Desafio- Educação Fisica
Considerando que, na sociedade brasileira, há uma diversidade de práticas corporais que se perpetuam, se reconstroem e se ressignificam – algumas mais comuns, como o futebol, outras consideradas mais peculiares, como o funk e as danças de rua –, pode-se perceber que algumas escolas se limitam apenas ao que é mais "comum".
Há, no currículo da Educação Física, as práticas esportivas tradicionais (futebol, handebol e vôlei). No entanto, é preciso oportunizar práticas diversificadas, ampliando os elementos das atividades de aventura na natureza, por exemplo. Assim sendo, é válido e necessário que o professor identifique e proponha conteúdos a serem ensinados, fazendo com que os alunos entendam a importância desse aprendizado para o seu desenvolvimento e socialização.
Neste Desafio, você será instigado a demonstrar que as atividades de aventura podem e devem ser apresentadas no âmbito das aulas de Educação Física. Para tanto, considere o cenário proposto a seguir.
Tendo como base que o projeto pedagógico da escola preza pela interdisciplinaridade, além da Base Nacional Curricular Comum (BNCC) e do que se propõe como "regionalismos" das práticas, para que seja possível inserir a prática do carrinho de rolimã no currículo da escola, apresente um plano curricular envolvendo temáticas como natureza e homem e práticas de aventura, abrangendo:
– as dimensões conceituais (fatos e conhecimentos), procedimentais (fazer e como fazer) e atitudinais (valores e formação);
– o eixo temático, os objetivos de aprendizagem e as habilidades desenvolvidas;
– os materiais e os recursos a serem utilizados;
– as etapas do projeto.
💡 1 Resposta
Jucelei Silveira
Nesta comunidade, o carrinho de rolimã promove a inter-relação entre saberes científicos e saberes populares. Pais passam para seus filhos e os auxiliam nas regras e na construção, além da cultura local e do envolvimento da comunidade como um todo. São utilizados materiais reciclados na construção dos carrinhos, o que evidencia a sustentabilidade. Além disso, a história oral conta os relatos dos primeiros carrinhos e a importância dos eventos para a comunidade.
Aplicando à Educação Física, pode-se evidenciar a motricidade e ir além com as experiências estéticas, emocionais e lúdicas. Nesse caso, o eixo temático é o próprio corpo e as habilidades a serem desenvolvidas são as de coordenação motora, equilíbrio, habilidades manuais e percepção do lado dominante.
Os objetivos evidenciam as dimensões procedimentais e atitudinais, sendo eles: aproximação das gerações, a fim de oportunizar a educação para o lazer; relação multidisciplinar na escola; atividades manuais; colaboração entre pares; vivência da modalidade.
A interdisciplinaridade acontece com a construção do carrinho e evidencia as dimensões procedimentais e conceituais: a aerodinâmica estudada na Física; a Matemática para os custos de materiais; a Biologia com a sustentabilidade, dentre outras. Isso imprime um significado novo e novas possibilidades de manifestações culturais de lazer; estabelecem-se ligações em torno de um brinquedo construído e popular.
A aula terá duração de 45 minutos e a proposta é que a atividade ocorra na quadra da escola inicialmente e, caso haja adesão e sucesso, poderá ir às ruas do bairro. Os recursos utilizados serão: rodas, madeira e materiais recicláveis.
O projeto será realizado em diversas etapas:
a) Discussões sobre as possibilidades do carrinho de rolimã como atividades de aventura, historiografia, pesquisas sobre modelos e apresentações de projetos de construção.
b) Entrevistas com a população local e coleta dos materiais.
c) Criação do projeto de construção e construção do carrinho.
d) Apresentação dos carrinhos de rolimã construídos.
e) Exposição no projeto cultural da escola.
f) Encerramento com a corrida de carrinhos de rolimã.
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