A esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico complexo que envolve uma combinação de fatores genéticos, neuroquímicos e ambientais. Entre as causas teóricas da esquizofrenia estão a predisposição genética, complicações obstétricas, aumento do desbaste neuronal, anormalidades do sistema imunológico, distúrbios do desenvolvimento nervoso, teorias neurodegenerativas, defeito no receptor de dopamina e anormalidades regionais no cérebro, incluindo hiper ou hipoatividade de processos dopaminérgicos em regiões específicas do encéfalo. Os sintomas positivos da esquizofrenia, como alucinações e delírios, podem estar mais relacionados com a hiperatividade dos receptores de dopamina no núcleo caudado. Já os sintomas negativos e cognitivos, como apatia e dificuldades de memória, parecem estar mais relacionados com a hipofunção dos receptores de dopamina no córtex pré-frontal. Além disso, a disfunção glutamatérgica, que envolve uma deficiência na atividade do neurotransmissor glutamato, pode produzir sintomas semelhantes àqueles da hiperatividade dopaminérgica e possivelmente sintomas esquizofrênicos. Também foram observadas anormalidades relacionadas à serotonina (5-hidroxitriptamina [5-HT]) em pacientes esquizofrênicos com exames cerebrais anormais, como um aumento na concentração sanguínea de 5-HT, que está diretamente correlacionado com o tamanho do ventrículo cerebral. É importante ressaltar que a esquizofrenia é uma condição complexa e ainda não há uma causa única e definitiva identificada. O entendimento da fisiopatologia da esquizofrenia continua sendo objeto de estudo e pesquisa na área da psiquiatria.
Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta
Farmacologia do Sistema Nervoso Autônomo
•UNP
Compartilhar