A sucessão do companheiro prevista no artigo 1.790 do Código Civil foi declarada inconstitucional pelo STF por meio do RExt nº 876.894. O dispositivo estabelecia que o companheiro participaria da sucessão do outro, quanto aos bens adquiridos onerosamente na vigência da união estável, se concorresse apenas com descendentes do autor da herança, cabendo-lhe a metade do que coubesse a cada um daqueles. No entanto, essa diferenciação entre o casamento e a união estável para fins sucessórios foi considerada inconstitucional, pois violava o princípio da igualdade. A partir dessa decisão, o entendimento jurisprudencial é de que o companheiro deve concorrer com igualdade em relação aos descendentes na partilha de bens particulares ao autor da herança. Além disso, o companheiro tem o direito de receber integralmente os bens deixados pelo falecido, salvo manifestação de última vontade em contrário por meio de testamento. Quanto ao direito real de habitação, o companheiro também possui esse direito, não apenas quando há descendentes comuns, mas também quando concorrem filhos exclusivos do cônjuge falecido.
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