Em Grande Sertão: Veredas", o jagunço Riobaldo, que é o narrador da história, já no início da narrativa, se auto-censura: "Ai, arre, que esta minha...

A citação apresentada revela uma característica da narrativa contemporânea, que é a desordem narrativa. Nessa forma de narrar, os acontecimentos não seguem uma ordem cronológica linear, mas são apresentados ao leitor de forma desordenada e muitas vezes fragmentada. Essa técnica busca uma representação mais fiel da experiência humana, que é caótica e desordenada, e também permite ao autor explorar diferentes perspectivas sobre os eventos narrados. Em "Grande Sertão: Veredas", a narrativa é marcada pela oralidade e pela presença constante do narrador-personagem, Riobaldo, que muitas vezes interrompe a história para comentar ou refletir sobre os acontecimentos. Essa desordem narrativa, portanto, é uma característica importante da obra de Guimarães Rosa e da literatura contemporânea em geral.