As doenças metabólicas mais prevalentes são o diabetes mellitus tipo 2 e as dislipidemias. Quando elas estão associadas com a obesidade visceral (acúmulo de gordura na região da cintura) e hipertensão arterial, representam um risco elevado de doenças coronarianas crônicas ou infarto agudo do miocárdio, caracterizando a síndrome metabólica de etiologia complexa e multifatorial.

Com relação aos fatores não genéticos que participam da etiologia das principais doenças metabólicas, como o diabetes mellitus, as dislipidemias, a aterosclerose e a síndrome metabólica, está correto afirmar-se que:

a) Em países desenvolvidos, há consumo exagerado de alimentos ricos em gorduras, colesterol, carboidratos e açúcares, com altos índices de obesidade na população infantil, de adolescentes e adultos, contribuindo para a prevalência de dislipidemias, diabetes e aterosclerose. Já nos países em desenvolvimento, onde a desnutrição é mais prevalente, a principal causa dessas doenças são os fatores genéticos familiares.

b) O sedentarismo favorece o desenvolvimento de excesso de peso, exercendo papel importante no desenvolvimento secundário de hipercolesterolemia e hipertrigliceridemia, resistência à insulina e diabetes mellitus tipo 2. Dessa forma, o exercício físico associado à dieta adequada (iniciados o mais precocemente possível) pode reverter esses fatores de risco, impedindo a progressão dessas doenças.

c) O tratamento mais eficaz para as doenças metabólicas na fase crônica, que ocorre em adultos acima de 40 anos, do sexo feminino e com IMC (Índice de Massa Corporal) bastante elevada, é o tratamento cirúrgico (cirurgia bariátrica) porque logo depois da cirurgia a pessoa emagrece e, emagrecendo, a resistência à insulina fica normalizada.

d) Os fatores não genéticos, como hábitos alimentares, sedentarismo, outras doenças, como o hipotireoidismo, e o uso de medicamentos como os anticoncepcionais, podem favorecer o aparecimento de dislipidemias, mas não têm participação no desenvolvimento de diabetes mellitus.

e) A aterosclerose somente se desenvolve nas pessoas que têm hipertensão arterial maligna, não tendo nenhuma associação com fatores nutricionais, tabagismo ou sedentarismo.