a) O processo de contração muscular é um fenômeno complexo que envolve a interação de várias proteínas e íons. Quando um impulso nervoso chega ao músculo, ele libera cálcio, que se liga à troponina, uma proteína presente no músculo. Isso faz com que a tropomiosina se mova, expondo os sítios de ligação da actina. A miosina, outra proteína, se liga à actina e forma pontes cruzadas, puxando a actina e encurtando o músculo. Esse processo é chamado de ciclo de contração e é repetido várias vezes para produzir a contração muscular. b) O rigor mortis é um fenômeno que ocorre após a morte, causado pela falta de ATP, que é necessário para relaxar os músculos. Sem ATP, as pontes cruzadas entre a actina e a miosina não podem ser quebradas, fazendo com que os músculos fiquem enrijecidos. O rigor mortis começa algumas horas após a morte e atinge o pico em cerca de 12 horas. Depois disso, os músculos começam a se decompor e o rigor mortis desaparece. A rigidez cadavérica é um sinal importante para determinar o momento da morte.
a) O processo de contração muscular começa no sistema nervoso, onde um impulso nervoso ou uma ação potencial é gerado. Esse impulso é transmitido ao longo do neurônio motor até a junção neuromuscular, onde ele causa a liberação de acetilcolina (um neurotransmissor). A acetilcolina se liga a receptores na membrana muscular (sarcolema), o que provoca uma mudança na permeabilidade da membrana, permitindo a entrada de íons de sódio e a saída de íons de potássio. Isso gera uma ação potencial na fibra muscular.
Essa ação potencial se propaga ao longo do sarcolema e para dentro do músculo através do sistema de túbulos T, causando a liberação de cálcio do retículo sarcoplasmático (uma estrutura semelhante ao retículo endoplasmático liso, mas em células musculares). Os íons de cálcio liberados se ligam à troponina, uma proteína presente nos filamentos finos do sarcômero (a unidade funcional do músculo). Quando o cálcio se liga à troponina, isso causa um deslocamento da tropomiosina, que expõe os sítios de ligação de actina para a miosina.
Uma vez que esses sítios de ligação estejam expostos, a cabeça da miosina (que é parte dos filamentos grossos) pode se ligar à actina, formando uma ligação cruzada. A miosina então puxa a actina em um processo conhecido como "golpe de força", que é alimentado pela energia liberada pela hidrólise de ATP. Isso resulta na contração do músculo. Após a contração, o ATP é usado para quebrar a ligação cruzada, permitindo que o ciclo comece novamente.
b) Rigor mortis, ou rigidez cadavérica, é um fenômeno que ocorre após a morte, quando os músculos do corpo se tornam rígidos. Após a morte, a produção de ATP cessa, pois a respiração celular não pode ocorrer sem oxigênio. No entanto, o cálcio ainda é liberado do retículo sarcoplasmático, e devido à falta de ATP, a miosina e a actina permanecem presas juntas na ligação cruzada, resultando em rigidez muscular.
O rigor mortis começa aproximadamente 2-6 horas após a morte, geralmente começando nos músculos menores, como os do rosto, e progride para os músculos maiores. O estado de rigidez máxima geralmente é alcançado em torno de 12-24 horas após a morte, e o rigor mortis começa a diminuir após cerca de 36-48 horas, à medida que as proteínas musculares começam a se decompor em um processo chamado autólise.
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