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RESUMO DO LIVRO DE MARCOS GARCIA NEIRA-EDUCAÇÃO FÍSICA CULTURAL- INSPIRAÇÃO E PRÁTICA PEDAGOGICA

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Estudante PD

O IMC é reconhecido como padrão internacional para avaliar o grau de sobrepeso e obesidade. É calculado dividindo o peso (em kg) pela altura ao quadrado (em metros).
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Renata Ribeiro

Introdução

O conhecimento produzido por professores no exercício da docência é contruído lentamente e cuidadosamente atráves de critérios, relacões sociais, sendo inseparável

entre as práticas pedagógicas. Pesquisas acadêmicas tratam a inclusão dos saberes docentes nos cursos de licenciatura como um fato consumado, pois propostas

curriculares baseadas nesse tipo de conhecimento é raro e incomum.

A Educação Física Cultural, seguiu outro caminho. Em 2004, professores da Educação Básica passaram a se reunir para estudar e debater as teorias pós-críticas. Havia

falta de conexão entre as propostas da época com a realidade enfrentada nas escolas. Com o passar do tempo, o grupo se interessou por PÓS-ESTRUTURALISMO,PÓS-MODERNISMO

FILOSOFIAS e o PÓS-COLONIALISMO.

Nas reuniões, os participantes pensavam em situações didáticas, levando em conta a cultura, linguagem, conhecimento, para assim criar uma proposta pedagógica voltada

para a construção de uma sociedade que priorizasse o direito de todas as pessoas de ter uma vida digna com satisfação das suas necessidades vitais, sociais e históricas.

Os educadores passaram a implementar mudanças pedagógicas, por sua própria conta e risco, enfrentando equipes gestoras. Foi um começo difícil, mas fundamental para a

construção de uma nova Educação Física.


1 Cap. Estado da arte


Este capítulo, anuncia os saberes produzidos pelos professores que colocam em ação o currículo pós-crítico da Educação Física. Na tentativa de reunir a produção

docente sobre a perspectiva cultural na Educação Física, o estado da arte. Pesquisas apontaram que independente do local, a Educação Física cultural possibilitou

a inserção e valorização das práticas corporais nas comunidades, seja numa escola periférica ou uma escola situada em território quilombola. Porém, embora os

princípios e os procedimentos didáticos tenham sido posteriormente reforçados pelos professores, deixaram de ser entendidos como elementos estruturantes. Foram

feitas pesquisas com o objetivo de perceber as dificuldades, facilidades e possibiidades de implementações do currículo cultural, atráves de entrevistas com profes-

sores. Mais tarde, investigaram experiências bem-sucedidas de inclusão de alunos com deficiência nas aulas de Educação Física.

Apesar de tantas pesquisas, ainda há muitas perguntas sem respostas sobre a Educação Física Cultural. E por conta disso, o autor realiza um estudo, ou seja, ele passa

a olhar para a organização e desenvolvimento do trabalho pedagógico.


       2 Cap. Campos de inspiração


Professores fazem questão de participar da elaboração do projeto pedagógico de onde atuam, para assim evitar o risco de tomar um rumo de assuntos de pouca relevância,

que se afastam das finalidades da escola, sendo considerados uma perda de tempo.

A preocupação com um ensino sintonizado com a sociedade, têm levado os docentes comprometidos com a construção de relações menos desiguais a recorrer as teorias

pós-críticas, que inspiram outras formas de análise do social. Essa teoria amplia os análises realizados pelas teorias críticas quando baseados em relações sociais

pautadas na divisão de classes. As teorias críticas, questiona o modo como os conhecimentos sao produzidos e validados socialmente, injustiças dos modelos reprodutores

dos sistemas sociais e denunciaram a educação como um terrento em que a ideologia dominante impõe a sua lógica.

Já na pós-crítica, o poder é espalhado por toda rede social. A eclosão das teorias pós-críticas deve-se ao esgotamento das ferramentas conceituais das teorias-críticas.

Isso significa que os pressupostos marcados pelas influências do marxismo, são postos em xeque, afinal, a diferença, desigualdade, injustiça, inclusão, etc. podem ser

bem mais compreendidas com o amparo do PÓS-MODERNISMO, PÓS-ESTRUTURALISMO, PÓS-COLONIALISMO, MULTICULTURALISMO.

      Pós-Modernismo

Movimento intelectual, diferente da anterior. Questionam os princípios do pensamento social e político, aprimorados desde o Iluminismo. Rejeita a divisão entre

alta/baixa cultura, do conhecimento científico do cotidiano. O diálogo da Educação Física com o pós-moderno possibilita outras formas de constituir a experiência

pedagógica. O autor observou que o pós-modernismo favorece atividades de ensino que valorizam as multíplas identidades presente na sociedade.

 Pós-Estruturalismo

Pode ser entendido como contiuidade, e ao mesmo tempo, transformação e superacação do pensamento estruturalista.

