacuna da ciência para defender a</p><p>existência de Deus, enquanto o filósofo faz uma ironia,</p><p>sugerindo que qualquer coisa inventada poderia</p><p>preencher essa lacuna.</p><p>e) o filósofo u�liza dados históricos em sua</p><p>argumentação, ao afirmar que a crença em Deus é</p><p>algo primi�vo, criado na época cambriana, enquanto o</p><p>religioso baseia sua argumentação no fato de que</p><p>algumas coisas podem “surgir do nada”.</p><p>Questão 30 - (Simulado)</p><p>Poesia [Alguma poesia]</p><p>Carlos Drummond de Andrade</p><p>Gastei uma hora pensando um verso</p><p>que a pena não quer escrever.</p><p>No entanto ele está cá dentro</p><p>inquieto, vivo.</p><p>Ele está cá dentro</p><p>e não quer sair.</p><p>Mas a poesia deste momento</p><p>inunda minha vida inteira.</p><p>h�ps://api-assets-produc�on.s3.us-east-</p><p>1.amazonaws.com/aulusmm/files/2017/09/POESIA.pdf</p><p>A locução conjun�va “no entanto” e a conjunção “mas”</p><p>poderiam ser subs�tuídas, sem incorreção grama�cal</p><p>nem prejuízo de sen�do, por:</p><p>a) “todavia” e “porquanto”, respec�vamente.</p><p>b) “embora” e “porém”, respec�vamente.</p><p>c) “conquanto” e “porquanto”, respec�vamente.</p><p>d) “não obstante” e “entretanto”, respec�vamente.</p><p>e) “posto que” e “porquanto”, respec�vamente.</p><p>Questão 31 - (Simulado)</p><p>TEXTO I</p><p>Ser bro�nho não é viver em um píncaro azulado; é muito</p><p>mais! Ser bro�nho é sorrir bastante dos homens e rir</p><p>interminavelmente das mulheres, rir como se o ridículo,</p><p>visível ou invisível, provocasse uma tosse de riso</p><p>irresis�vel.</p><p>CAMPOS, Paulo Mendes. Ser bro�nho. In: SANTOS,</p><p>Joaquim Ferreira dos (Org.). As cem melhores crônicas</p><p>brasileiras. Rio de Janeiro: Obje�va, 2005. p. 91.</p><p>TEXTO II</p><p>Ser gagá não é viver apenas nos idos do passado: é muito</p><p>mais! É saber que todos os amigos já morreram e os que</p><p>teimam em viver são entrevados. É sorrir,</p><p>interminavelmente, não por necessidade interior, mas</p><p>porque a boca não fecha ou a dentadura é maior que a</p><p>arcada.</p><p>FERNANDES, Millôr. Ser gagá. In: SANTOS, Joaquim</p><p>Ferreira dos (Org.). As cem melhores crônicas brasileiras.</p><p>Rio de Janeiro: Obje�va, 2005. p. 225.</p><p>Os dois fragmentos textuais valem-se dos mesmos</p><p>recursos expressivos para definir as fases da vida, entre</p><p>eles,</p><p>15@professorferretto @prof_ferretto</p><p>a) termos coloquiais com significados semelhantes.</p><p>b) ênfase no aspecto contraditório da vida dos seres</p><p>humanos.</p><p>c) recursos específicos de textos escritos em linguagem</p><p>formal.</p><p>d) expressões denota�vas que se realizam com sen�do</p><p>obje�vo.</p><p>e) metalinguagem que explica comicamente o sen�do de</p><p>palavras.</p><p>Questão 32 - (Simulado)</p><p>A humanidade conseguiu desenvolver sistemas</p><p>simbólicos (códigos) para u�lizá-los em situações</p><p>específicas de interlocução. A necessidade de criar</p><p>disposi�vos que permi�ssem o diálogo em momentos</p><p>e/ou lugares dis�ntos levou à adoção universal de alguns</p><p>desses sistemas. Considerando que a interpretação de</p><p>textos codificados depende da sintonia e da sincronia</p><p>entre o emissor e o receptor, pode-se afirmar que a</p><p>a) recepção das mensagens que u�lizam o sistema</p><p>simbólico da figura 1 pode ser feita horas depois de</p><p>sua emissão.</p><p>b) recepção de uma mensagem codificada com o auxílio</p><p>do sistema simbólico mostrado na figura 2 independe</p><p>do momento de sua emissão.</p><p>c) mensagem que é mostrada na figura 4 será</p><p>decodificada sem o auxílio da língua falada.</p><p>d) figura 3 mostra um sistema simbólico cuja criação é</p><p>anterior à criação do sistema mostrado na figura 2.</p><p>e) figura 4 representa um sistema simbólico que recorre</p><p>à u�lização do som para a transmissão das</p><p>mensagens.</p><p>Questão 33 - (Simulado)</p><p>Sempre cri numa espécie de organicidade da</p><p>assimilação de informações, e faço questão de tratar com</p><p>naturalidade a acumulação de cultura, retendo dos livros,</p><p>das aulas, das canções, somente o que me for congenial,</p><p>e transmi�ndo somente o que já es�ver em mim</p><p>incorporado.</p><p>VELOSO, Caetano. Verdade tropical. São Paulo:</p><p>Companhia das Letras, 2008.</p><p>O relato de Caetano Veloso nos permite pensar em uma</p><p>sistema�zação de como pode funcionar o processo de</p><p>criação de uma obra. Marque a alterna�va que melhor</p><p>descreve o fluxo cria�vo, conforme relatado pelo autor</p><p>em seu livro "Verdade tropical".