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Transtornos Alimentares Amanda Fernanda Bianca Daniele Bianca Espego Gabriela Alves Stella Guarnieri Thainá Ramos Os transtornos alimentares afetam o corpo e a alma e podem estar manifestando sintomas de uma sociedade problemática. O sofrimento pode se expressar pela linguagem corporal, que podem ser lidas como um protesto individual, autorreferido e autodestrutivo. As possíveis causas desses problemas são dos interesses econômicos que alimentam cada vez mais um mercado relacionado ao corpo que produzem nas mulheres uma insatisfação com seu corpo e aparência, gerando processos autodestrutivos como o abuso de drogas e os transtornos alimentares. Segundo a Associação Americana de Psiquiatria, 1% da população mundial (cerca de 70 milhões de pessoas) sofrem com algum tipo de distúrbio alimentar. Embora eles sejam mais comum em mulheres entre 12 e 25 anos, um estudo feito pela NHS (Serviço nacional da Saúde) no Reino Unido, mostrou um aumento de 67% em homens entre 26 e 40 anos. O QUE PODE CAUSAR O TRANSTORNO? Culto excessivo ao corpo Maus hábitos alimentares Distorção da imagem corporal Auto estima baixa Sentimentos de culpa Questões hormonais Distúrbios emocionais Pressão das mídias sociais. ANOREXIA NERVOSA A anorexia é analisada como sintoma que pode estar denunciando, simbolicamente, a fome humana por afeto, confiança e solidariedade em um mundo desigual, competitivo, individualista e violento. Anorexia leva a pessoa a ter visões distorcidas do seu corpo que pode comprometer sua saúde e auto estima. Pode ser uma maneira de expressão emoções consideradas assustadoras como o estrese, dor ou ansiedade. O distúrbio começa com uma dieta restritiva, cortando alguns grupos de alimentos (carboidrato, gordura), contando as calorias de uma refeição inteira, pulando refeições e pode até ser acompanhado de exercício excessivo. Segundo Bauman, anorexia e bulimia são reações somáticas às contradições geradas por um estilo de vida baseado no consumismo e na satisfação egocêntrica de necessidades – reais e ilusórias. SINAIS FÍSICOS Uso indevido e deliberado de laxantes, remédios que contém substâncias anoréticas (anfetamina ou benzodiazepínicos), supressores de apetite, enemas e diuréticos; Perda excessiva de peso; Em mulheres a ausência ou perda de menstruação (amenorreia) e em homens a diminuição da libido; Desmaios ou tonturas; Sensação de frio em temperaturas altas; Arritmia e convulsões; Cansaço, fadiga, esgotamento, sensação de não dormir bem; Letargia (profunda inconsciência) e pouca energia; Enfraquecimentos dos músculos e ossos; Cabelos mais finos. SINAIS PSICOLÓGICOS Preocupação excessiva com alimentação; Medo de ganhar peso; Dificuldade em manter um peso normal para sua idade e altura; Depressão e ansiedade; Capacidade de pensar reduzida e maior dificuldade de concentração; Isolamento social; Dificuldade em procurar tratamento psicológico; Aumento da sensibilidade aos comentários sobre alimentação, peso e exercícios. BULIMIA NERVOSA Assim como a anorexia, a pessoa com bulimia também tem uma grande preocupação com o peso corporal, causando auto estima baixa e problemas para a saúde. A bulimia nervosa é um distúrbio caracterizado por períodos de compulsão alimentar (ingestão exagerada de alimentos) seguido por indução ao vomito, jejum, uso de drogas lícitas e ilícitas, uso de laxantes e excesso de exercício físico. As pessoas costumam manter os hábitos de alimentação e exercícios em segredo, como resultado a bulimia muitas vezes não é detectada após um longo período de tempo. Muitas pessoas com o distúrbio oscilam o peso e não perdem peso, permanecem na faixa de peso normal, estar ligeiramente abaixo do peso ou mesmo ganhar peso. A bulimia está muitas vezes associada a outros distúrbios mentais como depressão, ansiedade e problemas como tóxico dependência e alcoolismo. SINAIS FÍSICOS Mudanças frequentes de peso (perda ou ganho); Sinais de danos devido ao vômito (inchaço em torno das bochechas ou mandíbulas, calos nas juntas, danos aos dentes e mau hálito); Constipações intestinais; Desenvolvimento de intolerância à determinados alimentos; Perda