Respostas
O Brasil foi o último país do continente americano a abolir a escravidão, em 1888. Apesar de finalmente terem libertado as pessoas negras, o governo não ofereceu nenhum tipo de políticas públicas para ajudar os milhares de negros que, até então, tinham sido tratados como mercadoria. Assim, surgia um enorme abismo social. Sem estudo, sem moradias dignas, sem trabalho e sendo constantemente marginalizados, eles acabaram jogados à própria sorte e com poucas condições de sobrevivência. Apesar de não serem mais escravos, a população branca continuava a enxergá-los como inferiores, atacando sua cultura, sua religião e sua cor. Um exemplo disso foi a Lei dos Vadios e Capoeiras, instituída em 1890, que proibia a prática de capoeira e prendia quem era encontrado praticando. Foi diante dessa estrutura social vivida pelo povo brasileiro ao longo das décadas que as situações racistas tornaram-se naturais e parte da vida cotidiana. Por meio de ações, hábitos, pensamentos e falas, as pessoas promoviam a segregação racial direta ou indiretamente. Essa naturalização que aconteceu por causa dessa herança histórica, vinda de centenas de anos de escravidão, recebe o nome de racismo estrutural. A maioria das pessoas, quando abordada, afirma não praticar o racismo. Mas existe um conjunto de hábitos e falas pejorativas que fazem parte de nossos costumes e que acabam promovendo o preconceito e a segregação racial. Por exemplo, a palavra “denegrir” é uma expressão racista que significa “tornar negro, escurecer”. Quer outro exemplo? Se referir a uma pessoa negra ou preta chamando-a de “mulata” ou “pessoa de cor” é uma atitude racista também.
Responda
Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta