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Boa Trade, alguém com algum resumo sobre os avanços do direito do trabalho nas constituições de 1824 1934 1946 1891 1937 1967 1988

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Ronalth Kayan

RESUMO: O autor examina a evolução dos direitos trabalhistas nas Constituições brasileiras desde a de 1824, ressaltando as conquistas decorrentes da Constituição de 1988, apontando, também, os eventuais equívocos e retrocessos e os pontos de avanço desses direitos durante os 25 anos de vigência dessa Lei Fundamental.

PALAVRAS CHAVE: Constituição. Direitos trabalhistas. Direito Constitucional.

1.INTRODUÇÃO

Pretendo desenvolver nesta exposição um breve escorço acerca dos caminhos que as nossas sete Constituições trilharam até o momento presente no sentido de proporcionar garantias mínimas aos que desenvolvem sua atividade laborativa no Brasil.

De pronto, devo situar que os direitos trabalhistas foram constitucionalizados primeiro pela Constituição mexicana de Querétaro de 1917 e, em seguida, pela alemã de Weimar de 1919.

Aqui, percorrerei a evolução constitucional dos direitos trabalhistas no Brasil, examinando a Constituição Imperial de 1824 e as republicanas de 1889, 1934, 1937, 1946 e 1967 até chegar a CF/88.

A partir daí, caminharei a este ano jubilar de 2013 para verificar o que concretamente foi tornado a efeito ou não em favor de melhorar as condições de trabalho no Brasil.

2.EVOLUÇÃO DE 1824 A 1988

O Brasil, como Estado soberano e independente, adotou sete constituições nacionais. A seguir, passo a análise de cada qual, no que refere aos direitos trabalhistas.

CONSTITUIÇÃO DE 1824

A Constituição Política do Império do Brasil, elaborada por um Conselho de Estado e outorgada pelo Imperador D. Pedro I, em 25.03.1824, tinha 179 artigos. Foi nosso primeiro Código Político Máximo. Não contemplava regras protetoras de direitos trabalhistas. À época, predominava a escravidão e, recém-independentes, ainda estávamos sob a influência das Ordenações portuguesas.

O último artigo da Carta Imperial cuidava, dentro outros aspectos, da inviolabilidade dos direitos civis e políticos (art. 179, caput), garantia qualquer gênero de trabalho, cultura, indústria ou comercio, desde que não ofendesse costumes públicos, segurança e saúde dos cidadãos (inciso XXIV) e abolia, certamente a nota mais relevante, as Corporações de Ofícios, seus Juízes, Escrivães, e Mestres (inciso XXV), medida que na Europa ocorrera com a Lei Le Chapelier, em 1791.

CONSTITUIÇÃO DE 1891

Sobreveio a República e com ela nossa segunda Constituição, a da República dos Estados Unidos do Brasil, de 24.2.1891, elaborada por um congresso constituinte e contemporânea à Encíclica Rerum Novarum, de Leão XIII, que lançou as bases da doutrina social da Igreja. Silenciou, contudo, sobre direito do trabalho. Profundamente individualista, nos moldes da Constituição americana que a influenciou, limitou-se apenas a permitir a livre associação (art. 72, § 8º) e a garantir o livre exercício de qualquer profissão moral, intelectual e industrial (§ 24), direitos conservados pela Emenda Constitucional de 3.9.1926, praticamente uma nova constituição.

CONSTITUIÇÃO DE 1934

A Assembléia Constituinte convocada durante a ditadura Vargas elaborou a Constituição promulgada a 16.7.1934, de conotação social-democrática, e, no art. 113, garantia a inviolabilidade de direitos, inclusive aquele concernente à subsistência, com o n. 34 afirmando que a todos cabe o direito de prover à própria subsistência e à de sua família, mediante trabalho honesto, amparando o Poder público as pessoas indigentes.

Constituição evoluída para a época, a de 1934 introduziu o título IV tratando Da ordem econômica e social, admitindo o reconhecimento de sindicatos e associações profissionais (art. 120). Para os direitos trabalhistas foi dedicado o art. 121, devendo a lei promover o amparo à produção e estabelecer condições de trabalho na cidade e no campo, para proteger socialmente o trabalhador e os interesses econômicos do país.

