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Conforme a definição de Câmara Júnior, a estrutura ou o sistema linguístico são mais amplos do que a norma gramatical, porque contêm tudo o que é p...

Conforme a definição de Câmara Júnior, a estrutura ou o sistema linguístico são mais amplos do que a norma gramatical, porque contêm tudo o que é possível e vão além do que é realizado. Assim, a estrutura é também um sistema de possibilidades, pois uma língua não é apenas aquilo que já foi feito por meio de determinado procedimento, mas é também o que, mediante tal recurso, pode-se fazer. Ou seja, não é somente passado e presente, uma vez que possui uma dimensão de futuro, sempre criando possibilidades novas.
Veja o exemplo seguinte, extraído do livro de contos Tutameia: terceiras estórias, do escritor brasileiro Guimarães Rosa: “DESISTINDO DO ELEVADOR, EMBRIAGATINHAVA ESCADA ACIMA”. (ROSA, 1969)
Embora o dicionário não traga o verbo embriagatinhar, o leitor é capaz de entender, sem muita dificuldade, que a personagem estava tão embriagada que subia as escadas engatinhando. Essa é a dimensão de futuro do sistema linguístico, que usa elementos da própria língua para criar novas possibilidades. Logo, é tarefa do linguista analisar a organização e o funcionamento dos elementos que constituem a língua.


Essa pergunta também está no material:

Paradigma linguístico semiótico aula 1
55 pág.

Comunicação Social e Jornalismo Universidade Estácio de SáUniversidade Estácio de Sá

Respostas

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Conforme a definição de Câmara Júnior, a estrutura ou o sistema linguístico são mais amplos do que a norma gramatical, pois contêm tudo o que é possível e vão além do que é realizado. A estrutura é um sistema de possibilidades, pois uma língua não é apenas aquilo que já foi feito, mas também o que pode ser feito. Ela possui uma dimensão de futuro, sempre criando novas possibilidades. Um exemplo disso é o uso do verbo "embriagatinhar" no trecho citado, que não está presente no dicionário, mas é compreensível para o leitor, demonstrando a capacidade da língua de criar novas formas. Portanto, cabe ao linguista analisar a organização e o funcionamento dos elementos que constituem a língua.

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