ou perturbação da menstruação em meninas e mulheres; Desmaio ou tonturas; Hemorroidas; Cansaço, fadiga e alterações no sono; Comportamento mentiroso, dizer que comeu quando não o fez, esconder alimentos não consumidos; Pesar repetidamente, se olhar no espelho obsessivamente comprimindo a cintura e os pulsos; Auto mutilação, abuso de substâncias ou tentativas de homicídios. SINAIS PSICOLÓGICOS Preocupação com a alimentação, comida e peso; Sensibilidade aos comentários relacionados a comida, peso e exercício físico; Baixa auto estima e sentimentos de vergonha e culpa principalmente após a refeição; Obsessão com alimentos e necessidade de controle das calorias; Depressão, ansiedade e irritabilidade; Insatisfação extrema do corpo. TRANSTORNO DE COMPULSÃO ALIMENTAR A compulsão alimentar é um dos distúrbios mais comuns, pode ser visto em pessoas que perdem o controle sobre o consumo de alimentos, sem ter comportamentos compensatórios (exercício físico excessivo ou jejum). É comum os pacientes terem sobrepeso ou obesidade. O fator preocupante é que são pessoas com riscos maiores de doenças cardiovasculares e pressão arterial elevada. Culpa, vergonha e angústia são sintomas que podem ocasionar uma compulsão excessiva. HIPERGAFIA É um transtorno mental, onde o paciente sofre de problemas traumáticos, entre eles: perda de uma pessoa querida ou bens materiais e acidentes. Os sintomas do distúrbio são: Ganho de peso rápido; Ansiedade; Sintomas depressivos; Sentimentos de culpa; Inibição do convívio social. ORTOREXIA NERVOSA É a obsessão por alimentos saudáveis e nutritivos de forma exagerada. Ou seja, uma pessoa com ortorexia nervosa exclui uma grande quantidade de alimentos com químicas, agrotóxicos ou aditivos. A insatisfação com o corpo leva a pessoa a ter compulsão por alimentos saudáveis. Por não ser um transtorno conhecido, as pessoas podem ser portadoras sem saber. Não ingerem alimentos com sal, açúcar e gordura (o que pode provocar exclusão de alimentos com gorduras boas para o organismo); Quando comem algo fora do planejado costumam ter sentimentos de culpa, e em alguns casos leva à depressão; Perda de peso excessiva; Dieta restritiva; Anemia; Não solicitam ajuda de especialistas da nutrição para se alimentar. ALOTRIOFAGIA Também chamado de Síndrome PICA É o consumo de substâncias não nutritivas (tijolo, batom, carvão, pedras, sabonetes). O desejo por esses elementos é classificado como um transtorno mental comum em grávidas e crianças. Há a possibilidade de intoxicação e prejuízo no desenvolvimento físico e mental. TRANSTORNO DA COMPULSÃO ALIMENTAR PERIÓDICA O paciente com TCAP consome alimentos em grandes quantidades em um período de tempo demarcado (mais comum é a cada duas horas). Estima-se que entre 27% e 47% das pessoas que fazem cirurgia bariátrica tenham esse transtorno. O que se diferencia da bulimia é que essas pessoas não utilizam de métodos compensatórios (laxantes, vômitos, jejum). Não tem controle sobre o que e o quanto comeu; Sentimentos de angústia subjetiva; Costumam comer rápido; Vergonha; Baixa auto estima; Depressão; Transtorno Bipolar; Sobrepeso e obesidade; Colesterol acima da média. VIGOREXIA É um transtorno de ansiedade que faz com que o paciente tenha distorção da imagem do seu corpo, também conhecida pelos exercícios físicos intensos e exagerados. O que diferencia da anorexia é que o paciente costuma se enxergar mais fraco do que realmente está. Há uma preocupação exagerada com a massa muscular; Tendência a auto medicação; Métodos extremos de treino; Dietas rigorosas; Abuso de esteroides e cirurgias plásticas Em casos raros, tentativas de suicídio. ANSIEDADE A ansiedade tem o poder de mobilizar as atividades psíquicas e comprometer, desde a atenção e memória, até a interpretação da realidade. Algumas pessoas quando estão passando por uma dificuldade podem aliviar essa angústia ou ansiedade com a comida, no instante há um alívio imediato, depois vem a culpa de ter comido sem controle. Esse sentimento de culpa pode afetar o seu dia-a-dia, causando até uma bulimia. A pessoas com Transtorno de Compulsão Alimentar são muito afetadas por isso, se enganam que estão