As cláusulas abusivas têm o intuito de estabelecer uma relação desigual de vantagens e desvantagens entre as partes envolvidas na relação consumeri...

Analisando as afirmativas apresentadas: I. As situações que caracterizam a abusividade têm previsão, de forma taxativa, no art. 51 do Código de Defesa do Consumidor. Essa afirmativa está correta. O art. 51 do Código de Defesa do Consumidor traz uma lista exemplificativa de cláusulas abusivas, ou seja, situações que são consideradas abusivas de forma taxativa. II. As hipóteses ensejadoras de abuso, nas cláusulas contratuais das relações de consumo, podem ser outras além das estabelecidas expressamente na lei. Essa afirmativa também está correta. Além das hipóteses expressamente previstas no art. 51 do CDC, outras cláusulas contratuais podem ser consideradas abusivas, desde que sejam desvantajosas e estabeleçam uma relação desigual entre as partes. III. Consideram-se nulas as cláusulas que subtraiam ao consumidor a opção de reembolso da quantia já paga, que funciona como verdadeiro instrumento de vedação ao enriquecimento ilícito. Essa afirmativa está correta. Cláusulas que impeçam o consumidor de obter o reembolso de valores já pagos são consideradas nulas, pois configuram uma restrição indevida aos direitos do consumidor e podem levar ao enriquecimento ilícito por parte do fornecedor. Portanto, as afirmativas II e III estão corretas, enquanto a afirmativa I está incorreta, pois as situações de abusividade não estão previstas de forma taxativa no art. 51 do CDC, mas sim de forma exemplificativa.

A afirmativa I está incorreta, na realidade, as situações que caracterizam a abusividade e que possuem previsão no art. 51 do Código de Defesa do Consumidor, não são taxativas, mas sim, exemplificativas, de modo a permitir outras situações ensejadoras de abusividade além das expressas no Código.

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