Buscar

Fase executiva: tem como objeto único fixar o valor que será pago a título de indenização, podendo ser desenvolvida no âmbito administrativo, quand...

Fase executiva: tem como objeto único fixar o valor que será pago a título de indenização, podendo ser desenvolvida no âmbito administrativo, quando houver acordo entre as partes, ou judicial, se não houver acordo. A Lei nº 13.867/19 passou a prever expressamente a obrigatoriedade, após a avaliação do imóvel, de notificação do proprietário, que poderá, no prazo de 15 dias, aceitar ou recusar a proposta da avaliação, ou optar pela mediação ou arbitragem. Trata-se de mecanismo criado para se evitar eventual ação judicial de desapropriação. PROCEDIMENTO JUDICIAL DE DESAPROPRIAÇÃO Não havendo acordo entre as partes, ou sendo frustrada a mediação ou arbitragem, haverá um processo judicial de desapropriação, cujas as principais características são as seguintes: Petição Inicial: deve observar os requisitos previstos no CPC, além de constar, obrigatoriamente, o valor oferecido pela entidade expropriante, cópia do decreto de expropriação e planta do bem ou sua descrição. Contestação: o expropriado poderá alegar apenas vício no processo judicial ou impugnar o preço, uma vez que o juiz não pode entrar no mérito da utilidade pública, necessidade pública ou interesse social. Essas questões devem ser alegadas em ação direta movida pelo expropriado (art. 20 do Decreto Lei 3.365). Instrução: juiz designará um perito para fazer a avaliação do bem e as partes podem indicar assistente técnico. Poderá ser realizada audiência de instrução e julgamento. Sentença: terminada a instrução, o juiz fixará o preço da indenização na sentença. Imissão na posse: efetuado o pagamento ou a consignação judicial, será expedido mandado de imissão de posse, sendo a sentença título hábil para o registro da transferência do imóvel no cartório de registro de imóveis. Imissão provisória na posse. Conforme previsto no art. 15 do Decreto- Lei 3.365/41, se o expropriante alegar urgência e depositar quantia arbitrada de conformidade com o art. 874 do CPC/2015, o juiz mandará imití-lo provisoriamente na posse do bem, permitindo-se ao expropriado levantar 80% do valor depositado pelo expropriante. A imissão provisória deve ser registrada no cartório de registro de imóveis competente, conforme § 4º do art. 15 do Decreto Lei 3.365/41. Além disso, no caso da imissão provisória, havendo divergência entre o preço ofertado em juízo e o valor do bem fixado na sentença, expressos em termos reais, incidirão juros compensatórios de seis por cento ao ano sobre o valor da diferença eventualmente apurada, a contar da imissão na posse, vedado o cálculo de juros compostos. Esses juros servem justamente para compensar o fato de o expropriado ter perdido a posse prematuramente no processo (antes da sentença).

A fase executiva da desapropriação pode ser desenvolvida no âmbito administrativo ou judicial.
A Lei nº 13.867/19 prevê a obrigatoriedade de notificação do proprietário após a avaliação do imóvel, permitindo que ele aceite ou recuse a proposta da avaliação, ou opte pela mediação ou arbitragem.
Não havendo acordo entre as partes, ou sendo frustrada a mediação ou arbitragem, haverá um processo judicial de desapropriação.
O expropriado pode alegar vício no processo judicial ou impugnar o preço, mas não pode entrar no mérito da utilidade pública, necessidade pública ou interesse social.
O juiz fixará o preço da indenização na sentença, após a instrução do processo.
Efetuado o pagamento ou a consignação judicial, será expedido mandado de imissão de posse, sendo a sentença título hábil para o registro da transferência do imóvel no cartório de registro de imóveis.
A imissão provisória na posse ocorre quando o expropriante alega urgência e deposita quantia arbitrada de conformidade com o art. 874 do CPC/2015.
Havendo divergência entre o preço ofertado em juízo e o valor do bem fixado na sentença, incidirão juros compensatórios de seis por cento ao ano sobre o valor da diferença eventualmente apurada, a contar da imissão na posse, vedado o cálculo de juros compostos.
a) Todas as afirmativas estão corretas.
b) Apenas as afirmativas 2, 3 e 5 estão corretas.
c) Apenas as afirmativas 1, 4 e 6 estão corretas.
d) Apenas as afirmativas 7 e 8 estão corretas.

Essa pergunta também está no material:

Apostila de Direito Administrativo com Quadros e Tabelas
131 pág.

Direito Administrativo I Universidade Federal do AmapáUniversidade Federal do Amapá

Respostas

User badge image

Ed Verified user icon

A alternativa correta é a letra A) Todas as afirmativas estão corretas.

0
Dislike0

Responda

SetasNegritoItálicoSublinhadoTachadoCitaçãoCódigoLista numeradaLista com marcadoresSubscritoSobrescritoDiminuir recuoAumentar recuoCor da fonteCor de fundoAlinhamentoLimparInserir linkImagemFórmula

Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta

User badge image

Mais conteúdos dessa disciplina