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Você é um estudante da área da saúde e está estudando o processo de morte celular, e nessa aula é proposta a avaliação de um cadáver que está em ri...

Você é um estudante da área da saúde e está estudando o processo de morte celular, e nessa aula é proposta a avaliação de um cadáver que está em rigor mortis. O rigor mortis ou rigidez cadavérica é um fenômeno que ocorre após a morte, causado por alterações bioquímicas nos músculos, fazendo com que esses fiquem enrijecidos no cadáver. Fonte: DA SILVA, M. F. P. T. B. Fisiologia Humana. Maringá: UniCesumar, 2022. No entanto, para entender o processo de rigor mortis é necessário compreender todo o processo de contração muscular que ocorre nos músculos estriados esqueléticos. Com base nestes processos, responda às seguintes questões: a) Explique o processo de contração muscular (fisiologia da contração muscular). b) Explique o que é o rigor mortis e qual o motivo da rigidez cadavérica após a morte.

💡 5 Respostas

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Ed Verified user icon

a) O processo de contração muscular é um fenômeno complexo que envolve a interação de várias proteínas e íons. Quando um impulso nervoso chega ao músculo, ele libera cálcio, que se liga à troponina, uma proteína presente no músculo. Isso faz com que a tropomiosina se mova, expondo os sítios de ligação da actina. A miosina, outra proteína, se liga à actina e forma pontes cruzadas, puxando a actina e encurtando o músculo. Esse processo é chamado de ciclo de contração e é repetido várias vezes para produzir a contração muscular. b) O rigor mortis é um fenômeno que ocorre após a morte, causado pela falta de ATP, que é necessário para relaxar os músculos. Sem ATP, as pontes cruzadas entre a actina e a miosina não podem ser quebradas, fazendo com que os músculos fiquem enrijecidos. O rigor mortis começa algumas horas após a morte e atinge o pico em cerca de 12 horas. Depois disso, os músculos começam a se decompor e o rigor mortis desaparece. A rigidez cadavérica é um sinal importante para determinar o momento da morte.

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Maria Pereira

a) O processo de contração muscular é um fenômeno complexo que envolve uma série de eventos fisiológicos. Nas células musculares estriadas esqueléticas, a contração é desencadeada pela liberação de íons de cálcio (Ca2+) no sarcoplasma, que é o citoplasma da célula muscular. Esse processo ocorre da seguinte forma:
1. Estímulo nervoso: Quando um impulso nervoso chega ao músculo, ele é transmitido para a placa motora, que é a junção entre o neurônio motor e a fibra muscular.
2. Liberação de acetilcolina: O impulso nervoso provoca a liberação de acetilcolina na placa motora, que se liga aos receptores presentes na membrana da fibra muscular.
3. Potencial de ação: A ligação da acetilcolina aos receptores desencadeia um potencial de ação na fibra muscular, que se propaga ao longo da membrana e penetra nos túbulos T, que são invaginações da membrana.
4. Liberação de íons de cálcio: O potencial de ação nos túbulos T estimula a liberação de íons de cálcio do retículo sarcoplasmático, uma estrutura especializada de armazenamento de cálcio presente no interior da célula muscular.
5. Interferência com o sistema troponina-tropomiosina: Os íons de cálcio se ligam à troponina, que está presente no filamento fino (actina) do sarcômero (unidade contrátil do músculo), causando uma mudança conformacional e permitindo a interação entre os filamentos de actina e miosina.
6. Formação de pontes cruzadas: A miosina se liga à actina, formando pontes cruzadas. A hidrólise do ATP (adenosina trifosfato) na cabeça da miosina fornece energia para a contração muscular.
7. Deslizamento dos filamentos: As pontes cruzadas se movem, deslizando os filamentos de actina sobre os filamentos de miosina. Esse deslizamento resulta na contração do sarcômero e, consequentemente, do músculo.
8. Relajamento muscular: Quando o estímulo nervoso cessa, a liberação de cálcio é interrompida, e os íons de cálcio são removidos do sarcoplasma. Isso permite que a troponina retorne à sua conformação original, bloqueando a interação entre os filamentos de actina e miosina e levando ao relaxamento muscular.
b) O rigor mortis, ou rigidez cadavérica, é um fenômeno que ocorre após a morte de um indivíduo. É causado por alterações bioquímicas nos músculos que levam à rigidez e enrijecimento do corpo. Após a morte, o metabolismo celular cessa, o que leva à redução na produção de ATP, a molécula responsável pelo fornecimento de energia para os processos celulares.
No processo de contração muscular, a hidrólise do ATP na cabeça da miosina fornece energia para as pontes cruzadas entre os filamentos de actina e miosina. Com a diminuição dos níveis de ATP após a morte, não há energia suficiente disponível para desfazer as pontes cruzadas e permitir o relaxamento muscular.
Consequentemente, os músculos ficam presos em um estado de contração, resultando em rigidez cadavérica. O rigor mortis geralmente começa a se manifestar algumas horas após a morte e atinge seu pico dentro de 12 a 24 horas. Com o passar do tempo,
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Silvaní Santana

a) O processo de contração muscular começa no sistema nervoso, onde um impulso nervoso ou uma ação potencial é gerado. Esse impulso é transmitido ao longo do neurônio motor até a junção neuromuscular, onde ele causa a liberação de acetilcolina (um neurotransmissor). A acetilcolina se liga a receptores na membrana muscular (sarcolema), o que provoca uma mudança na permeabilidade da membrana, permitindo a entrada de íons de sódio e a saída de íons de potássio. Isso gera uma ação potencial na fibra muscular.


Essa ação potencial se propaga ao longo do sarcolema e para dentro do músculo através do sistema de túbulos T, causando a liberação de cálcio do retículo sarcoplasmático (uma estrutura semelhante ao retículo endoplasmático liso, mas em células musculares). Os íons de cálcio liberados se ligam à troponina, uma proteína presente nos filamentos finos do sarcômero (a unidade funcional do músculo). Quando o cálcio se liga à troponina, isso causa um deslocamento da tropomiosina, que expõe os sítios de ligação de actina para a miosina.


Uma vez que esses sítios de ligação estejam expostos, a cabeça da miosina (que é parte dos filamentos grossos) pode se ligar à actina, formando uma ligação cruzada. A miosina então puxa a actina em um processo conhecido como "golpe de força", que é alimentado pela energia liberada pela hidrólise de ATP. Isso resulta na contração do músculo. Após a contração, o ATP é usado para quebrar a ligação cruzada, permitindo que o ciclo comece novamente.


b) Rigor mortis, ou rigidez cadavérica, é um fenômeno que ocorre após a morte, quando os músculos do corpo se tornam rígidos. Após a morte, a produção de ATP cessa, pois a respiração celular não pode ocorrer sem oxigênio. No entanto, o cálcio ainda é liberado do retículo sarcoplasmático, e devido à falta de ATP, a miosina e a actina permanecem presas juntas na ligação cruzada, resultando em rigidez muscular.


O rigor mortis começa aproximadamente 2-6 horas após a morte, geralmente começando nos músculos menores, como os do rosto, e progride para os músculos maiores. O estado de rigidez máxima geralmente é alcançado em torno de 12-24 horas após a morte, e o rigor mortis começa a diminuir após cerca de 36-48 horas, à medida que as proteínas musculares começam a se decompor em um processo chamado autólise.

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