Um dos primeiros escritores a desenvolver uma teoria que explicasse as funções, princípios de um tradutor e o que seria a tradução,

Um dos primeiros escritores a desenvolver uma teoria sobre a tradução foi o filósofo e humanista italiano Giovanni Pontano, que viveu no final do século XV e início do século XVI. Em seu trabalho "De Optimo Genere Interpretandi" ("Sobre o melhor método de traduzir"), Pontano defendia que um bom tradutor deveria ter uma ampla formação em línguas e literatura, bem como conhecimento sobre a cultura e os costumes dos povos envolvidos na tradução.

No entanto, a obra que é considerada por muitos como o marco inicial da teoria da tradução é "A Bíblia na Sua Tradução" ("Die Bibel in Ihrer Übersetzung"), escrita pelo filósofo alemão Johann Wolfgang von Goethe em 1811. Nessa obra, Goethe analisa as diferentes versões da Bíblia em alemão e argumenta que uma boa tradução não pode simplesmente reproduzir as palavras do texto original, mas deve levar em conta o contexto cultural e histórico em que o texto foi escrito.

Outro escritor importante na história da teoria da tradução é o linguista russo Roman Jakobson, que em 1959 propôs uma distinção entre tradução intralingual, interlingual e intersemiótica. Jakobson argumentava que a tradução não se limita à transposição de um texto de uma língua para outra, mas também pode ocorrer entre diferentes sistemas semióticos, como da linguagem verbal para a linguagem gestual ou visual.