A Escola dos Annales, que surgiu na França com o lançamento do periódico Annales: revista de História Econômica e Social (1929), trouxe importantes...

A ruptura entre a Escola dos Annales e a historiografia tradicional pode ser considerada a "Revolução Francesa da historiografia". Com seus precursores, Marc Bloch e Lucien Febvre, foram trazidos para o debate historiográfico novos preceitos sobre a temporalidade, o objeto de estudo da história e o conceito de fonte histórica.

A ruptura entre a Escola dos Annales e a historiografia tradicional pode ser considerada a "Revolução Francesa da historiografia". Com seus precursores, Marc Bloch e Lucien Febvre, foram trazidos para o debate historiográfico novos preceitos sobre a temporalidade, o objeto de estudo da história e o conceito de fonte histórica.

Justificativa: A alternativa "A ruptura entre a Escola dos Annales e a historiografia tradicional pode ser considerada a 'Revolução Francesa da historiografia'. Com seus precursores, Marc Bloch e Lucien Febvre, foram trazidos para o debate historiográfico novos preceitos sobre a temporalidade, o objeto de estudo da história e o conceito de fonte histórica" é a correta.

A ruptura entre a Escola dos Annales e a historiografia tradicional foi drástica, os teóricos da nova vertente compreenderam a temporalidade como um fenômeno de longa duração e estabeleceram o estudo do homem no tempo. Além disso, o conceito de fonte histórica foi ampliado e definido como tudo aquilo produzido pelo homem. A história de antes era voltada para a narrativa factual e a valorização de fontes oficiais; para os teóricos da Escola dos Annales, o homem deveria ser estudado em sua complexidade e não por um aspecto específico. Sem estar sob influência do historicismo alemão, o movimento rompeu com a historiografia tradicional; contudo, não a renovou.

A resposta correta é a letra b. O programa proposto pelos Annales representou mais uma renovação do que uma ruptura propriamente dita, uma vez que os historiadores dessa vertente foram influenciados pelo historicismo alemão. A Escola dos Annales não rompeu drasticamente com a historiografia tradicional, mas propôs uma renovação que valorizava a história total, ou seja, a história que considera todos os aspectos da vida humana, como a economia, a cultura, a política, entre outros. Além disso, os Annales também propuseram uma nova forma de escrita da história, que valorizava a análise das estruturas e das longas durações.