A controvérsia em relação ao exame indireto de "corpo de delito" está relacionada à interpretação do artigo 167 do Código de Processo Penal (CPP). Esse artigo estabelece que, quando não for possível realizar o exame direto do corpo de delito devido ao desaparecimento dos vestígios, a prova testemunhal pode suprir essa falta. Fernando da Costa Tourinho Filho e Espínola Filho entendem que o referido artigo não exige nenhuma formalidade para a realização do exame de corpo de delito indireto. Segundo eles, o simples testemunho de alguém que presenciou o crime ou viu seus vestígios é suficiente para suprir a falta do exame direto. Por outro lado, Guilherme de Souza Nucci e Hélio Tornaghi defendem que o testemunho é a prova pela qual os peritos deverão realizar o exame, apresentando suas conclusões. Ou seja, eles entendem que os peritos devem basear-se nos depoimentos das testemunhas para realizar o exame indireto e apresentar suas conclusões. Essa divergência de entendimentos gera debates e discussões no campo jurídico sobre a forma correta de aplicação do exame indireto de "corpo de delito".
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