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como ocorre a regulação da taxa de filtração glomerular (efeitos nervosos simpáticos e autorregulação renal) ?

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Marina Abreu

A ativação simpática, causada pela norepinefrina circulante, promove uma vasoconstrição das arteríolas renais, diminuindo o fluxo sanguíneo renal e a taxa de filtração glomerular.

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Ana Kleia Maia

A principal função da autorregulação do fluxo sanguíneo na maioria dos tecidos, exceto nos rins, é manter o fornecimento de oxigênio e de nutrientes em níveis normais e remover os produtos indesejáveis do metabolismo. Nos rins, o fluxo sanguíneo normal é muito maior do que o requerido para estas funções. A principal função da autorregulação renal é manter a TFG relativamente constante apesar das variações da pressão arterial, permitindo o controle preciso da excreção renal de água e solutos. Desta forma, ocorre a proteção das barreiras de filtração, prevenindo possíveis danos em um panorama de hipertensão.

 

Autorregulação Renal da TFG – Controle intrínseco

 

A autorregulação da TFG é um processo de controle local, envolvendo apenas o rim. Neste processo, o rim mantém a TFG relativamente constante frente às flutuações da pressão sanguínea. O processo de autorregulação acontece através de dois mecanismos – Mecanismo Miogênico e Retroalimentação túbulo-glomerular. Os dois mecanismos da autorregulação envolvem o controle do fluxo na arteríola aferente.

 

A pressão hidrostática, que é a principal força responsável pela filtração glomerular, é influenciada diretamente pela pressão arterial e pelo volume sanguíneo. Desta forma, poderíamos assumir que se a pressão sanguínea aumentasse a TFG aumentaria e, em caso de diminuição da pressão sanguínea, a TFG diminuiria. Entretanto, geralmente, não acontece desta forma. A TFG é mantida relativamente constante em uma larga faixa de pressões sanguíneas. Em uma faixa entre 80 mmHg e 180 mmHg, a TFG é, em média, 180 litros por dia.

 

Mecanismo Miogênico (gerado no músculo da túnica média da arteríola aferente)

 

Trata-se da habilidade intrínseca do músculo liso vascular de responder a mudanças de pressão. Quando o músculo liso da parede da arteríola aferente estira, por conta do aumento da pressão sanguínea renal, abrem-se canais iônicos sensíveis ao estiramento, e assim as células do músculo despolarizam. Esta despolarização abre canais de cálcio controlados por voltagem e o músculo liso vascular contrai. Esta vasoconstrição aumenta a resistência no vaso e o fluxo de sangue pela arteríola aferente diminui. A redução do fluxo propicia a diminuição da pressão hidrostática do glomérulo diminuindo a pressão de filtração no glomérulo, impedindo assim que a TFG aumente apesar do aumento da pressão arterial (Figura 14).

 

Por outro lado, se a pressão sanguínea diminui, ocorre menor tensão na parede arteriolar e a arteríola dilata. No contexto de vasodilatação, não há a mesma eficiência na manutenção da TFG. Em consequência, quando a pressão sanguínea é menor que 80 mmHg a autorregulação é interrompida e a TFG diminui.


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