Na concepção de HELY LOPES MEIRELLES “Atos vinculados ou regrados são aqueles para os quais a lei estabelece os requisitos e condições de sua realização”, ao passo que “discricionários são os que a Administração pode praticar com liberdade de escolha de seu conteúdo, de seu destinatário, de sua conveniência, de sua oportunidade e de seu modo de realização”.
Dessa forma, o controle jurisdicional é exercido sobre os atos vinculados que não obedecem esses requisitos e condições que a lei impõe. Em relação aos atos discricionários, em regra não cabe o controle jurisdicional por se tratar dessa liberdade de escolha que a lei permite. É justamente uma margem de atuação que a administração possui.
Ato administrativo vinculado é aquele que, cumpridos os requisitos previstos em lei, tem que ser realizado; a lei estabelece um único comportamento possível a ser tomado pelo administrador diante de casos concretos, sem nenhuma liberdade para juízo de conveniência e oportunidade.
O ato discricionário, por outro lado, será realizado ou não segundo critérios de conveniência e oportunidade do administrador. Portanto, o administrador público não está obrigado a praticá-lo.
No que diz respeito ao controle, tanto o ato discricionário quanto o ato vinculado estão sujeitos ao controle jurisdicional. No entanto, ao Poder Judiciário cabe apreciar tão somente os aspectos de legalidade dos atos administrativos, e nunca o mérito administrativo, como já consolidado na jurisprudência dos tribunais superiores. Apenas quando no exercício de sua função administrativa (atípica) é que o Poder Judiciário pode analisar o mérito administrativo (dos seus próprios atos).
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