As células neuronais da retina são: 1. Fotorreceptores (cones e bastonetes) que transmitem os sinais para a camada plexiforme externa, onde fazem sinapses com as células bipolares e horizontais. 2. Células horizontais, que transmitem sinais horizontalmente pelas camadas plexiformes externas, dos cones e bastonetes até as células bipolares. 3. Células bipolares, que transmitem os sinais verticalmente dos cones, bastonetes e células horizontais para as camadas plexiformes internas, onde fazem sinapses com as células ganglionares e amácrinas. 4. Células amácrinas, que transmitem os sinais em duas direções, diretamente das células bipolares para as células ganglionares ou horizontais na camada plexiforme interna. 5. Células ganglionares, que transmitem o sinal de saída da retina para o cérebro através do nervo óptico. As células horizontais e amácrinas fornecem conectividade lateral. O glutamato é um neurotransmissor nas células bipolares. Foram identificados 8 tipos de células amácrinas, incluindo GABA, glicina, dopamina, acetilcolina e indolamina. A transmissão da maioria dos impulsos nas células da retina ocorre por condução eletrotônica, não por potenciais de ação. A única célula da retina que sempre transmite sinais visuais por meio de potenciais de ação são as células ganglionares, que os enviam para o cérebro através do nervo óptico. Todas as outras células da retina enviam sua informação visual por condução eletrotônica. A condução eletrotônica significa o fluxo direto de corrente elétrica, e não de potenciais de ação ao longo do citoplasma neuronal e dos axônios nervosos, desde o ponto de excitação até as sinapses de saída. Quando ocorre a hiperpolarização em resposta à luz no segmento externo de um cone ou bastonete, ela é transmitida quase com a mesma magnitude por um fluxo direto de corrente elétrica pelo citoplasma até o corpo sináptico, sem a necessidade de potenciais de ação. Portanto, quando o transmissor de um cone ou bastonete estimula uma célula bipolar ou horizontal, mais uma vez o sinal avança da entrada para a saída por um fluxo direto de corrente elétrica, e não por potenciais de ação. A importância da transmissão eletrotônica está no fato de permitir uma condução escalonada do sinal. No caso dos cones e bastonetes, a magnitude do impulso de saída hiperpolarizante está diretamente relacionada com a intensidade da iluminação, não sendo reduzida a tudo ou nada. A inibição lateral para potencializar o contraste visual é uma função das células horizontais. Elas estabelecem conexões laterais com os corpos sinápticos dos cones e bastonetes, assim como com as dendritas das células bipolares. Sua saída é sempre inibitória. Portanto, essas conexões laterais fornecem o mesmo fenômeno de inibição lateral que é importante em todos os outros sistemas sensoriais, ou seja, serve para garantir a transmissão de padrões visuais com o devido contraste.
Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta
Compartilhar