Esse art.121 foi muito expressivo. Seu § 1º contemplava a isonomia salarial, o salário mínimo, a jornada de trabalho de oito horas/dia, restrições ao trabalho do menor, repouso semanal, férias anuais remuneradas, indenização por dispensa sem justa causa, assistência e previdência a maternidade, velhice, invalidez, acidente de trabalho e morte, regulamentação de todas as profissões e reconhecimento das convenções coletivas de trabalho.

Além desses direitos, outros temas foram tratados, como o trabalho agrícola (§ 4º), a organização de colônias dessa natureza (§ 5º) e a situação do trabalhador migrante (§§ 6º e 7º).

O grande fruto da Constituição de 1934 foi a criação da Justiça do Trabalho, ainda integrante o Poder Executivo (art. 122), com seus órgãos com composição paritária, sequer exigida formação jurídica, bastante ser pessoa de experiência e notória capacidade moral e intelectual (parágrafo único).

CONSTITUIÇÃO DE 1937

A Constituição de 1934 teve, porém, vida curta. Vargas implantou um regime ditatorial e outorgou uma Carta, a 10.11.1937, conhecida como Polaca. Durante quase cinco anos, vigeu em plenitude, apesar de ser profundamente restritiva da liberdade. A partir do Decreto nº 10.358, de 31.8.1942, quando foi declarado estado de guerra no Brasil contra as potencias do Eixo (Alemanha, Itália e Japão), o dispositivo que tratava dos direitos trabalhistas (art. 137) foi suspenso, mantido apenas o art. 136, que considerava o trabalho um dever social, que deveria ser exercido honestamente, da mesma forma com o de livre circulação no território brasileiro e o de a pessoa poder exercer de sua atividade regular (art. 122, § 2º).

Antes da suspensão, o art. 137 conservava vários artigos do Diploma de 1934, sendo que repouso semanal foi fixado aos domingos, foi criada licença anual remunerada por ano de serviço, estabilidade no emprego, garantia do contrato de trabalho em caso de sucessão e reconhecida a assistência administrativa e judicial por entidade de classe.

O art. 138, também suspenso em 1942, reconhecia a liberdade de associação profissional e sindical, devendo o sindicato ser reconhecido formalmente pelo Estado, exercendo funções delegadas pelo Poder Público.

Ademais, foi mantida, ainda fora do Poder Judiciário, a Justiça do Trabalho (art. 139), que havia sido criada na Constituição anterior, tendo a greve e o lock out sido declarados recursos anti-sociais nocivos ao trabalho e ao capital e incompatíveis com os superiores interesses da produção nacional.

CONSTITUIÇÃO DE 1946

Finda a segunda guerra mundial e redemocratizado o Brasil, a Assembléia Constituinte reunida no Rio de Janeiro, aprovou nova Constituição a 18 de setembro de 1946, que encerrava um conteúdo social que a colocava entre as mais completas do mundo, conforme Segadas Vianna, um dos constituintes de então(1).

A Justiça do Trabalho passou a integrar o Poder Judiciário (art. 94, V), e os direitos trabalhistas foram tratados, exemplificativamente no art. 157: salário mínimo regionalizado, isonomia salarial, adicional noturno, participação nos lucros das empresas conforme lei, limitação da jornada diária em oito horas, repouso semanal agora remunerado, férias anuais remuneradas, higiene e segurança do trabalho, proteção ao trabalho do menor e à mulher gestante, percentagem entre trabalhadores brasileiros e estrangeiros, estabilidade e indenização por dispensa imotivada, reconhecimento das convenções coletivas de trabalho, assistência sanitária, hospitalar e médica preventiva e aos desempregados; previdência social, seguro contra acidente de trabalho, igualdade entre trabalho manual, técnico e intelectual.

Por outro lado, foi reconhecido o direito de greve (art. 158) e a livre associação profissional ou sindical, mantida, nesse aspecto, à semelhança da Carta de 1937 (art. 159).

