TEMA 4 – COLOCAÇÃO PRONOMINAL
É muito comum observarmos o uso incorreto dos pronomes oblíquos átonos (me, te, se, o, a, lhe, os, as lhes, nos, vos)...
TEMA 4 – COLOCAÇÃO PRONOMINAL É muito comum observarmos o uso incorreto dos pronomes oblíquos átonos (me, te, se, o, a, lhe, os, as lhes, nos, vos) em nosso cotidiano. Tais pronomes podem aparecer de três formas distintas: próclise – antes do verbo, ênclise – depois do verbo e mesóclise – no meio do verbo. 4.1 Ênclise e mesóclise A ênclise pode ser considerada como regra geral da colocação pronominal, isto é, os pronomes oblíquos átonos vêm depois do verbo: “Dê-me um café” ou “Abrace-me”. Não devemos começar uma frase com um pronome oblíquo átono, o que é muito comum na língua falada. Assim, precisamos prestar bem atenção na hora de escrever ou em situações formais. Quando o verbo estiver no futuro tanto do presente quanto do pretérito, os pronomes oblíquos átonos ficam no meio do verbo. “Dar-te-ei um café” ou “abraçar-te-ia”. Sua construção é relativamente fácil, basta cortar o verbo expresso no tempo futuro no “r” e inserir o pronome depois dele. Devemos tomar cuidado com os pronomes oblíquos átonos “a”, “as”, “o” e “os”: ao usá-los, 8 retiramos o “r” do verbo e acrescentamos “l” na frente dos pronomes. Assim: “dá-lo-ei” ou “abraçá-lo-ei”. 4.2 Próclise A próclise é a colocação pronominal mais comum em nossa língua, aliás, ela é mais “forte” que as outras duas, isto é, quando houver dúvida, seu uso é prioritário. Ele é utilizado nos seguintes casos: Termos de sentido negativo (não, nunca, ninguém, jamais…): “Não me dê café” ou “Nunca me abrace”. Observou como os pronomes vieram para a frente do verbo? O mesmo acontece com os advérbios sem vírgula, que são como imãs que puxam o pronome: “Amanhã me darão mais café”, “Sempre nos abraçará”. Porém a vírgula faz com que tal atração se quebre: “Amanhã, dar-me-ão café”. Analise a diferença: “Aqui se trabalha” e “Aqui, trabalha-se”. Os pronomes relativos (que, quem, qual, onde) indefinidos (alguém, tudo, outros, muitos, alguns) demonstrativos (isto, isso, aquilo) também são atrativos, isto é, puxam o pronome para frente do verbo: “O abraço que lhe pedi”. “Ninguém me ouve”, “Isso nos irrita”. Também são atrativas as conjunções ou locuções conjuntivas subordinativas integrantes ou adverbiais: que, porque, se, quando, conforme, embora, logo que, visto que, contanto que, a fim de que, à medida que: “Embora o faça, sei que é errado” Outros casos: - Verbo no gerúndio precedido de palavra atrativa ou da preposição EM: “Saiu da sala, não nos dizendo as razões”. / “Em se plantando tudo dá”. / “Em se tratando de videogame, ele é um expert”. - Frase interrogativa, exclamativa ou optativa (expressa desejo): “Quem nos empresta o material?” “Quanto me custa entender o amor!” “Deus lhe proteja!” - Conjunção coordenativa aditiva ou alternativa: não só... mas também, não só... como também, ou... ou, ora... ora, quer... quer, seja... seja e palavra “só” no sentido de “somente”, “apenas” = palavra denotativa de exclusão. 4.3 Locuções verbais Em locuções verbais, isto é, quando houver dois verbos com sentido de uma única ação, podemos usar assim: antes ou depois do verbo principal: “Quero abraçar-te hoje” ou “Quero te abraçar hoje”. Se houver palavra atrativa: “Não te quero abraçar hoje” ou “Não quero abraçar-te hoje”. Se o verbo principal estiver no particípio: “Tinham-me dito que você me abraçaria” ou “Eu tinha-lhe falado sobre o abraço”. O ideal é que se preste atenção no uso da colocação pronominal em texto de fontes confiáveis, assim, com a prática, vamos entendendo e interiorizando o correto uso dos pronomes. TEMA 5 – CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL A língua, seja ela usada em d
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