</p><p>a) O ar�sta, por meio da assimilação de referências</p><p>culturais (aulas, livros), é capaz de criar uma obra</p><p>nova, conforme sua própria essência, transmi�ndo</p><p>informações por ele incorporadas.</p><p>b) Por organicidade da assimilação de informações, o</p><p>cantor entende que tudo o que se absorve em um</p><p>processo de criação precisa ter, em si, um aspecto</p><p>biológico, cien�fico.</p><p>c) O cantor acha muito natural que uma pessoa saiba</p><p>muitos livros e canções de cor; tal pessoa seria um</p><p>grande ar�sta em potencial, por causa de sua</p><p>capacidade de acumulação cultural.</p><p>d) É preciso ler muitos livros, assis�r a muitas aulas e</p><p>ouvir muitas canções, que deverão ser analisadas e</p><p>compreendidas, para que algo possa ser transmi�do.</p><p>Do contrário, a arte é impossível.</p><p>e) A acumulação de cultura só pode ser ob�da por meio</p><p>de uma vasta quan�dade de leituras, escutas atentas</p><p>de músicas e par�cipações em diversas aulas.</p><p>Questão 34 - (Simulado)</p><p>O American Idol islâmico</p><p>16@professorferretto @prof_ferretto</p><p>Quem não gosta do Big Brother diz que os reality</p><p>shows são programas vazios, sem cultura. No mundo</p><p>árabe, esse problema já foi resolvido: em The Millions’</p><p>Poet (“O Poeta dos Milhões”), líder de audiência no golfo</p><p>pérsico, o prêmio vai para o melhor poeta. O programa,</p><p>que é transmi�do pela Abu Dhabi TV e tem 70 milhões de</p><p>espectadores, é uma compe�ção entre 48 poetas de 12</p><p>países árabes – em que o vencedor leva um prêmio de</p><p>US$ 1,3 milhão.</p><p>Mas lá, como aqui, o reality gera controvérsia.</p><p>O BBB teve a polêmica dos “coloridos” (grupo em que</p><p>todos os par�cipantes eram homossexuais). E Millions’</p><p>Poet detonou uma discussão sobre os direitos da mulher</p><p>no mundo árabe.</p><p>GARATTONI, B. O American Idol islâmico.</p><p>SuperInteressante. Edição 278, maio 2010 (fragmento).</p><p>No trecho “Mas lá, como aqui, o reality gera</p><p>controvérsia”, o termo destacado foi u�lizado para</p><p>estabelecer uma ligação com outro termo presente no</p><p>texto, isto é, fazer referência ao</p><p>a) vencedor, que é um poeta árabe.</p><p>b) poeta, que mora na região da Arábia.</p><p>c) mundo árabe, local em que há o programa.</p><p>d) Brasil, lugar onde há o programa BBB.</p><p>e) programa, que há no Brasil e na Arábia.</p><p>Questão 35 - (Simulado)</p><p>ACHADAS E PERDIDAS?</p><p>[…]</p><p>Pergunto-me por que con�nuamos usando essa</p><p>expressão “bala perdida”. Afinal, perdido é aquilo que</p><p>sumiu, que não mais conseguimos encontrar. E as balas</p><p>perdidas sabemos muito bem onde vão parar. Só no</p><p>prédio de Cazarré a polícia recolheu cinco delas, sendo</p><p>que uma estava encravada na cabeceira da cama do</p><p>subsíndico José Carlos Freire, a um palmo da sua cabeça.</p><p>[…] Usa-se a palavra “perdida” também no sen�do de</p><p>distante, longínqua. Mas bem gostaríamos que as balas</p><p>perdidas es�vessem distantes. Antes aparentemente</p><p>longínquas porque limitadas às áreas de bandidagem,</p><p>estão se aproximando a cada dia, varando nossas</p><p>vidraças e nossa serenidade. Bala perdida, hoje, é</p><p>justamente aquela mais próxima do que todas as outras,</p><p>a que nos a�nge. […]</p><p>COLASANTI, Marina. Achadas e perdidas. Releituras.</p><p>Disponível em: Disponível em:</p><p>h�p://www.releituras.com/mcolasan�_menu.asp.</p><p>Acesso em: 02 jul. 2024.</p><p>O texto cri�ca o uso da expressão “bala perdida”. Essa</p><p>crí�ca é percep�vel</p><p>a) na maneira como a autora reprova a relação</p><p>estabelecida entre os termos “bala” e “perdida”, por</p><p>indicarem a presença de humor na referência aos</p><p>trágicos acidentes, cada vez mais próximos, causados</p><p>por �roteios.</p><p>b) no modo como a autora ques�ona o uso da palavra</p><p>“perdida” por não definir bem o problema das balas</p><p>perdidas, pois elas estão tragicamente presentes, e</p><p>não ausentes como o termo “perdida” indica.</p><p>c) na maneira como a autora censura a aplicação do</p><p>termo “perdida” ao termo “bala”, já que o uso isolado</p><p>da palavra “bala” seria sufi ciente para designar os</p><p>trágicos acidentes decorrentes de �roteio.</p><p>d) na forma que a autora põe em questão o uso da</p><p>expressão “bala perdida”, uma vez que o fenômeno,</p><p>cada vez mais comum, de acidentes decorrentes de</p><p>�roteio é a única causa da popularização da</p><p>expressão.</p><p>e) no modo como a autora debate o uso da palavra</p><p>“bala” na designação dos acidentes de bala perdida,</p><p>dado que a expressão não deveria se referir ao</p><p>projé�l, mas ao agente que par�cipou desse</p><p>fenômeno.