A segunda fase do modernismo no Brasil, também conhecida como fase do regionalismo, ocorreu entre as décadas de 1930 e 1945. Nesse período, houve uma mudança de foco em relação à primeira fase do modernismo, que foi marcada pela busca de uma identidade nacional e pela experimentação estética. Uma das principais características da segunda fase foi o interesse pela cultura popular e regional. Os escritores e artistas buscaram retratar a diversidade cultural do país, valorizando as manifestações folclóricas, as tradições regionais e as diferentes formas de expressão artística presentes em cada região. Essa fase também se diferenciou da primeira pelo uso de uma linguagem mais acessível e pela preocupação em se comunicar com um público mais amplo. Os escritores buscaram uma linguagem mais coloquial, aproximando-se da fala do povo, e exploraram temas relacionados à realidade social e política do Brasil. Na literatura, podemos destacar obras como "Grande Sertão: Veredas", de Guimarães Rosa, que retrata a vida no sertão nordestino, e "Vidas Secas", de Graciliano Ramos, que aborda a vida miserável dos retirantes no Nordeste. Na pintura, destacam-se artistas como Cândido Portinari, que retratou em suas obras a vida do trabalhador rural e as questões sociais do país. Essa fase do modernismo teve um impacto significativo na produção literária e artística do Brasil, pois trouxe uma nova perspectiva sobre a identidade nacional, valorizando a diversidade cultural e regional. Além disso, influenciou a forma como os artistas retratavam a realidade brasileira, buscando uma maior conexão com o público e uma reflexão sobre as questões sociais e políticas do país.
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