"Podemos supor que o grande limite da função do historiador seja o limite do documento. Dócil ao arbítrio quase absoluto, o documento é, igualment...
"Podemos supor que o grande limite da função do historiador seja o limite do documento. Dócil ao arbítrio quase absoluto, o documento é, igualmente, senhor de quem o submeter. Na sobreposição de centenas de subjetividades e acasos, ele encerra a chave de acesso ao conhecimento do passado. Reafirmando seu senhorio dialético, criador/criatura, o documento, em si, torna-se um personagem histórico, com a beleza da contradição e da imprevisibilidade, com as marcas do humano" (PINSKY, C. B.; LUCCA, T. R. et al. O historiador e suas fontes. São Paulo: Contexto, 2012) (adaptado). Sobre a relação entre historiador e suas fontes, assinale a opção correta. A problematização do conteúdo da fonte faz parte de uma concepção positivista da História. A Escola Metódica desconsiderava os documentos oficiais como fonte válida para a produção historiográfica. A Escola dos Annales diversificou as abordagens metodológicas sobre as fontes. A utilização das fontes no diálogo do historiador com a teoria produz um conhecimento objetivo sobre o passado. Com a crítica externa do documento, buscava-se verificar a veracidade do seu conteúdo.
A opção correta é: "A Escola dos Annales diversificou as abordagens metodológicas sobre as fontes." A Escola dos Annales foi um movimento historiográfico que surgiu na França, na década de 1920, e que propôs uma nova forma de fazer história, que não se limitava apenas aos eventos políticos e militares, mas que buscava compreender a sociedade em sua totalidade. Nesse sentido, a Escola dos Annales diversificou as abordagens metodológicas sobre as fontes, valorizando não apenas os documentos oficiais, mas também as fontes não oficiais, como as memórias, as tradições orais, as imagens, entre outras.
0
0
Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto
Compartilhar