</p><p>Questão 36 - (Simulado)</p><p>Onde ficam os "ar�stas"? Onde ficam os "artesãos"?</p><p>Submergidos no interior da sociedade, sem</p><p>reconhecimento formal, esses grupos passam a ser vistos</p><p>de diferentes perspec�vas pelos seus intérpretes, a</p><p>maioria das vezes, engajados em discussões que se</p><p>polarizam entre artesanato, cultura erudita e cultura</p><p>popular.</p><p>PORTO ALEGRE, M. S. Arte e o�cio de artesão. São Paulo,</p><p>1985 (adaptado).</p><p>O microtexto apresentado levanta uma discussão an�ga e</p><p>recorrente sobre o que é arte. Artesanato é arte ou não?</p><p>Levando</p><p>em conta uma tendência inclusiva sobre a</p><p>relação entre arte e educação,</p><p>17@professorferretto @prof_ferretto</p><p>a) o artesanato representa uma composição do passado</p><p>e tem sua sobrevivência fadada à ex�nção por se</p><p>tratar de trabalho está�co produzido por poucos.</p><p>b) os ar�stas populares não têm capacidade de pensar e</p><p>conceber a arte intelectual, visto que muitos deles</p><p>sequer dominam a leitura.</p><p>c) o ar�sta popular e o artesão, dotados de saber cultural</p><p>empírico, têm a capacidade de exprimir, em seus</p><p>trabalhos, determinada formação cultural.</p><p>d) tanto os ar�stas populares quanto os ar�stas eruditos</p><p>produzem suas obras pautados em normas técnicas e</p><p>educacionais rígidas, aprendidas em escolas</p><p>preparatórias.</p><p>e) o artesanato tem seu sen�do limitado à região em que</p><p>está inserido como uma produção par�cular, sem</p><p>expansão de seu caráter cultural.</p><p>Questão 37 - (Simulado)</p><p>Anatomia</p><p>Qual a matéria do poema?</p><p>A fúria do tempo com suas unhas e algemas?</p><p>Qual a semente do poema?</p><p>A fornalha da alma com os seus divinos dilemas?</p><p>Qual a paisagem do poema?</p><p>A selva da língua com suas feras e fonemas?</p><p>Qual o des�no do poema?</p><p>O poço da página com suas pedras e gemas?</p><p>Qual o sen�do do poema?</p><p>O sol da semân�ca com suas sombras pequenas?</p><p>Qual a pátria do poema?</p><p>O caos da vida e a vida apenas?</p><p>CAETANO, A. Disponível em:</p><p>www.antoniomiranda.com.br.</p><p>No poema, uma das funções da linguagem u�lizadas</p><p>concentra-se no código e u�liza-o para falar sobre ele</p><p>mesmo. Isso caracteriza o uso da função</p><p>a) fá�ca, já que há uso de repe�das perguntas retóricas.</p><p>b) referencial, explicitada pelas dúvidas que inquietam o</p><p>eu lírico.</p><p>c) poé�ca, pelos usos que se fazem das figuras de</p><p>linguagem.</p><p>d) metalinguís�ca, pelo fato de o poema falar de si</p><p>mesmo como linguagem.</p><p>e) emo�va, pela prevalência do sen�do poé�co como</p><p>inquietação existencial.</p><p>Questão 38 - (Simulado)</p><p>TEXTO I</p><p>Se eu tenho de morrer na flor dos anos,</p><p>Meu Deus! não seja já;</p><p>Eu quero ouvir na laranjeira, à tarde,</p><p>[Cantar o sabiá!</p><p>Meu Deus, eu sinto e bem vês que eu morro</p><p>[Respirando esse ar;</p><p>Faz que eu viva, Senhor! dá-me de novo</p><p>[Os gozos do meu lar!</p><p>Dá-me os sí�os gen�s onde eu brincava</p><p>[Lá na quadra infan�l;</p><p>Dá que eu veja uma vez o céu da pátria,</p><p>[O céu de meu Brasil!</p><p>Se eu tenho de morrer na flor dos anos,</p><p>Meu Deus! Não seja já!</p><p>Eu quero ouvir cantar na laranjeira, à tarde,</p><p>[Cantar o sabiá!</p><p>ABREU, C. Poetas român�cos brasileiros. São Paulo:</p><p>Scipione, 1993.</p><p>TEXTO II</p><p>A ideologia român�ca, argamassada ao longo do</p><p>século XVIII e primeira metade do século XIX, introduziu-</p><p>se em 1836. Durante quatro decênios, imperaram o “eu”,</p><p>a anarquia, o liberalismo, o sen�mentalismo, o</p><p>nacionalismo, através da poesia, do romance, do teatro e</p><p>do jornalismo (que fazia sua aparição nessa época).</p><p>MOISÉS, M. A literatura brasileira através dos textos. São</p><p>Paulo: Cultrix, 1971 (fragmento).</p><p>Levando em conta as ponderações do estudioso da</p><p>literatura brasileira Massaud Moisés no Texto II, o Texto I</p><p>centra-se no(a)</p><p>a) impera�vo do “eu”, reforçando a ideia de que estar</p><p>longe do Brasil é uma forma de estar bem, já que o</p><p>país sufoca o eu lírico.</p><p>b) ufanismo, acentuado pela distância da pátria e pelo</p><p>saudosismo em relação à paisagem agradável na qual</p><p>o eu lírico vivera a infância.</p><p>c) liberdade formal, que se manifesta na opção por</p><p>versos sem métrica rigorosa e temá�ca voltada para o</p><p>nacionalismo.</p><p>d) fazer dadaísta, que entendia a poesia como negação</p><p>do passado e da vida, seja pelas opções formais, seja</p><p>pelos temas.