O princípio da insignificância encontra na doutrina moderna a seguinte classificação: - Insignificância própria: torna o fato atípico por ausência de tipicidade material. Para que seja reconhecido a insignifiância prória é necessário que a conduta do agente seja pouco reprovável perante a sociedade (ausência de reiteraçãou, ou seja, que o fato seja isolado. Ex. um único furto) e que a lesão ao bem jurídico também seja mínima (Ex. subtração de um frasco de shampoo no valor de 5 reais de uma grande rede de supermercado). Para o reconhecimento, portanto, é indispensável a presença dos requisitos. - Insgnificância imprópria: nesta hipótese o fato praticado pelo agente é crime, ou seja, típico, ilícito e culpável. Entretanto a pena se apresenta desnecessária em razão de vários fatores legais ou supra legais. Ex. escusa absolutória prevista no artigo 181 do CP. Nesta hipótese, quando o ascendente subtrai do ascentente, sem violência ou grave ameaça, em que pese o crie existir, o legislador, por questão de política criminal, deixa de aplicar a pena.
FONTE: Exame de Ordem Direito Penal – Parte Geral e Especial Profs. Geibson Rezende e Kheyder Loyola
Sim, deixa de existir crime, sendo fato atípico.
"A admissão da ocorrência de um crime de bagatela reflete o entendimento de que o Direito Penal deve intervir somente nos casos em que a conduta ocasione lesão jurídica de certa gravidade, devendo ser reconhecida a atipicidade material de perturbações jurídicas mínimas ou leves, estas consideradas não só no seu sentido econômico, mas também em função do grau de afetação da ordem social que ocasionem."
(STJ, 5ª Turma, AgRg no HC 480.413/SC, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 21/02/2019, publicado 01/03/2019)
Deve ter em mente que o crime é uma junção de elementos, que são analisados com base no fato e no agente causador. Um desses elementos é a tipicidade material, que pode ser traduzida como a relevância daquele fato criminoso. Se essa relevância for tão pequena, mas tão pequena, que seria um contrassenso fazer mover toda a estrutura estatal para investigar, processar e julgar, o Direito Penal indica como solução considerar um "não crime", não excluindo punições em outras áreas como Direito Civil, Administrativo, etc.
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Direito Processual Penal I
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