A partir da ação preconizada nesta lei, houve a abertura para o prosseguimento dos estudos na Educação de Jovens e Adultos (EJA) para além da alfabetização. Foram realizadas diversas investidas no sentido de alfabetizar jovens e adultos, por meio de campanhas e programas para erradicar o analfabetismo no país. Com a instalação da Democracia na década de 80, definiu-se uma nova concepção de educação de jovens e adultos a partir da Constituição Federal de 1988. A Constituição Federal garantiu importantes avanços no campo da EJA, estabelecendo que a educação é um direito de todos, independentemente da idade. No artigo 208, o dever do Estado com a educação é efetivado mediante a garantia do ensino fundamental obrigatório e gratuito, inclusive para aqueles que não tiveram acesso na idade própria. Nos anos 80, foi implantada a Fundação Nacional para Educação de Jovens e Adultos (Fundação Educar), vinculada ao Ministério da Educação, que oferecia apoio técnico e financeiro às iniciativas de alfabetização existentes. Na década de 90, foi instituído o Programa Nacional de Alfabetização e Cidadania (PNAC) e o Plano Decenal de Educação para Todos, que abriram espaço para discussões sobre os rumos da EJA. Com a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) nº 9394/96, a Educação de Jovens e Adultos passou a ser destinada àqueles que não tiveram acesso ou oportunidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria, sendo um instrumento para a educação e a aprendizagem ao longo da vida.
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