A partir da Constituição de 1988, os municípios adquirem a autonomia política, através da elaboração de sua própria lei orgânica e demais leis e da escolha direta de seus governantes. Além disso, ampliam sua competência em áreas importantes como a política urbana e transportes coletivos.
Nas áreas que tradicionalmente são objeto de políticas públicas, como: assistência social, meio ambiente, habitação, saneamento, produção agropecuária, abastecimento alimentar, educação, saúde; o município tem competência comum com a União e o Estado, a ser exercida com a cooperação dessas esferas de poder, pela transferência de recursos, ou pela cooperação técnica (TEIXEIRA, 2002). Ainda que sem uma definição clara, o município possui, portanto, bastante competências.
Embora os municípios tenham recebido bastante autonomia e competência, qual tem sido o maior problema?
O maior problema enfrentado pelos municípios, mesmo com a autonomia e competência adquiridas a partir da Constituição de 1988, é a falta de recursos financeiros para implementar e manter as políticas públicas necessárias. Muitos municípios enfrentam dificuldades para arrecadar receitas próprias e dependem de repasses do Estado e da União, que nem sempre são suficientes para suprir todas as demandas. Isso acaba limitando a capacidade dos municípios de oferecer serviços de qualidade em áreas como saúde, educação, infraestrutura, entre outras.
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