O que se entende por violência simbólica?

A violência simbólica é uma forma de violência que se manifesta por meio de símbolos, ideias, valores, normas e discursos que reproduzem e reforçam desigualdades, hierarquias e opressões em uma sociedade. Diferente da violência física, que se manifesta por meio de agressões físicas, a violência simbólica não é visível, mas suas consequências são tão reais quanto as da violência física.

Essa forma de violência pode ser encontrada em diversos aspectos da vida social, como na linguagem, na cultura, na mídia, na política e nas relações sociais. Por exemplo, a naturalização de estereótipos e preconceitos em relação a grupos sociais específicos (como gênero, raça, classe social, orientação sexual, religião, entre outros) pode reforçar a discriminação e a exclusão desses grupos.

A violência simbólica é uma forma de violência estrutural, que é sustentada por estruturas de poder e dominação presentes na sociedade. Essas estruturas podem ser representadas por instituições, como o Estado, a igreja, as empresas e os meios de comunicação, que reproduzem e perpetuam relações de poder desiguais.

A noção de violência simbólica foi desenvolvida pelo sociólogo francês Pierre Bourdieu, que argumentou que as formas de dominação e opressão na sociedade são sustentadas não apenas por meio de ameaças e coerção física, mas também por meio da imposição de sistemas simbólicos que beneficiam alguns grupos em detrimento de outros.