com fome o tempo todo, mas na verdade é a ansiedade falando. Existem remédios que ajudam a controlar a ansiedade, tirando essa compulsividade dos pacientes em se alimentar o tempo todo e em grande quantidade para suprir uma emoção negativa. DEPRESSÃO Ao se olhar no espelho e não ver o que gostaria de ver, além da auto estima abaixar, surgir uma enorme pressão em entrar aos padrões e talvez alguns transtornos alimentares, a depressão também surge. A depressão se caracteriza por intenso desânimo, tristeza, perda de interesse por atividades que antigamente se interessavam, pensamentos negativos (extrema culpa, pessimismo, em casos mais graves a pessoa chega a pensar que está morta ou que seu organismo parou de funcionar). Alguns pesquisadores acreditam que os mecanismos que levam à obesidade e aqueles que levam a depressão poderiam ter aspectos em comum e o tratamento da obesidade poderia melhorar a depressão. O tratamento da depressão e dos transtornos alimentares continuam sendo diferentes, o primeiro com antidepressivos com sessões de terapia e em casos graves, a eletroconvulsoterapia; o segundo sendo tratado, de modo geral, com medidas psicossociais envolvendo algum tipo de psicoterapia. PERGUNTA 1 I) A ingestão de grande quantidade de alimento em curto período de tempo sem ter comportamento compensatório. II) Distorção da imagem do corpo seguida de exercícios físicos intensos e exagerados. III) Rebaixamento do humor, perda de interesse em atividades que antes dava prazer, pensamentos negativos. IV) Distorção da imagem do corpo seguido de perda exagerada de peso e maior preocupação com as calorias da comida. ( ) Transtorno de Compulsão Alimentar ( ) Depressão ( ) Anorexia Nervosa ( ) Vigorexia Os sintomas se referem a qual diagnóstico? a) IV – I – III – II b) II – I – IV - III c) I – III – IV – II d) I – II – III - IV PERGUNTA 2 Cerca de 70 milhões de pessoas no mundo sofrem com algum transtorno alimentar. Anorexia e Bulimia são os mais conhecidos e falados, mas trouxemos outros tipos a tona. Então, qual é o diagnóstico da Ortorexia Nervosa e suas possíveis consequências? a) Ingestão de alimentos muito calóricos em um curto período de tempo sem comportamento compensatório (vômitos, jejum). Sobrepeso e obesidade e colesterol muito alto. b) Distorção da imagem do corpo seguida de uma dieta muito baixa em calorias. Uso de drogas lícitas e ilícitas, perda de menstruação ou libido e ossos e musculatura mais fracos. c) Ingestão de substâncias não nutritivas (tijolo, pedra, giz). Intoxicação e prejuízo no desenvolvimento físico e mental. d) Ingestão exagerada de alimentos seguida de comportamento compensatório (vômito, jejum). Comportamento mentiroso, uso excessivo de drogas lícitas ou ilícitas e se pesar repetidamente. e) Ingestão de alimentos saudáveis em excesso, podendo ficar sem gorduras boas para o corpo. Perda de peso, anemia e dieta muito restritiva. TRATAMENTOS Os distúrbios têm cura, mas se não forem tratados a tempo podem levar o paciente a óbito. Por isso é necessário uma extrema atenção em qualquer mudança no físico, psicológico e no comportamento das pessoas próximas a nós. Para chegar a cura de qualquer distúrbio é necessário uma avaliação médica, psicológica e nutricional para ajudar a aumentar a auto estima, colocar uma reeducação alimentar saudável e nutritiva no seu dia a dia e remédios para ajudar em quaisquer problemas psicológicos que os transtornos causaram (ansiedade e/ou depressão). O apoio da família e amigos é muito importante, e também a persistência do paciente e a adesão às orientações profissionais. BIBLIOGRAFIA Regina Helena Simões-Barbosa e Sônia Maria Dantas-Berger. “Abuso de drogas e transtornos alimentares entre mulheres: sintomas de um mal-estar de gênero?”. Cadernos de Saúde Pública. 2017. https://www.vittude.com/blog/disturbios-alimentares-causas-sintomas-tratamentos/ https://www.vittude.com/blog/anorexia-nervosa/ https://www.vittude.com/blog/bulimia-nervosa/ http://www.boavontade.com/pt/saude/qual-relacao-entre-compulsao-alimentar-e-ansiedade http://www.minhavida.com.br/amp/saude/materias/18581-depressao-pode-acompanhar-transtornos-alimentares-e-obesidade