CONSTITUIÇÃO DE 1967

Em 1964, um golpe militar instituiu regime de exceção no Brasil. Apesar disso, um congresso constituinte aprovou, a 24 de janeiro de 1967, nova constituição, que viria a ser modificada pela Emenda Constitucional nº 1, de 17.10.1969, editada pelos membros da Junta Militar, que muitos chamam de Constituição de 1969.

Entre o art. 158 e 159 da Constituição de 1967 e os arts. 166 e 167 da Emenda Constitucional nº 1/69 as diferenças são mínimas. O seguro acidente de trabalho do inciso XVII do art. 158 da primeira não permaneceu com a Emenda nº 1. E a Emenda Constitucional nº 18, de 1981, acrescentou o inciso XX relativo a aposentadoria de professores.

Os direitos trabalhistas eram os mesmos da Constituição de 1946, com raras e não profundas modificações. A grande alteração, de efeitos profundos nas relações de emprego no Brasil, foi a criação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, o FGTS, que acabou substituindo a indenização por antiguidade e, por corolário a estabilidade decenal.

Não houve nenhuma modificação expressiva quanto à atividade sindical (arts. 159 e 166).

3.AS CONQUISTAS DE 1988

Uma Assembléia Constituinte, depois de demorados debates e prolongadas discussões, adotou um texto longo, de mais de 300 artigos, demasiadamente analítico, e que conservou muitos direitos trabalhistas, ampliou outros e criou diversos.

O art. 7º cuida predominante de direitos individuais, eliminando diferenças entre trabalhadores urbanos e rurais, não cabendo também entre nacionais e estrangeiros, a teor do art. 5º, caput. Não se trata de um elenco taxativo, porquanto outros podem ser, por normas infraconstitucionais, criados a fim de melhorar a condição do trabalhador. Apesar de exemplificativo, são pelo menos 34 direitos, superando, em muito, todos os Diplomas Constitucionais anteriores.

Muitos desses direitos já existiam no ordenamento constitucional anterior e outros foram acrescentados ou constitucionalizados, como a proteção da relação de emprego contra despedida arbitraria ou sem justa causa; a proporcionalidade do piso salarial; 13º salário; salário-mínimo garantido para quem recebe remuneração variável; salário família; a criminalização da retenção dolosa do salário, que é irredutível, salvo negociação coletiva; jornada semanal reduzida para 44 horas; adicional de horas extras de no mínimo 50%; turno ininterrupto de revezamento com jornada de seis horas; licença paternidade; atividades insalubres, perigosas e penosas; assistência gratuita em creches e pré-escolas; proteção decorrente da automação; fixação de prazo prescricional; garantia de acesso ao emprego para o portador de deficiência; dentre outros.

Demais disso, o parágrafo único do mesmo art. 7º distinguiu, em numerus clausus, os direitos do trabalhador doméstico, elenco de nove direitos ampliados recentemente, com a Emenda Constitucional nº 72 de 2013, para 25 direitos, o que, data vênia, conserva, pela via do constituinte derivado, a mesma discriminação que já vinha desde o texto original. Voltaremos ao assunto adiante.

Importante ressaltar o art.8º, garantindo a livre associação profissional ou sindical, sem a necessidade de autorização do Estado, que não pode interferir nem intervir em sua organização, e, consequentemente, a liberdade de filiação. Porém, foram mantidos resquícios desnecessários do corporativismo: apenas um sindicato por base territorial mínima que é um município (não se estendendo à região metropolitana), sindicalização por categoria, contribuição sindical, além da contribuição confederativa. Foi conservada a prevalência do sindicato como legítimo representante dos trabalhadores para fins de negociação coletiva e defesa de direitos e interesses individuais ou coletivos, o que afasta a participação das centrais sindicais, da mesma forma como garantido o emprego do dirigente sindical desde o registro de sua candidatura até um ano após terminado seu mandato.

Adiante, o art. 9º garante o direito de greve, devendo lei ordinária tratar da sua prática em serviços e atividades essenciais, devendo sofrer penalidades aqueles que abusarem desse direito.

Por fim, assegurou a participação das categorias profissional e econômica em colegiados de órgãos públicos, como os Conselhos Curadores do FAT, FGTS e Previdência Social (art. 10), da mesma forma como previu a existência, mediante eleição em empresas com mais de 200 empregados, de um representante destes.

