A autora diz que este trabalho visa aprofundar os referenciais da pesquisa-intervenção como uma investigação participativa que busca a interferênci...

A autora diz que este trabalho visa aprofundar os referenciais da pesquisa-intervenção como uma investigação participativa que busca a interferência coletiva na produção de micropolíticas de transformação social. São destacadas algumas polêmicas que envolvem tanto os referenciais cientificistas clássicos quanto os denominados críticos que emergem a partir de 1970 para fundamentar pesquisas comunitárias e nas ciências humanas e sociais. Pretende apontar seus limites na análise das instituições e na contribuição para a mudança das práticas. Procede ao exame dos conceitos de real e de pensamento, dando suporte a proposta de pesquisa-intervenção. Tais conceitos são discutidos a partir da perspectiva genealógica, colocando em discussão o movimento como diferença. Trata das referências disponibilizadas pelo institucionalismo (compreensão do papel das instituições na moldagem do comportamento econômico), vinculadas à socioanálise (análise diagnóstica e intervenção social em instituições e comunidades) e à esquizoanálise (divisão do todo em partes, exame de cada parte de um todo, processo filosófico por meio das relações entre os efeitos e as causas, o particular e o geral, o simples e o composto), que evidenciam as ferramentas de pesquisa e de intervenção na experiência social. Destaca nas considerações finais as contribuições das reflexões construídas no texto que abre caminho para novas interrogações na invenção de outras análises, movimentos e formação.