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No podcast de hoje vamos falar sobre as deficiências múltiplas. O termo deficiência múltipla é utilizado sempre que o mesmo indivíduo possui duas o...

No podcast de hoje vamos falar sobre as deficiências múltiplas. O termo deficiência múltipla é utilizado sempre que o mesmo indivíduo possui duas ou mais deficiências associadas, que podem ser de ordem física, sensorial, mental ou de comportamento social. Para compreendermos essa pessoa e podermos oferecer um ensino de qualidade, não basta pensarmos como se fosse uma somatória de deficiências, ou seja, o comportamento de uma criança é diferente da outra, e seu desenvolvimento é heterogêneo. Em outras palavras, o desempenho de uma criança com duas deficiências pode variar grandemente e o educador deve sempre olhar para as suas habilidades e potencialidades. Uma criança surda-cega não é a somatória de uma criança surda e de uma cega. Seu comportamento é distinto e sua forma de aprender também será. Para a inclusão escolar desses alunos, é importante que sejam observadas suas necessidades de adaptação, deve-se deixar de lado o pensamento centrado em um modelo médico da deficiência, visão de cura, e compreender cada aluno a partir de suas necessidades. Para o desenvolvimento integral dos alunos com deficiência múltipla, mais uma vez faz-se necessário o trabalho interdisciplinar e intersetorial. Deve-se lembrar que o professor não deve estar sozinho na sala de aula, e que a ação do gestor junto a outras secretarias e setores é fundamental para o desenvolvimento de um trabalho colaborativo. Quando se fala de crianças com deficiências, especialmente as que têm deficiências múltiplas, portanto, com um maior comprometimento, se pensa em quais são as necessidades que elas têm para conseguir desenvolver-se no campo educacional. Ouve-se muito falar em Necessidades Educacionais Especiais, mas o que de fato é isso? O termo Necessidades Educacionais Especiais, como sinônimo de criança com deficiência, não é mais utilizado, pois se entende que todas as pessoas têm algum tipo de necessidade, seja ela com ou sem deficiência. Mas, este termo, enquanto uma característica do aluno, se refere a uma criança que apresenta uma dificuldade maior de aprendizagem em comparação as outras, e que mesmo com o uso de recursos comuns à escola, essa dificuldade se mantém. É preciso diferenciar as necessidades individuais do que comumente se chama fracasso escolar. Aliás, há que se questionar este termo, pois uma vez compreendendo que a aprendizagem é indissociável do ensino, será que esse fracasso é do aluno ou da escola? Será que a escola pode isentar-se da sua responsabilidade de ensinar e simplesmente atribuir o não aprender ao aluno? Quando se pensa em uma escola, de fato, inclusiva não há espaço para o fracasso. O que se tem são alunos com ou sem deficiências, que aprendem coisas diferentes, de maneiras diferentes, que possuem ritmos de aprendizagem diversos e que o professor precisa estar atento às necessidades individuais, focando não nas limitações e dificuldades, mas nas habilidades e potencialidades. Pensar a criança com deficiência múltipla dentro desse contexto traz a ela possibilidades de amadurecimento, aprendizagem, crescimento. Mas, o que ela irá aprender? Aquilo que pode aprender naquele momento, visto que terá todo o respaldo do professor e da gestão escolar para isso.


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2 pág.

Gestão Educacional OutrosOutros

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Parece que você está compartilhando um trecho de um podcast sobre deficiências múltiplas. É importante reconhecer que o termo "deficiência múltipla" é utilizado quando uma pessoa possui duas ou mais deficiências associadas, que podem ser físicas, sensoriais, mentais ou de comportamento social. No entanto, é essencial entender que cada indivíduo é único e seu desenvolvimento pode variar significativamente. Portanto, ao lidar com crianças com deficiências múltiplas, é fundamental observar suas habilidades e potencialidades, em vez de apenas focar nas limitações. A inclusão escolar desses alunos requer uma abordagem interdisciplinar e colaborativa, envolvendo não apenas os professores, mas também os gestores e outros setores. É importante lembrar que todas as pessoas têm necessidades educacionais especiais, independentemente de terem ou não deficiências. O termo "necessidades educacionais especiais" refere-se a crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem maiores em comparação com outras, mesmo com o uso de recursos comuns na escola. É necessário diferenciar essas necessidades individuais do chamado "fracasso escolar", questionando se a responsabilidade recai apenas sobre o aluno ou se a escola também tem um papel a desempenhar no processo de ensino. Em uma escola inclusiva, o foco deve estar nas habilidades e potencialidades de cada aluno, adaptando o ensino às suas necessidades individuais. O objetivo é proporcionar um ambiente que promova o amadurecimento, aprendizagem e crescimento das crianças com deficiência múltipla, oferecendo todo o suporte necessário por parte dos professores e da gestão escolar.

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