Sócrates: Porque o maior dos males consiste em praticar uma injustiça. Polo: Esse é o maior? Não é o maior sofrer uma injustiça? Sócrates: Absolutamente não. [...] Cometer uma injustiça é então o segundo dos males, sendo o primeiro, e maior, não pagar pelos crimes cometidos. [...] Polo: É o que parece. Sócrates: Mas, meu amigo, não era disso que discordávamos? Tu consideravas feliz Arquelau, tirano da Macedônia, por praticar os maiores crimes sem sofrer nenhuma punição; a meu ver, é o oposto. Arquelau, ou qualquer outro que não pague pelos crimes que comete, de ser mais infeliz do que todos. Será sempre mais infeliz o autor da injustiça do que a vítima, e mais ainda aquele que permanece impune e não paga por seus crimes. Não era isso que eu dizia? Polo: Sim. Sócrates: [...] Afirmo, que o maior mal não é ser golpeado na face sem motivo, ou ser ferido, ou roubado. Bater-me e ferir a mim e aos meus, escravizar-me, assaltar a minha casa, ou, em suma causar a mim e aos meus algum dano é pior e mais desonroso para quem o faz do que para mim, que sofro esses males.(MARCONDES, Danilo. Textos básicos de ética: de Platão a Foucault. 3 ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008. p. 22-23) Para Sócrates ser ético consistiria em
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A) sofrer os danos que a vida impõe sem reclamar.
B) ter uma vida virtuosa em todos os sentidos.
C) ser justo ou injusto conforme as necessidades.
D) não sofrer nenhum tipo de punição pelos seus atos.
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