Em sua obra Genealogia da moral, Nietzsche afirma: "Antes direi no ouvido dos psicólogos, supondo que desejem algum dia estudar de perto o ressentimento: hoje esta planta floresce do modo mais esplêndido entre os anarquistas e antissemitas, aliás onde sempre floresceu, na sombra, como a violeta, embora com outro cheiro". Nietzsche defendia que o "grande triunfo grego seria lidar com desavenças, com antagonismos, com os conflitos que são intrínsecos à vida, principalmente a vida em sociedade", ou seja:
Um pensamento preocupado com a complexidade do mundo deveria se propor a tratar de suas dissonâncias cotidianas sem esperar uma domesticação do mundo.
O horizonte de uma disciplina deveria ser o de aparar as arestas das disputas do dia a dia para transformar a vida em algo mais simples.
O mundo tem luz e sombras, e a tarefa de um pensamento complexo é criar apenas zonas cinzas, medianas, um caminho do meio, em que os extremos são apagados.
Nietzsche estava equivocado ao propor manter o caos da vida, e seria possível imaginar um modo de existência que fosse bem mais equilibrado que o que ele propunha.
A filosofia deveria tratar de acabar com as diferenças para fundar uma harmonia dentro do caos original.
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