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Na instrução criminal quem pode se recusar a ser testemunha? E quem está Impedido de ser testemunha?

💡 1 Resposta

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Daniela Cruz

Rangel define testemunha como o “indivíduo chamado a depor, demonstrando sua experiência pessoal sobre a existência, a natureza e as características de uma fato, pois face estar em frente ao objeto (testis), guarda na mente, sua imagem”.

REGRA GERAL

O artigo 202 do CPP expõe que “toda pessoa poderá ser testemunha”, salvo exceções constantes no Código de Processo Penal.

A regra de forma geral é que todas as pessoas que forem chamadas para depor estarão obrigadas a testemunhar sobre o que sabe.

ESPÉCIES

a) DIRETAS E INDIRETAS

Tornaghi (1997) e Capez (2009) ensina que as testemunhas diretas de visu são aquelas que assistiram o fato (são testemunhas visuais); indiretas de auditu são aquelas testemunhas “por ouvir dizer”, que ouviram dizer sobre os fatos.

b) PRÓPRIAS E IMPRÓPRIAS

Própria é a que presta depoimento sobre os fatos objetivos do processo e impróprias prestam depoimentos sobre fatos alheios ao fato principal, mas que possuem certo tipo de relação com ele.

Para Manzini, os que depõem por ouvir dizer não devem ser considerados testemunhas, mas somente informantes inseguros, com base no quais é possível chegar a verdadeira testemunha. (TORNAGHI, 1997,  p. 400).

c) NUMERÁRIAS E EXTRANUMERÁRIAS

Numerárias são as que prestam o compromisso de dizer a verdade sob pena de responder por crime de falso testemunho.

É uma forma de pressão sobre a testemunha para se chegar o mais próximo verdade ou quem sabe na verdade.

Extranumerárias são as ouvidas por iniciativa do magistrado ou por arrolarem as partes acima do número permitido.

d) INFORMANTES

São as testemunhas que não prestam compromisso de dizer a verdade e não responderão por crime de falso testemunho.

Deve ser analisado o depoimento com cautela.

 A análise dos depoimentos prestados por testemunhas ouvidas como informantes, ou até mesmo aquelas que prestam compromisso com a verdade, deve perquirir se tais declarações não tem o intuito único de criar falso álibi. (BRASIL. TJ-PR - Apelação Crime ACR 6661554 PR 0666155-4 (TJ-PR) - 08/07/2010).

 

 

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