4.EQUÍVOCOS, AVANÇOS, RETROCESSOS EM 25 ANOS

Vejamos alguns equívocos, avanços e retrocessos que podem ser verificados nesses 25 anos de vigência da Constituição de 1988,

EQUÍVOCOS

Os equívocos são vários. Especificamente com relação do Direito do Trabalho observo dois sem muita dificuldade.

O primeiro refere ao inciso VIII do art. 7º, que trata de 13º salário no valor da aposentadoria, conflitando com o § 6º do art. 201, que refere à gratificação natalina dos aposentados com base no valor dos proventos do mês de dezembro de cada ano. Alguns pontos: 1) aposentado não teria direito a salário, mas a proventos; 2) 13º salário era o nome vulgar dado à gratificação de Natal, criada pela Lei nº 4.090, de 13.7.1962; 3) quem será que pagará o 13º salário (não provento) do inciso VIII do art. 7º?; 4) o constituinte quis dizer a mesma coisa, ou cuidou de coisas distintas. Tudo leva a crer que a intenção foi escrever a mesma coisa, e assim tem sido entendido, embora, se alguém desejar, poderá questionar em juízo.

O segundo equívoco é a omissão da vedação do trabalho penoso para o menor de 18 anos, que não pode desenvolver trabalho noturno, perigoso ou insalubre. Veja-se o inciso XXXIII do art. 7º, que está a exigir imediata modificação.

AVANÇOS

Quanto aos avanços, relativamente ao salário mínimo, a partir da Lei nº 12.382, de 15.2.2011, pode ser reajustado e aumentado por decreto do Poder Executivo, tendo esse dispositivo sido declarado constitucional pelo STF (ADIn n. 4.568-DF, de 3.11.2011, Rel.: Min. Carmem Lúcia). Um avanço, porque desburocratizou esse processo legislativo.

Outro avanço foi o aumento da idade do trabalhador menor. Antes era proibido o trabalho ao menor de 14 anos, salvo como aprendiz, e, a partir da Emenda nº 20 de 1988, a idade passou a ser 16 anos, com a mesma exceção.

RETROCESSOS

A mesma Emenda nº 20, de 1998, passou a restringir o salário família, antes devidos a todos os dependentes, apenas em razão daqueles de trabalhadores de baixa renda.

A Emenda nº 53, de 2006, reduziu de seis para cinco anos o direito à assistência gratuita aos filhos e dependentes em creches e pré-escolas.

Quanto ao prazo prescricional para ajuizamento de ações na Justiça do Trabalho, a Constituição havia, inicialmente, adotado dois critérios: um para o trabalhador urbano, de 5anos até o limite de dois após a extinção do contrato e outro para o trabalhador rural de dois anos após a extinção do contrato. A Emenda nº 28, de 25.5.2000, modificou essa regra e unificou o prazo prescricional tornando menos benéfico para o rurícola que, agora, somente poderá haver os últimos dois anos de trabalho, esquecendo-se da realidade do campo no Brasil.

4. O QUE FOI FEITO EM 25 ANOS E O QUE FALTA FAZER

Como vimos, a Constituição de 1988 é quase uma colcha de retalhos, que vai se amoldando às situações de cada momento. Veja-se, sem muito esforço, o que é feito com a Previdência Social, para não ir mais longe.

Por esse viés, constata-se que não existe, ainda, lei complementar para regular o inciso I, certamente um dos mais importantes, que trata de obstar a despedida arbitrária ou sem justa causa. Não acredito que seja feita essa lei nos próximos muitos anos.

É preciso lei ordinária para cuidar do inciso X, que proteger o salário considerando crime sua retenção dolosa.

No que refere à participação nos lucros ou resultado e na gestão da empresa (art. 7º, XI), foi tentada sua instituição pela via de medida provisória, a partir da Medida Provisória nº 794, de 29 de dezembro de 1994. A Lei nº 10.101, de 19 de dezembro de 2000, converteu em lei a Medida Provisória nº 1.982 -77, de 2000, que era a então vigente. Todavia, como bem assinalou Orlando Teixeira da Costa, a regra constitucional estava distante de ser urgente e relevante para merecer uma medida provisória que, por ser inconstitucional na forma, levou o mesmo vício para a Lei nº 10.101/2000, a qual, no entanto, está vigendo(2).

