Código florestal (Lei n.° 12.651/12): reserva legal e áreas de preservação permanente

Desafio

Você trabalha em uma empresa de consultoria ambiental. A equipe de consultores da qual você faz parte recebeu o projeto de um cliente na semana passada para realizar uma análise de viabilidade para a construção de um grande empreendimento imobiliário, em zona urbana, o "Eco Resort Águas do Maraguaí". É um hotel, com diversas opções de lazer, como passeios nas lagoas, trilhas na mata, escaladas e outras atividades junto à natureza.

O local em que o cliente pretende estabelecer o hotel abrange restingas, manguezais, chapadas e lagoas naturais. Nas chapadas e nas lagoas naturais, o projeto inclui construções em faixas de 15 metros das bordas e dos entornos. Diante dessas informações, o relatório que você e sua equipe entregarão ao cliente será favorável à construção do empreendimento? Por quê?

Padrão de resposta esperado

Não, o relatório da consultoria ambiental será desfavorável à construção do empreendimento, pois trata-se de área de preservação permanente. O Código Florestal prevê que áreas como restingas, manguezais, chapadas e lagoas naturais são consideradas como de preservação permanente, cujo objetivo principal é proteger os solos e a vida aquática, que poderiam ser prejudicados com a instalação do hotel na região. Nos termos do artigo 4º, as restingas e os manguezais, bem como as bordas das chapadas, em faixa mínima de 100 metros, e os entornos das lagoas naturais, em faixa mínima de 30 metros para zonas urbanas, devem ser preservadas.