</p><p>e) exacerbação sen�mental, por meio do qual se reforça</p><p>a alegria presente em oposição à infância, marcada</p><p>pela melancolia.</p><p>Questão 39 - (Simulado)</p><p>18@professorferretto @prof_ferretto</p><p>Isto é Regulação?</p><p>“Ao persis�rem os sintomas, o médico deverá ser</p><p>consultado. Isto é regulação? Resultado da dissertação de</p><p>Mestrado defendida no Ins�tuto de Medicina Social da</p><p>UERJ, o livro analisa os interesses da indústria</p><p>farmacêu�ca, agências de publicidade e empresas de</p><p>comunicação que obje�vam elevar o consumo perigoso e</p><p>irracional de medicamentos no Brasil. A obra analisa 100</p><p>peças publicitárias para grande público, compara seus</p><p>conteúdos com as disposições reguladoras da Anvisa e</p><p>demonstra a fragilidade da legislação criada para</p><p>proteger a população dos riscos sanitários, cuja</p><p>consequência faz com que os medicamentos sejam a</p><p>principal causa de intoxicação humana no país”.</p><p>h�ps://alvaronascimento.com.br/isto-e-regulacao/</p><p>A oração “Ao persis�rem os sintomas” traz uma</p><p>inadequação e deveria ser reescrita como “A persis�rem</p><p>os sintomas”. A explicação está no fato de que o uso de</p><p>“ao” mais um verbo no infini�vo remete à ideia de</p><p>tempo, todavia, nesse caso, a ideia pretendida é de</p><p>a) condição, pois só se consultará o médico caso os</p><p>sintomas persistam.</p><p>b) finalidade, pois o obje�vo de se consultar um médico</p><p>é finalizar os sintomas.</p><p>c) proporção, pois à medida que os sintomas persistem, o</p><p>médico deve ser consultado.</p><p>d) conformidade, pois a consulta com um médico está de</p><p>acordo com a persistência dos sintomas.</p><p>e) consequência, pois a persistência dos sintomas</p><p>acarretam a necessidade de uma nova consulta.</p><p>Questão 40 - (Simulado)</p><p>CURRÍCULO</p><p>Iden�ficação Pessoal</p><p>[Nome Completo]</p><p>Brasileiro, [Estado Civil], [Idade] anos</p><p>[Endereço – Rua/Av. + Número + Complemento]</p><p>[Bairro] – [Cidade] – [Estado]</p><p>Telefone: [Telefone com DDD] / E-mail: [E-mail]</p><p>Obje�vo</p><p>[Cargo pretendido]</p><p>Formação</p><p>Experiência Profissional</p><p>[Período] – Empresa</p><p>Cargo:</p><p>Principais a�vidades:</p><p>Qualificação Profissional</p><p>[Descrição] ([Local], conclusão em [Ano de Conclusão do</p><p>Curso ou A�vidade]).</p><p>Informações Adicionais</p><p>[Descrição Informação Adicional]</p><p>A tenta�va de integração ao mercado formal de trabalho</p><p>faz parte da vida de jovens e de adultos. Para tanto, faz-</p><p>se necessário estruturar o currículo adequadamente. A</p><p>parte da estrutura do currículo em que deve ser inserido</p><p>o fato de você ter sido premiado com o �tulo de “Aluno</p><p>Destaque do Ensino Médio – Menção Honrosa” é</p><p>denominada de</p><p>a) Iden�ficação Pessoal.</p><p>b) Formação Acadêmica.</p><p>c) Experiência Profissional.</p><p>d) Informações Adicionais.</p><p>e) Qualificação Profissional.</p><p>Questão 41 - (Simulado)</p><p>19@professorferretto @prof_ferretto</p><p>A imagem do herói clássico na Literatura é a de pleno</p><p>virtuosismo e coragem, uma figura vista de forma</p><p>elevada pelos demais. Nada nem ninguém pode detê-lo;</p><p>ele sempre vence e é símbolo de jus�ça e de força �sica.</p><p>Na modernidade, os heróis, embora com algumas</p><p>diferenças, ainda mantêm esse ideal de coragem e</p><p>jus�ça. A �rinha anterior, no entanto, ressignifica o papel</p><p>do herói ao</p><p>a) colocá-lo em um cenário do dia a dia para solucionar</p><p>os crimes domés�cos.</p><p>b) criar uma metáfora comparando a teia a um varal para</p><p>estender roupas.</p><p>c) ter as virtudes �picas do herói clássico, embora</p><p>ambientado na cidade grande.</p><p>d) demonstrar que o Homem-Aranha perdeu os seus</p><p>poderes e não combate mais o crime.</p><p>e) inseri-lo em contexto co�diano e comum de resolução</p><p>de tarefas domés�cas.</p><p>Questão 42 - (Simulado)</p><p>Em torno do ano de 700 a.C., surgiu um importante</p><p>invento na Grécia: o alfabeto. Com isso, tornou-se</p><p>possível o preenchimento da lacuna entre o discurso</p><p>falado e o escrito. Esse momento histórico foi preparado</p><p>ao longo de aproximadamente três mil anos de evolução</p><p>e da comunicação não alfabé�ca até a sociedade grega</p><p>alcançar o que Havelock chama de um novo estado de</p><p>espírito, “o espírito alfabé�co”, que originou uma</p><p>transformação qualita�va da comunicação humana. As</p><p>tecnologias da informação com base na eletrônica</p><p>(inclusive a imprensa eletrônica) apresentam uma</p><p>capacidade de armazenamento. Hoje, os textos</p><p>eletrônicos permitem flexibilidade e feedback, interação</p><p>e reconfiguração de texto muito maiores e, dessa forma,</p><p>também alteram o próprio processo de comunicação.