A modulação de efeitos é uma técnica utilizada no controle de constitucionalidade que permite ao órgão responsável pela decisão determinar a partir de quando a declaração de inconstitucionalidade produzirá efeitos. No caso do (i) art. 27 da Lei n. 9.868/99, que trata do controle concentrado de constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal (STF), a modulação de efeitos pode ser aplicada quando houver razões de segurança jurídica ou excepcional interesse social. Isso significa que o STF pode estabelecer que a declaração de inconstitucionalidade só terá efeitos a partir de determinada data, evitando assim a desestabilização de situações jurídicas consolidadas. Já o (ii) § 3º do art. 927 do CPC/15, que trata do controle difuso de constitucionalidade perante os demais tribunais, permite a modulação de efeitos quando houver relevante interesse social ou segurança jurídica. Nesse caso, os tribunais podem decidir que a declaração de inconstitucionalidade só terá efeitos a partir de determinado momento, também com o objetivo de evitar prejuízos e insegurança jurídica. Portanto, a distinção entre essas duas espécies de controle de constitucionalidade está relacionada aos órgãos responsáveis pela decisão e aos critérios utilizados para a modulação de efeitos, mas ambos visam garantir a segurança jurídica e o interesse social.
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