Eutanásia
Ato de causar/proporcionar a morte sem sofrimento, pode ser passiva ou ativa. Passiva ocorre quando faltam-se recursos e se deixa morrer um indivíduo cuja vida está terminando, deixando de tratar alguém enfermo ou suspendendo tratamentos que o mantém vivo. A eutanásia ativa se dá quando utilizam-se recursos que encerram a vida do indivíduo, como injeção letal ou medicamentos em excesso. A Suíça reconhece o direito de morrer das pessoas (morte assistida). No Brasil, a eutanásia e suicídio assistido são considerados crimes.
Ortotanásia
Também chamada de morte natural, ocorre sem interferência da ciência, o sujeito morre naturalmente. Isso permite ao paciente uma morte digna, sem sofrimento decorrente de tratamentos dolorosos. A ortotanásia dá direito ao sujeito a se negar a realizar algum tipo de tratamento para que a morte ocorra de maneira mais natural.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), em conceito definido em 1990 e atualizado em 2002, “Cuidados Paliativos consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, da identificação precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais”.
Suicídio Assistido
Como o nome já diz se realiza quando uma pessoa é auxiliada por outra para cometer o suicídio. Poucos países no mundo permitem o suicídio assistido, em que pacientes aplicam as drogas em si mesmos, como Holanda, Suíça, Bélgica, Estados Unidos (nos estados de Washington, Oregon, Vermont, New Mexico e Montana), Luxemburgo e Canadá (Quebec).
Mistanásia
Pode ser conhecida como morte miserável, antes da hora, pode ocorrer por negligência, erro médico, omissão de socorro, imprudência ou imperícia. Alguns a chamam de eutanásia social.
Distanásia
Busca manter e/ou prolongar a vida a qualquer custo, com todos os tratamentos disponíveis, independente das vontades do paciente ou de seus familiares. Trata-se da biologização do organismo.
sentido-da-vida-sentido-da-morte-aspectos-juridicos-e-sociais-foto2Consideramos que a autonomia é uns dos principais pilares da bioética, pois esse possibilita que o cidadão faça escolhas referentes a aceitação ou não aceitação de determinados tratamentos e/ou protocolos clínicos que, muitas vezes, tolhem, ceifam ou amputam sua vontade de vida.
Testamento de Vida
Para que a vontade do cidadão seja respeitada, ele pode, em vida, elaborar um documento – Testamento de Vida – que, em um momento de urgência ou emergência, possa apontar os seus desejos de como seu corpo deve ser tratado enquanto ele não puder responder de maneira consciente. Esse é um documento elaborado junto ou não de um médico, onde o paciente escreve instruções para recusar e/ou suspender tratamentos e procedimentos médicos quando necessitar fazer escolhas sobre os procedimentos e não puder responder de forma consciente ou autônoma. No Brasil o indivíduo não pode cometer suicídio e nem eutanásia, no entanto ele tem liberdade para escolher quais tratamentos quer se submeter e quais tratamentos recusará. A Resolução 1.805/2006, do Conselho Federal de Medicina, autoriza a ortotanásia, pois parte do princípio de que os direitos à liberdade e à dignidade humana estão previstos na Constituição Federal. Ela foi autorizada, pelo Ministério Público Federal, somente em 2010: ano em que a ortotanásia foi contemplada no novo código de ética médica.
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Direito Constitucional I
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