A licença paternidade (art. 7º, XIX) continua regida pelo art. 10, § 1º, do ADCT, não havendo lei que fixe seus termos, embora existam projetos tramitando que pretendem até mesmo estender a licença maternidade de 120 dias para os homens.

Os incentivos para a proteção do mercado de trabalho da mulher (art. 7º, XX) não saíram das regras de proteção da CLT, que existem desde 1943.

O aviso prévio proporcional (art. 7º, XXI) foi regulado pela Lei nº 12.506, de 11.10.2011, mas, induvidosamente, muito aquém do que deveria ter feito, máxime porque limita em 20 anos o máximo para calcular a pretendida proporcionalidade.

Os adicionais de atividades perigosas e insalubres estão regulados pela CLT, mas as atividades penosas, que o inciso XXIII do art. 7º trata, nunca foram reguladas.

A proteção em face da automação do inciso XXVII limita-se a uma lei do ano 2000 proibindo bombas de autosserviço em postos de combustível e às normas regulamentares do Ministério do Trabalho e Emprego que cuidam das LER-DORT.

No que refere ao parágrafo único do art. 7º, já externei em vários artigos em periódicos no Brasil, minha opinião contrária à disposições sobre os trabalhadores domésticos na Constituição. Seria hipocrisia dizer da necessidade desse tratamento, porquanto é claramente visível seu interesse meramente clientelista. Debalde esse lamentável aspecto, diversos direitos consagrados constitucionalmente a esse trabalhador que caminha a passos largos para desaparecer dependem de regulamentação, estando ainda em trâmite o projeto de lei que deverá fazer esse papel.

5.CONCLUSÃO

Acredito que esses eram os pontos mais destacados que deseja trazer a consideração de todos.

Por ser muito analítica, presta-se a freqüentes emendas, uma verdadeira colcha de retalhos que é alterada a cada movimento temerário da economia, devendo, nesse particular, ser destacado que se trata de um texto demasiadamente modificado. Afinal, até outubro de 2013, 75 emendas ordinárias e mais seis de revisão, no total de 81 emendas, alteraram a Constituição, o que representa a media anual de 3,24 emendas por ano, ou uma por cada quadrimestre.

Debalde esse aspecto, trata-se de um dos textos mais democráticos que tivemos e bastante liberal, o que justifica plenamente ser comemorado efusivamente o seu jubileu de prata.

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Paduan Seta Advocacia

  • Na Constituição de 1824, não havia qualquer proteção aos Direitos Trabalhistas. Inclusive, ainda havia predominância da escravidão no Brasil;
  • Na Constituição de 1891, também não havia proteção aos Direitos Trabalhistas, porém já havia previsão sobre o livre exercício de quaisquer profissões;
  • Na Constituição de 1934, houve a previsão de proteção aos Direitos Trabalhistas, incluindo a previsão de sindicatos e associações profissionais. Além disso, havia um artigo, o nº 121, prevendo a proteção das condições de trabalho, tanto na cidade como no campo;
  • Na Constituição de 1937, algumas normas relativas ao Direito do Trabalho foram suspensas e apenas previu-se que o trabalho era um dever social e que deveria ser exercido honestamente;
  • Na Constituição de 1946, houve um grande avanço, com o advento da Justiça do Trabalho, que passou a fazer parte do Poder Judiciário, além de diversos direitos trabalhistas que foram previstos, como o salário mínimo, adicional noturno, dentre outros;
  • Na Constituição de 1967, não houve grandes modificações com relação à Constituição de 1946, com exceção da criação do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço);
  • Na Constituição de 1988, a nossa atual Constituição, houve a adição e ampliação de diversos direitos trabalhistas, como a equiparação entre o trabalhador urbano e rural, com destaque para as previsões do artigo 5º até o 9º, incluindo horas extras, 13º salário, salário mínimo, adicional de insalubridade e periculosidade, adicional noturno, dentre outros diversos direitos trabalhistas previstos na Constituição.
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