A escravização de pessoas no Brasil foi uma das grandes marcas da colonização portuguesa, e essa prática se perpetuou em nosso país depois de conquistada a independência. Durante boa parte da colonização, a escravização de pessoas aqui se voltava contra índios e africanos, mas, a partir de meados do século XVIII, a dos indígenas foi proibida.
Isso fez com que a escravidão no Brasil fosse voltada exclusivamente contra africanos, trazidos para cá por meio do tráfico negreiro. A escravização de africanos em nosso país se iniciou por volta de 1550, embora o historiador Luiz Felipe de Alencastro afirme que o primeiro desembarque de africanos escravizados tenha sido registrado apenas na década de 1560.
Os motivos que explicam essa transição da mão de obra indígena para a africana foram e ainda são intensamente debatidos pelos historiadores. Alguns sugerem que o tráfico negreiro atendia a uma demanda lucrativa para a metrópole, mas outros historiadores apontam questões relativas aos interesses brasileiros.
O historiador Stuart Schwartz afirma que, entre os fatores que explicam o início da escravização de africanos, estava o fato de os indígenas se rebelarem constantemente com o trabalho na lavoura, as restrições criadas pelos jesuítas para a escravização de indígenas, a consideração de que os africanos eram melhores trabalhadores, e a tendência pela priorização do escravizado africano.
A transição definitiva para os escravos africanos se deu quando o preço médio deles barateou, e foi somente na década de 1720 que a sua população no Brasil ultrapassou a de indígenas.
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História e Historiografia da Escravidão no Brasil
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