A Reforma Pereira Passos, realizada no início do século XX, teve consequências significativas para as famílias pobres e a classe trabalhadora que viviam na região central do Rio de Janeiro. Com a demolição dos cortiços, muitas famílias perderam suas casas e foram obrigadas a se mudar para outras regiões da cidade, muitas vezes distantes do centro e sem infraestrutura adequada. Isso resultou na expulsão dessas famílias da região central e contribuiu para a formação de favelas e periferias. Além disso, a construção de prédios públicos e a abertura de avenidas valorizaram os terrenos da região central, o que levou ao aumento dos aluguéis e da especulação imobiliária. Isso dificultou ainda mais o acesso das famílias pobres e trabalhadoras a moradias dignas na região central da cidade. Outra consequência da Reforma Pereira Passos foi a intensificação do processo de higienização da cidade. Embora tenha havido melhorias no saneamento básico e na urbanização, também foram adotadas medidas autoritárias, como a internação compulsória de doentes mentais e a remoção de pessoas consideradas indesejáveis. Essas medidas afetaram principalmente as populações mais pobres e vulneráveis, que eram vistas como um problema para a cidade moderna e higiênica que se queria construir. Em resumo, a Reforma Pereira Passos teve consequências negativas para as famílias pobres e a classe trabalhadora, resultando na perda de moradias, no aumento da especulação imobiliária e na marginalização dessas populações.
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