</p><p>CASTELLS, M. A. Era da informação: economia, sociedade</p><p>e cultura. São Paulo: Paz e Terra, 1999 (adaptado).</p><p>Com o advento do alfabeto, ocorreram, ao longo da</p><p>história, várias consequências de natureza socioculturais.</p><p>Com a Internet, as transformações na comunicação</p><p>humana resultam</p><p>do(a)</p><p>a) descoberta da mídia impressa, por meio da produção</p><p>de livros, revistas e jornais.</p><p>b) esvaziamento da cultura alfabe�zada, que, na era da</p><p>informação, está centrada no mundo dos sons e das</p><p>imagens.</p><p>c) ruptura das fronteiras do espaço-tempo na integração</p><p>das modalidades escrita, oral e audiovisual.</p><p>d) audiência da informação difundida por meio das</p><p>mídias tradicionais, cuja dinâmica favorece o</p><p>crescimento da eletrônica.</p><p>e) penetrabilidade da informação visual, predominante</p><p>na mídia impressa, meio de comunicação de massa.</p><p>Questão 43 - (Simulado)</p><p>[…] Capitu caminhou até a orla do mar, o mar que até</p><p>então es�vera tranquilo, espelho noturno a recolher a luz</p><p>da lua, mas que de repente pusera-se agitado, inquieto,</p><p>as ondas turbilhonando à distância, numa linha</p><p>perfeitamente reta do ponto onde Capitu, imóvel,</p><p>contemplava a agitação com olhos de ressaca. E dentro</p><p>do remoinho fez-se uma luminosidade crescente, como</p><p>se o sol subisse das profundezas do oceano. Mas o sol é</p><p>redondo e o que se ergueu dentre as ondas �nha a</p><p>aparência achatada de dois pratos colados, um de boca</p><p>para o outro. Um disco, enfim. Um disco, tal e qual</p><p>descrevera a falecida Sancha, tal e qual vislumbrara �o</p><p>Cosme, como que surgido para vingá-los de todos os que</p><p>haviam duvidado de suas palavras, entre os quais</p><p>contava-me eu, ora atônito, hirto, qualquer incredulidade</p><p>esquecida diante do portentoso espetáculo.</p><p>MANFREDI, Lucio. Dom Casmurro e os discos voadores.</p><p>São Paulo: Leya, 2010, p. 219-220.</p><p>O trecho anterior foi extraído de um mashup literário,</p><p>termo que define a mistura de enredos de livros clássicos</p><p>a elementos caracterís�cos de histórias contemporâneas.</p><p>Dada a relação específica que estabelece com a história</p><p>machadiana de "Dom Casmurro", tal texto tem por</p><p>finalidade</p><p>20@professorferretto @prof_ferretto</p><p>a) sa�rizar um escritor considerado an�quado por meio</p><p>da inserção de temas da ficção cien�fica.</p><p>b) introduzir novos leitores à literatura clássica ao colocá-</p><p>los em contato com partes da obra original.</p><p>c) desconstruir a cons�tuição fantasiosa do original a</p><p>par�r do uso da linguagem denota�va das ciências.</p><p>d) metaforizar o relacionamento dos personagens do</p><p>original pela figura cosmológica do disco.</p><p>e) parodiar a lógica da ficção machadiana por meio de</p><p>elementos da realidade do século XXI.</p><p>Questão 44 - (Simulado)</p><p>O rap, palavra formada pelas iniciais de rhythm and</p><p>poetry (ritmo e poesia), junto com as linguagens da</p><p>dança (o break dancing) e das artes plás�cas (o grafite),</p><p>seria difundido, para além dos guetos, com o nome de</p><p>cultura hip hop. O break dancing surge como uma dança</p><p>de rua. O grafite nasce de assinaturas inscritas pelos</p><p>jovens com sprays nos muros, trens e estações de metrô</p><p>de Nova York. As linguagens do rap, do break dancing e</p><p>do grafite se tornaram os pilares da cultura hip hop.</p><p>DAYRELL, J. A música entra em cena: o rap e o funk na</p><p>socialização da juventude. Belo Horizonte: UFMG. 2005</p><p>(adaptado).</p><p>Entre as manifestações da cultura hip hop apontadas no</p><p>texto, o break se caracteriza como um �po de dança que</p><p>representa aspectos contemporâneos por meio de</p><p>movimentos,</p><p>a) re�líneos, como crí�ca aos indivíduos alienados em</p><p>seus contextos sociais.</p><p>b) não sincronizados, como manifestação esté�ca da</p><p>dinâmica da vida urbana.</p><p>c) suaves, como sinônimo da ro�na dos espaços públicos</p><p>não ocupados pela população.</p><p>d) ritmados pela sola dos sapatos, como símbolo de</p><p>protesto e engajamento.</p><p>e) não cadenciados, como contestação às rápidas</p><p>mudanças culturais e socioambientais.</p><p>Questão 45 - (Simulado)</p><p>Maldades contra Machado</p><p>ENTRE OS TERRÍVEIS efeitos da crise econômica global</p><p>está o de prejudicar as fes�vidades rela�vas ao</p><p>centenário da morte de Machado de Assis, ocorrido na</p><p>segunda-feira 29 de setembro, quando os mercados</p><p>desabaram no mundo inteiro. Não é a primeira vez, nem</p><p>a segunda, que Machado de Assis se vê atropelado pelos</p><p>eventos da economia.