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A expressão da questão social não é objeto próprio de nenhum setor específico de políticas públicas e nem no campo acadêmico. Nos dias atuais, em q...

A expressão da questão social não é objeto próprio de nenhum setor específico de políticas públicas e nem no campo acadêmico. Nos dias atuais, em que, de fato, estamos nos voltando para a violência como grande problema social, este não encontra profícuo nível de publicização e reconhecimento: não existe ainda um lugar social e um campo de intervenção e saberes que a reconheça como objeto próprio: como seu alvo de estudos e de atuação. Sem reconhecimento e definição de seu lugar no mundo da ciência torna-se difícil o relato e a exposição de seus detalhamentos. De acordo com Schraiber e D’Oliveira (1999), é por este motivo que muitos que estudam o fenômeno apontam para sua invisibilidade social, ou seja, esta impossibilidade de ter um lugar no discurso da ciência e nas práticas sociais, bem como não haver uma linguagem apropriada para nomeá-la e lidar com suas questões internas – dos seus determinantes, antecedentes, das suas consequências, no âmbito da vida e da saúde da população. As discussões sobre o tema devem permear uma integração entre Estado e sociedade, pois o enfraquecimento dessa relação abre espaço para a ocorrência da violência. Apresenta-se, portanto, possuindo uma dimensão social com raízes macroestruturais, tendo várias formas e faces, encontrando-se diluída na sociedade sob forma das diversas manifestações que se interligam, interagem, alimentam e fortalecem, e, dessa forma, permanece presente historicamente na sociedade (MINAYO, 1994). A maneira de reagir frente à agressividade varia de acordo com os diversos tipos de sociedade ou cultura à qual o indivíduo pertence, pois cada grupo social tem suas normas, regras de convivência, valores e tradições. Assim sendo, algumas manifestações agressivas são aceitas e outras podem ser proibidas (CORSINI, 2004). Nas sociedades ocidentais, por exemplo, por terem como uma de suas características a competição, a agressividade costuma ser tolerada e receber estímulos, representando sinônimo de determinação, ambição ou coragem. Vale ressaltar que a violência é impedida, reprimida ou punida quando identificada como atitude de hostilidade ou sentimento de cólera. Em uma sociedade na qual a violência é valorizada os indivíduos tendem a ser mais agressivos. As notícias, a banalidade com que se exibem armas, a falta de realismo ao retratar o sofrimento das vítimas, filmes e séries violentas são fatores que influenciam comportamentos agressivos (SILVA et al., 2012). A violência no geral está classificada, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), como: a) violência autodirigida; b) violência interpessoal; c) violência coletiva. A categorização inicial estabelece uma diferença entre a violência que uma pessoa inflige a si mesma, a violência infligida por outro indivíduo ou por um pequeno grupo de indivíduos e a violência infligida por grupos maiores, como Estados, grupos políticos organizados, grupos de milícia e organizações terroristas. Estas três categorias amplas são ainda subdivididas, a fim de melhor refletir tipos mais específicos de violência. A violência autoinfligida é subdividida em comportamento suicida e agressão autoinfligida. O primeiro inclui pensamentos suicidas, tentativas de suicídio – também chamadas em alguns países de 'para-suicídios' ou 'autoinjúrias deliberadas' – e suicídios propriamente ditos. A autoagressão inclui atos como a automutilação. A violência interpessoal divide-se em duas subcategorias: 1) violência de família e de parceiros íntimos – isto é, violência principalmente entre membros da família ou entre parceiros íntimos, que ocorre usualmente nos lares; 2) violência na comunidade – violência entre indivíduos sem relação pessoal, que podem ou não se conhecerem, que geralmente ocorre fora dos lares. O primeiro grupo inclui formas de violência tais como abuso infantil, violência entre parceiros íntimos e maus-tratos de idosos. O segundo grupo inclui violência da juventude, atos variados de violência, estupro ou ata


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marcia gomes silva - verso final
111 pág.

Histologia I Colégio ObjetivoColégio Objetivo

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