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16) Quanto à luz azul responda: a) Como foi possível ter conhecimento que há tipos independentes de resposta à luz azul (movimento estomático e f...

16) Quanto à luz azul responda:


a) Como foi possível ter conhecimento que há tipos independentes de resposta à luz azul (movimento estomático e fototropismo), que consequentemente são mediados por mais de um tipo de fotoreceptor? Nesta questão é preciso citar a Arabidopsis. As descobertas dos diferentes receptores de luz azul foram possíveis graças à produção de mutantes por manipulação genética, como de Arabidopsis e de tabaco. Tais mutantes podem possuir um gene que deixou de ser expresso ou teve sua expressão muito aumentada no mutante. E quando se conhece a proteína que esse determinado conjunto de genes codifica, pode-se começar a inferir sobre quais substâncias estariam envolvidas com determinadas funções na planta. Assim, um mutante de Arabidopsis que não converte violaxantina em zeaxantina possui estômatos incapazes de responder à luz azul. Entretanto, observa-se que esse mutante cresce normalmente em direção a uma fonte de luz – fototropismo. Trata-se de tipos independentes de resposta à luz azul (movimento estomático e fototropismo), e, consequentemente, mediados por mais de um tipo de fotoreceptor.
b) De que forma as plantas se movimentam em resposta à luz? Explique o experimento de Darwin, complementando com os conhecimentos atuais e citando a substância relacionada a este movimento e onde se localiza na planta. Há séculos notou-se que as plantas cresciam em direção à luz (fototropismo), mas foram Charles Darwin e seu filho Francis, por volta de 1880, que demonstraram que o local de percepção da luz e o de crescimento diferenciado são distintos. Eles fizeram isso através de uma experiência com ápice de coleóptilo, os Darwin demonstraram que o local de percepção da luz é o ápice do coleóptilo. Ao removê-lo, a planta perde a capacidade de se curvar em direção à luz. E nem é preciso cortá-lo, se o cobrirmos, a planta também não se curva mas, se cobrirmos o restante do coleóptilo, exceto o ápice, o movimento de curvatura em direção à luz (fototropismo) não será afetado. Na primeira década do século passado, mais experiências mostraram que a substância responsável pelo movimento podia atravessar um bloco de ágar. A substância responsável pela curvatura em direção à luz pode, ainda, ser armazenada em blocos de ágar e estimular a curvatura de outro coleóptilo. A substância armazenada no bloco de ágar precisa passar para o lado sombreado para produzir a resposta. Em meados de 1930, foi determinada a estrutura química da substância responsável pelo fototropismo – o ácido 3-indolacético, um tipo de auxina.
c) O que é a fototropina, qual sua relação com o fototropismo e a luz azul? E quais as hipóteses do que ocorre após sua ativação (diferencie-as explicando com base nos experimentos)? Uma proteína quinase, denominada fototropina, era responsável por produzir a curvatura em direção à luz em hipocótilos de Arabidopsis e em coleóptilos de aveia. Essa proteína é autofosforilada em resposta à luz azul, desencadeando a resposta fototrópica. A hipótese atual (conhecida como Modelo de Cholodny-Went) é a de que o gradiente de fototropina, fosforilada no ápice do coleóptilo, induz primeiro um movimento lateral da auxina em direção ao lado sombreado. Posteriormente, a auxina se move em direção à base, ao longo do lado sombreado do coleóptilo. As células desse lado começam a alongar-se, enquanto as do lado iluminado não. Assim, ocorre um crescimento diferenciado e a planta se curva em direção à luz. Outra hipótese é a de que a auxina seria degradada do lado iluminado, à medida que fosse d

Essa pergunta também está no material:

Estudo Dirigido 2023.1 para Ap2 de Botânica II
14 pág.

Botânica Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de JaneiroFundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro

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a) Foi possível ter conhecimento de que há tipos independentes de resposta à luz azul, como o movimento estomático e o fototropismo, através da produção de mutantes por manipulação genética em plantas como a Arabidopsis. Esses mutantes podem apresentar genes que deixaram de ser expressos ou tiveram sua expressão aumentada, permitindo inferir sobre as substâncias envolvidas nessas respostas. Por exemplo, um mutante de Arabidopsis que não converte violaxantina em zeaxantina possui estômatos incapazes de responder à luz azul, mas ainda apresenta fototropismo normal. Isso indica que existem tipos independentes de resposta à luz azul, mediados por mais de um tipo de fotoreceptor. b) As plantas se movimentam em resposta à luz através do fototropismo. Charles Darwin e seu filho Francis demonstraram, por volta de 1880, que o local de percepção da luz e o de crescimento diferenciado são distintos. Em uma experiência com ápice de coleóptilo, eles mostraram que o ápice é o local de percepção da luz. Ao removê-lo, a planta perde a capacidade de se curvar em direção à luz. A substância responsável pelo movimento é o ácido 3-indolacético, um tipo de auxina, que pode atravessar um bloco de ágar e estimular a curvatura de outro coleóptilo. Essa substância precisa passar para o lado sombreado para produzir a resposta. c) A fototropina é uma proteína quinase responsável por produzir a curvatura em direção à luz em plantas como a Arabidopsis e a aveia. Ela é autofosforilada em resposta à luz azul, desencadeando a resposta fototrópica. Após sua ativação, duas hipóteses explicam o que ocorre: no Modelo de Cholodny-Went, o gradiente de fototropina fosforilada no ápice do coleóptilo induz um movimento lateral da auxina em direção ao lado sombreado. Posteriormente, a auxina se move em direção à base, ao longo do lado sombreado do coleóptilo, promovendo o crescimento diferenciado e a curvatura em direção à luz. Outra hipótese é a degradação da auxina do lado iluminado, à medida que ela se move em direção ao lado sombreado, resultando no crescimento diferenciado e na curvatura da planta.

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