</p><p>A primeira humilhação mais fundamental teve a ver</p><p>com o patrimônio que deixou para seus herdeiros. Em</p><p>julho de 1898, temendo por sua saúde, escreveu um</p><p>testamento, deixando para Carolina, sua esposa, entre</p><p>outros bens, 7.000 contos em �tulos da dívida pública do</p><p>emprés�mo nacional de 1895. Esses �tulos entraram em</p><p>moratória pouco antes da data desse testamento.</p><p>Em 1906, com a morte de Carolina, Machado</p><p>escreveu um novo testamento, declarando possuir não</p><p>mais 7, mas 12 apólices do emprés�mo de 1895, ou seja,</p><p>as sete originais mais �tulos novos que recebeu pelos</p><p>juros e principal não pagos.</p><p>A moratória perdurou até 1910, quando a nova</p><p>herdeira, a menina Laura, filha de sua sobrinha, começou</p><p>a receber juros. Em 1914, uma nova moratória</p><p>interrompe os pagamentos até 1927, e novamente em</p><p>1931. Depois de alguns pagamentos em 1934, veio um</p><p>"calote" completo em 1937. Nos 40 anos entre 1895 e</p><p>1935, menos de 18% do emprés�mo foi amor�zado, e os</p><p>juros foram pagos apenas em 12 anos.</p><p>O Estado a que Machado serviu e honrou ao longo de</p><p>sua vida devastou-lhe a herança, a pecuniária ao menos,</p><p>com essa sucessão de "calotes". E, a par�r de 1943,</p><p>quando os pagamentos foram retomados, a inflação</p><p>funcionou como uma crueldade superveniente, pois os</p><p>�tulos não �nham correção monetária.</p><p>Como se não bastasse a desfeita, ou para tentar uma</p><p>compensação, em 1987, resolvemos homenagear</p><p>Machado de Assis em uma cédula de mil cruzados. A</p><p>cédula foi colocada em circulação em 29 de setembro de</p><p>1987, exatos 79 anos da morte do escritor, e nesse dia</p><p>valia pouco menos de US$ 20.</p><p>Em 16 de janeiro de 1989, em consequência do Plano</p><p>Verão e da mudança do padrão monetário, Machado</p><p>recebe um vergonhoso carimbo triangular cortando-lhe</p><p>três zeros: a cédula agora correspondia a um cruzado</p><p>novo, que nascia valendo cerca de US$ 1, conforme a</p><p>cotação oficial. No "paralelo" valia bem menos.</p><p>Em 31 de outubro de 1990, depois de três anos de</p><p>militância, a cédula com Machado deixa de circular por</p><p>valer menos de um centavo de dólar. Só se pode imaginar</p><p>o que Machado diria disso tudo.</p><p>h�ps://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/</p><p>fz0410200806.htm</p><p>“Em julho de 1898, temendo por sua saúde, escreveu um</p><p>testamento, deixando para Carolina, sua esposa, entre</p><p>outros bens, 7.000 contos em �tulos da dívida pública do</p><p>emprés�mo nacional de 1895.” A oração destacada</p><p>poderia ser reescrita, mantendo o valor semân�co</p><p>original, da seguinte maneira:</p><p>21@professorferretto @prof_ferretto</p><p>a) se temesse por sua saúde.</p><p>b) já que temia por sua saúde.</p><p>c) enquanto temia por sua saúde.</p><p>d) embora temesse por sua saúde.</p><p>e) a fim de que temesse por sua saúde.</p><p>Questão 46 - (Simulado)</p><p>Quando a propaganda é decisiva na troca de marcas</p><p>Todo supermercadista sabe que, quando um produto</p><p>está na mídia, a procura pelos consumidores aumenta.</p><p>Mas, em algumas categorias, a influência da propaganda</p><p>é maior, de acordo com pesquisa feita com 400 pessoas</p><p>pela consultoria YYY e com exclusividade para o</p><p>supermercado XXX.</p><p>O levantamento mostrou que, mesmo não sendo a</p><p>razão o fator mais apontado para trocar de marca, não se</p><p>pode ignorar a força das campanhas publicitárias. Em</p><p>algumas categorias, um terço dos respondentes atribuem</p><p>a mudança à publicidade. Para Nicanor Guerreiro, a</p><p>propaganda estabelece uma relação mais “emocional” da</p><p>marca com o público. “Todos sen�mos necessidade de</p><p>consumir produtos que sejam ‘aceitos’ pelas outras</p><p>pessoas. Por isso, a comunicação faz o papel de endosso</p><p>das marcas”, afirma. O execu�vo ressalta, no entanto,</p><p>que nada disso adianta se o produto não cumprir as</p><p>promessas transmi�das nas ações de comunicação. Um</p><p>dos obje�vos da propaganda é tornar o produto</p><p>aspiracional, despertando o desejo de experimentá-lo. O</p><p>que o consumidor deseja é o que a loja vende. E é isso o</p><p>que o supermercadista precisa ter sempre em mente.