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No fim da tarde, os alemães tinham saído de Ste.-Marie-du-Mont, ao passo que a Easy e o restante do 2º Batalhão avançaram e depois marcharam alguns...

No fim da tarde, os alemães tinham saído de Ste.-Marie-du-Mont, ao passo que a Easy e o restante do 2º Batalhão avançaram e depois marcharam alguns quilômetros, na direção sul-sudeste, até o vilarejo de Culoville, formado por apenas seis casas, localidade em que Strayer manteve seu posto de comando. Winters fez que a tropa se acomodasse para passar a noite, com o devido assentamento de postos avançados, e ela tratou de se alimentar com suas rações K. Então, o próprio Winters resolveu sair em patrulha. Fora do vilarejo, ouviu soldados em marcha numa estrada pavimentada. Pelo ruído das botas com cravos na sola, viu que eram alemães. Ele se jogou numa vala; o esquadrão alemão passou por Winters. Ele sentiu o cheiro característico dos alemães. Era uma combinação de couro impregnado de suor e tabaco. Perto demais para me sentir seguro, pensou Winters. O tenente Welsh lembra-se de ter caminhado entre os soldados adormecidos e haver pensado consigo mesmo que “eles tinham visto a morte e sentido o cheiro dela em toda parte o dia inteiro, mas jamais pensaram na idéia de que o termo pudesse ser aplicado eventualmente a eles. A tropa não tinha ido lá para sentir medo. Não tinha ido lá para morrer. Tinha ido lá para vencer”. Antes de Lipton ir dormir, repassou na mente a conversa que tivera com o sargento Murray, antes do salto, sobre como seria o combate e o que eles fariam em diferentes situações. Ele adormeceu sentindo-se “recompensado e grato com o fato de que o dia tinha sido muito bom”. Quando Winters fez menção de espreguiçar-se, ouviu “alemães fazendo disparos com suas metralhadoras, para o ar, evidentemente, já que não causaram nenhum dano, e gritando como um bando de adolescentes bêbados fazendo festa”, o que talvez fosse mesmo o que estava acontecendo. Depois, antes de deitar-se, Winters escreveu em seu diário: “Não me esqueci de ajoelhar-me e agradecer a Deus por me ajudar a continuar vivo nesse dia e de pedir a ajuda dele para o dia seguinte ao Dia D.” E fez uma promessa a si mesmo: se sobrevivesse à guerra, procuraria recolher-se numa fazenda isolada e passaria o resto da vida em paz e tranquilo. para tomar fôlego e recompor sua força. Soldados chegavam num fluxo constante, procedentes de toda a península de Cotentin. O sono era ainda algo difícil de conciliar, por causa do fogo de atiradores de elite, da artilharia e de morteiros. Enterrar corpos, de homens e animais, era problemático, já que estavam começando a intumescer e feder. E surgiu outro problema, um que perseguiria as forças aerotransportadas durante o ano seguinte inteiro. Toda cidade libertada na França, e depois na Bélgica, Holanda, Alemanha e Áustria, estava cheia de vinho, conhaque, uísque e outro tipo de bebida alcoólica fina, de uma qualidade e em quantidade tais que eram desconhecidas pelo soldado comum. O praça Shifty Powers e um amigo acharam uma loja de vinhos em St.-Côme-du-Mont. Eles a invadiram e começaram a provar o conteúdo de algumas garrafas, “para achar o tipo de que gostávamos”. Cada um pegou uma garrafa e voltou para tomar a bebida em paz.


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