"A ideia de estrutura é substítuida pela ideia de discurso: não há estruturas fixas que fechem de forma definitiva a significação, mas apenas estruturações e

reestruturações discursivas." O pós-estruturalismo toma a linguagem como algo não fixo, passa a ser compreendida como movimento sempre indefinido. Ela desconfia das

definições de "verdade", pois a questão não é saber se algo é ou não verdadeiro, e sim por que se tornou verdade.

  Pós-Colonialismo

A teorização pó-colonial, tem ênfase naquelas relações de poder entre as nações que influenciam a disseminação de narrativas que produzem o outro como estranho ou

exótico. O pós-colonialismo analisa tanto os discursos elaborados do ponto de vista do dominante quanto do dominado. A perspectiva pós-colonial também questiona as

relações e teorias que colocam o sujeito imperial europeu como privilegiado.

É interessante perceber como as ações didáticas realizadas, ajudaram a combatera perspectiva do colonizador sobre as práticas corporais da tradição Afro-brasileira.

     Multiculturalismo

Também tem sua perspectiva crítica, a qual não é apenas a diferença que resulta as relações de poder, mas a própria definição daquilo que se pode definir de "humano".

O multiculturalismo estuda o que produz a diferença. Adotaa concepção pós-estruturalista da diferença, tornando-a discursiva.

"Não se é diferente de forma absoluta, mas sim em relação a alguma coisa, considerada como não diferente. Mas esse não diferente também resulta do processo discursivo

de significação."

Compreendendo os marcadores sociais da diferença como resultados de lutas sociais. (Etnia, classe, gênero, religião, deficiência, etc.)

Com tudo isso, o autor apresenta outra possibilidade pedagógica e curricular, apenas mais um modo de pensar e fazer a Educação Física.


3 Cap. Definição dos temas e situações didáticas


Nos relatos dos professores que afirmam colocar em ação o currículo cultural da Educação Física, tomam um cuidado na seleção de temas e de situações didáticas que

desenvolvem. São movidos pelos princípios ético-político:

- Reconhecer o patrimônio cultural/corporal da comunidade;

- Articulaçao com o projeto pedagógico da escola;

- Justiça curricular;

- Descolonização do currículo;

- Evitar incorrer no daltonismo cultural;

- Ancoragem social dos conhecimentos;

Reconhecer o patrimônio cultural/corporal da comunidade é o princípio que mobiliza a definição de prática corporal. Um tema cultural que agrega os conhecimentos à

sua volta, por exempo, um cenário escolar, começa a tratar como conteúdo.

A Educação Física cultural assume uma posição a favor dos fracos e rejeita o jogo dos poderosos, prefere enfrentá-los com um olhar pedagógico.


4 Cap. Organização e desenvolvimento das atividades de ensino


O currículo cultural da Educação Física realçam o papel da organização e desenvolvimento das atividades de ensino ao adotarem procedimentos didáticos:

- Mapeamento;

- Leitura;

- Vivência;

- Aprofundamento;

A criança, na medida que cresce, seu patrimônio se diversifica e as pessoas constroem e reconstroem o próprio repertório. Inspirados nas teorias pós-críticas,

relatos de experiências indica que o professor usa por meio de mapeamento para identificar manifestações abordadas.

Mapear significa identificar quais práticas corporais estão disponíveis aos alunos, também tem o sentido de reconhecer os saberes dos alunos sobre uma determinada

prática corporal.

O papel da Educação Física é promover a leitura dos códigos presentes nas práticas corporais, aprofundando essas situações didáticas. Com essa experiência que os

alunos tem de realizar leituras para se aprofundarem no assunto, são esforços permanente no currículo cultural, ou seja, tudo pode ser questionável. Fazendo com que

alunos da Educação Física também tenham um olhar crítico.

Para encerrar esse capítulo, o autor destaca que todas as atividades não há uma ordem para serem seguidas e que toas as facetas da prática pedagógica são pensadas

a partir do contexto e, principalmente, no decorrer da atividade.


    5 Cap. Emergência dos conteúdos


A Educação Física cultural desenvolve o contato com diversos saberes , pois se sabe que essa condição é apenas discursiva e varia de acordo com a posição de poder

de quem enuncia. Um tema é legítimo quando emana da sociedade, fazendo com que as práticas corporais sejam transformadas em objeto de estudo.

Além de abrir espaço, a Educação Física cultural promove debates sobre objetos de estudos, sendo assim possível pontuar as origens, e o mais importante, desnaturalizar.

Ela promove uma pedagogia que ajuda a entender a produção das diferenças, apoia a noção de solidariedade, conceito bem mais inclusivo e transformador.


  Conclusão


Após a leitura do livro "Educação Física Cultural - Inspiração e prática pedagógica" de Marcos Garcia Neira, conclui que a prática corporal é um questionamento que se levantou nos primórdios das ideias educacionais com relação a educação física, entretanto a sua aplicação na sociedade contemporânea se encontra de defasagem, ou seja, ademais de proporcionar ao praticantes um bem estar qualitativo; não propõe ao mesmos uma atração específica, levando em conta que as ações contemporâneas são de procrastinação.

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