</p><p>Veja o gráfico:</p><p>Consoante o texto e tendo por base as informações</p><p>fornecidas pelo gráfico, para o�mizar as vendas de</p><p>produtos, faz-se necessário que</p><p>a) a campanha seja centrada em produtos alimen�cios, a</p><p>fim de aumentar o percentual de troca atual, que se</p><p>apresenta como o mais baixo.</p><p>b) a preferência</p><p>de um produto ocorra por influência da</p><p>propaganda devido à necessidade emocional das</p><p>marcas.</p><p>c) a divulgação exerça influência na troca de marca e que</p><p>o consumidor valorize a qualidade do produto.</p><p>d) os produtos mais vendidos pelo comércio não sejam</p><p>divulgados para o público como tal.</p><p>e) as marcas de qualidade inferior cons�tuam o foco da</p><p>publicidade por serem mais econômicas.</p><p>Questão 47 - (Simulado)</p><p>AMOR DE PERDIÇÃO</p><p>[…]</p><p>Às três horas da manhã, Simão Botelho segurou entre</p><p>as mãos a testa, que se lhe abria abrasada pela febre.</p><p>Não pôde ter-se sentado, e deixou cair o meio corpo. A</p><p>cabeça, ao declinar, pousou no seio de Mariana.</p><p>— O Anjo da compaixão sempre comigo! – murmurou</p><p>ele, — Teresa foi muito desgraçada…</p><p>— Quer descer ao camarote? – disse ela.</p><p>— Não poderei… Ampare-me, minha irmã.</p><p>[…]</p><p>— Se eu morrer, que tenciona fazer, Mariana?</p><p>— Morrerei, senhor Simão.</p><p>— Morrerás?!... Tanta gente desgraçada que eu fiz!…</p><p>[…]</p><p>Entrou o comandante com uma lâmpada, e</p><p>aproximou-lha da respiração, que não embaciou</p><p>levemente o vidro.</p><p>— Está morto! – disse ele.</p><p>Mariana curvou-se sobre o cadáver, e beijou-lhe a</p><p>face. Era o primeiro beijo. Ajoelhou depois ao pé do</p><p>beliche com as mãos erguidas, e não orava nem chorava.</p><p>[…]</p><p>Foi o cadáver envolto num lençol, e transportado ao</p><p>convés. Mariana seguiu-o.</p><p>[…]</p><p>Dois homens ergueram o morto ao alto sobre a</p><p>amurada. Deram-lhe o balanço para o arremessarem</p><p>longe. E, antes que o baque do cadáver se fizesse ouvir</p><p>na água, todos viram, e ninguém já pôde segurar</p><p>Mariana, que se a�rara ao mar.</p><p>À voz do comandante desamarraram rapidamente o</p><p>bote, e saltaram homens para salvar Mariana.</p><p>Salvá-la!…</p><p>Viram-na, um momento, bracejar, não para resis�r à</p><p>morte mas para abraçar-se ao cadáver de Simão, que</p><p>uma onda lhe a�rou aos braços. O comandante olhou</p><p>para o sí�o donde Mariana se a�rara, e viu, enleado no</p><p>cordame, o avental, e à flor da água, um rolo de papéis,</p><p>22@professorferretto @prof_ferretto</p><p>que os marujos recolheram na lancha. Eram, como</p><p>sabem, a correspondência de Teresa e Simão.</p><p>[…]</p><p>BRANCO, Camilo Castelo. Amor de perdição. [S.l.]:</p><p>Edições Vercial, 2017.</p><p>Camilo Castelo Branco foi um escritor português</p><p>notadamente reconhecido por suas obras de fundo</p><p>trágico. A obra "Amor de perdição" (1862) destaca-se</p><p>como um romance român�co por</p><p>a) mostrar a morte como fuga para as aflições causadas</p><p>pela traição da pessoa amada.</p><p>b) u�lizar a imagem do oceano como metáfora para a</p><p>amplidão do amor sem limites.</p><p>c) inferir a possibilidade da doença �sica como resultado</p><p>da dor causada pelo sofrimento amoroso.</p><p>d) apresentar uma personagem que manifesta o desejo</p><p>de morrer em virtude da morte do amado.</p><p>e) haver um casal vivendo um romance bem-sucedido,</p><p>mesmo com a morte final de ambos.</p><p>Questão 48 - (Simulado)</p><p>O boxe está perdendo cada vez mais espaço para um</p><p>fenômeno rela�vamente recente do esporte, o MMA. E o</p><p>maior evento de Artes Marciais Mistas do planeta é</p><p>o Ul�mate Figh�ng Championship, ou simplesmente UFC.</p><p>O ringue, com oito cantos, foi desenhado para deixar os</p><p>lutadores com mais espaço para as lutas. Os atletas</p><p>podem usar as mãos e aplicar golpes de jiu-jitsu. Muitos</p><p>podem falar que a modalidade é uma espécie de vale-</p><p>tudo, mas isso já ficou no passado: agora, a modalidade</p><p>tem regras e acompanhamento médico obrigatório para</p><p>que o esporte apague o es�gma nega�vo.</p><p>CORREIA, D. “UFC: saiba como o MMA nocauteou o boxe</p><p>em oito golpes”. Veja, 10 jun. 2011 (fragmento).</p><p>O conjunto de eventos que alterou as regras do MMA</p><p>retrata a tendência de redimensionamento de certas</p><p>prá�cas corporais, visando a encaixá-las em um formato</p><p>específico. O sen�do atribuído a essas transformações</p><p>incorporadas historicamente ao MMA seria, portanto, o</p><p>de que a(s)</p><p>a) a modificação das regras busca associar valores lúdicos</p><p>ao MMA, possibilitando a par�cipação de diferentes</p><p>populações como a�vidade de lazer.