Levando em consideração as questões de raça, cor, etnia e saúde, podemos afirmar que a partir da concepção ampliada de saúde, questões sociais, políticas e culturais interferem diretamente na (des)manutenção do sistema saúde-doença da população. As questões raciais podem sim interferir na produção de adoecimentos da população negra, uma vez que existem desigualdades estruturais que afetam o acesso a serviços de saúde de qualidade e a exposição a condições de vida desfavoráveis. Os sistemas de saúde não estão isentos da reprodução de racismos, sendo necessário um trabalho constante para garantir a equidade no cuidado em saúde e combater preconceitos e discriminações. Não é correto afirmar que a população negra, biologicamente, tem mais chances de desenvolver o uso abusivo de álcool e outras substâncias, pois isso é uma generalização e não está relacionado à raça. Por fim, questões políticas e sociais como a perseguição policial e a desigualdade econômica podem sim produzir adoecimentos específicos para a população negra, devido ao impacto desses fatores na saúde física e mental.
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