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A teoria da transcendência dos motivos determinantes reconhece a existência de efeitos irradiantes à ratio decidendi, ou seja, à parte da fundament...

A teoria da transcendência dos motivos determinantes reconhece a existência de efeitos irradiantes à ratio decidendi, ou seja, à parte da fundamentação necessária e suficiente à conclusão do julgamento. Tecnicamente, pode ser aplicada em controle concentrado ou difuso, constituindo uma teoria de uniformização e aplicação de precedentes judiciais. Uma vez que as decisões definitivas de mérito do Supremo Tribunal Federal proferidas em sede de controle concentrado possuem efeitos vinculantes e erga omnes, surge a discussão de qual parte da decisão paradigma gera tais efeitos. Sustenta a teoria da transcendência dos motivos determinantes que não só a tese fixada ou a conclusão final do julgado geram efeitos vinculantes, mas que também as razões de decidir adotadas como fundamento do julgado geram tais efeitos irradiantes. O STF rejeita a aplicação da teoria da transcendência dos motivos determinantes aos seus julgados (vide Rcl 4448 AgR; Rcl 9778 AgR; Rcl 6204 AgR; e Rcl 11473 AgR, entre outros). Para o STF, a “eficácia vinculante dos acórdãos proferidos em processos de controle concentrado de constitucionalidade abrange apenas o objeto da ação” (STF, Rcl 4.454 AgR, Rel. min. Roberto Barroso, Primeira Turma, DJe de 17/3/2015). De fato, na forma da alínea “l” do inciso I do art. 102 da Constituição Federal de 1988, compete ao STF julgar a reclamação constitucional para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões. Contudo, o STF somente admite o uso de reclamação constitucional para preservar a autoridade de seus julgados nos casos em que exista relação de estrita pertinência entre a decisão reclamada e o objeto da decisão paradigma.


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A teoria da transcendência dos motivos determinantes reconhece a existência de efeitos irradiantes à ratio decidendi, ou seja, à parte da fundamentação necessária e suficiente à conclusão do julgamento. Essa teoria pode ser aplicada em controle concentrado ou difuso, sendo uma teoria de uniformização e aplicação de precedentes judiciais. No entanto, o STF rejeita a aplicação dessa teoria aos seus julgados, entendendo que a eficácia vinculante dos acórdãos proferidos em processos de controle concentrado de constitucionalidade abrange apenas o objeto da ação. O STF somente admite o uso de reclamação constitucional para preservar a autoridade de seus julgados nos casos em que exista relação de estrita pertinência entre a decisão reclamada e o objeto da decisão paradigma.

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