</p><p>b) as transformações do MMA aumentam o grau de</p><p>violência das lutas, favorecendo a busca de emoções</p><p>mais fortes tanto aos compe�dores como ao público.</p><p>c) as mudanças de regras do MMA atendem à</p><p>necessidade de tornar a modalidade menos violenta,</p><p>visando à sua introdução nas academias de ginás�ca</p><p>na dimensão da saúde.</p><p>d) as modificações incorporadas ao MMA têm por</p><p>finalidade aprimorar as técnicas das diferentes artes</p><p>marciais, favorecendo o desenvolvimento da</p><p>modalidade enquanto defesa pessoal.</p><p>e) as transformações do MMA visam a delimitar a</p><p>violência das lutas, preservando a integridade dos</p><p>atletas e enquadrando a modalidade no formato do</p><p>esporte de espetáculo.</p><p>Questão 49 - (Simulado)</p><p>Lino�pos</p><p>O Museu da Imprensa exibe duas lino�pos. Trata-se</p><p>de um �po de máquina de composição de �pos de</p><p>chumbo, inventada em 1884 em Bal�more, nos Estados</p><p>Unidos, pelo alemão O�mar Mergenthaler. O invento foi</p><p>de grande importância por ter significado um novo e</p><p>fundamental avanço na história das artes gráficas. A</p><p>lino�pia provocou, na verdade, uma revolução porque</p><p>venceu a len�dão da composição dos textos executada</p><p>na �pografia tradicional, em que o texto era composto à</p><p>mão, juntando �pos móveis um por um. Cons�tuía-se,</p><p>assim, no principal meio de composição �pográfica até</p><p>1950. A lino�po, a par�r do final do século XIX, passou a</p><p>produzir impressos a baixo custo, o que levou informação</p><p>às massas, democra�zou a informação. Promoveu uma</p><p>revolução na educação. Antes da lino�po, os jornais e</p><p>revistas eram escassos, com poucas páginas e caros. Os</p><p>livros didá�cos eram também caros, pouco acessíveis.</p><p>Disponível em: h�p://portal.in.gov.br. Acesso em: 23 fev.</p><p>2013 (adaptado).</p><p>O fragmento traz uma cronologia da lino�po, uma</p><p>máquina �pográfica inventada no século XIX e</p><p>responsável pela dinamização da imprensa. Do ponto de</p><p>vista social, a contribuição da lino�po teve impacto direto</p><p>na</p><p>a) produção vagarosa de materiais didá�cos.</p><p>b) criação aprimorada de �pos de chumbo.</p><p>c) montagem acelerada de textos para impressão.</p><p>d) produção acessível de objetos de teor informacional.</p><p>e) impressão dinamizada de imagens em revistas.</p><p>23@professorferretto @prof_ferretto</p><p>Questão 50 - (Simulado)</p><p>h�ps://br.pinterest.com/pin/2603712272463054/</p><p>As funções da linguagem são u�lizadas de acordo com</p><p>intenções comunica�vas e recursos linguís�cos que se</p><p>destacam em uma situação comunica�va. Por se tratar de</p><p>um anúncio publicitário, a função apela�va está</p><p>presente, todavia também é possível iden�ficar o uso da</p><p>função poé�ca, uma vez que o texto verbal:</p><p>a) evidencia o enunciador ao dirigir-se a ele.</p><p>b) coloca o canal de comunicação em evidência.</p><p>c) tem como foco o interlocutor, pois pretende que ele</p><p>realize uma ação.</p><p>d) tem base informa�va e foi privilegiado em detrimento</p><p>do texto não verbal.</p><p>e) tem uma preocupação esté�ca, evidenciada pelo uso</p><p>da linguagem conota�va.</p><p>Questão 51 - (Simulado)</p><p>A corrupção nos costumes das mulheres é ainda uma</p><p>coisa prejudicial ao fim a que se propõe o governo, e à</p><p>boa conservação das leis do Estado (...). É o que</p><p>aconteceu em Esparta (...).</p><p>Tais são as observações feitas entre os lacedemônios:</p><p>no tempo da sua dominação as mulheres resolviam</p><p>quase todas as questões. De resto, que diferença existe</p><p>em que as mulheres governem, ou que os magistrados</p><p>sejam governados por mulheres? (...) as mulheres dos</p><p>lacedemônios, mesmo no caso de perigo, fizeram-lhes o</p><p>maior mal possível.</p><p>Aristóteles, A polí�ca. Rio de Janeiro: Ediouro, s./d., p.</p><p>79-80.</p><p>Sobre as mulheres na Grécia an�ga, é correto afirmar que</p><p>elas, em</p><p>a) Atenas, �nham direitos a heranças e a escravizados.</p><p>b) Esparta, eram cidadãs na concepção an�ga,</p><p>par�cipando a�vamente das assembleias.</p><p>c) Esparta, recebiam educação �sica na infância, �nham</p><p>direito à herança e administravam as propriedades na</p><p>ausência dos maridos.</p><p>d) Atenas, eram consideradas guerreiras fundamentais e</p><p>mentoras de jovens guerreiros.</p><p>e) Atenas, podiam par�cipar de algumas discussões na</p><p>Eclésia e possuíam direitos polí�cos durante o período</p><p>da democracia.</p><p>Questão 52 - (Simulado)</p><p>O processo histórico é marcado por inúmeras</p><p>transformações sociopolí�cas, econômicas,</p>